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LIANA

—Você é louco? “Eu te dei uma Libertadores”? — Abri a boca quando entramos no quarto.

São quase seis horas da madrugada, tá começando a ficar claro do lado de fora e minha cabeça parece prestes a estourar e caminho pra fechar a cortina pra ver se fica mais escuro aqui dentro.

—Você queria que eu falasse o que, mano? Primeiro que eu deveria ter ficado sabendo que o pai do menino é alguém que eu já conheço — Contou nos dedos — Segundo que ele falou que tô comendo a mina dele e eu não fazia ideia de que você tinha ou tem alguma coisa com ele e terceiro que o cara é meu fã e nem nega. Nessa história quem se fudeu fui eu. Você saiu numa boa.

—Primeiro que eu não tenho nada com ele, segundo que você não conhece ele de verdade só viu algumas vezes e terceiro que sou eu que vou ter que aguentar a ladainha de nossa senhora no meu ouvido quando for deixar o Arthur lá amanhã — Suspirei me jogando na cama.

—Daí é problema seu e não meu — Ele resmungou tirando a camisa.

—Não. É problema nosso. Esqueceu que nós dois somos praticamente casados agora? — Soltei uma risada debochando.

—Não tem como esquecer — Ele murmura começando a tirar a calça — Vem cá a gente bem que precisa conversar sobre esse negócio de quase casados. É praticamente um ano, se a gente não vai se envolver de verdade como vou fazer pra sobreviver sem sexo?! — Ele vira e me encara.

Está só de cueca e se não fosse esse cabelo grande eu diria que quase irresistível.

—Isso sim é problema seu e não meu — Soltei uma risada rolando na cama.

—Não, gatinha. É problema nosso. Esqueceu que agora somos praticamente casados? — Ele não deixa barato e caminha em minha direção claramente debochando.

—Pra onde você vai? — Perguntei sentando, ele me encarou.

—Eu vou tomar um banho e você vem também — Para na minha frente.

Isso é meio constrangedor. Ele tá bem na minha frente só de cueca, eu tô sentada na beirada da cama e se eu descer o olhar vou dar de cara com o...

—Não vou — Respondi tentando conter a vontade de descer o olhar.

A cachaça, amados... Antes de matar ela te dá coragem de muita coisa que você não teria se não tivesse bebido.

—Pelo amor de Deus, Liana. A gente acabou de chegar da balada — Ele se irrita e então faz algo que eu não estava esperando: agarra minhas pernas e me joga por cima dos ombros.

𝐀𝐓𝐄 𝐀 𝐋𝐔𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora