𝟘𝟜𝟝

36.6K 2.4K 2.1K
                                    

LIANA

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

LIANA

—Deixa o menino comer uma torrada com Nutella, Liana — O Gabriel revira os olhos e coloca ele mesmo nutella em cima da torrada, passando ela pro Arthur.

—Depois o menino fica chei de pantim ninguém sabe o que foi — Minha mãe da pitaco.

—Não sei o que é pantim, mas com certeza não concordo com o que a senhora falou — O Gabriel abre aquele sorriso convencido. Sim. Aquele que ele usa pra conseguir as coisas.

Do outro lado da mesa do Liris se abana e revira os olhos sensualmente pra mim, que preciso me controlar pra não ter uma crise de risos no meio do café.

—O tio Gabi é taaaaao legal! — O Arthur diz, mordendo a torrada com os olhos fechados. No maior drama do mundo.

Eu tô é feita com essas duas crianças. Tenho é medo do que os dois podem fazer contra mim quando começarem a se juntar pra aprontar —— mais do que já aprontam!

—O tio Gabriel é legal né — Apertei os lábios — Tãooooo legal.

—Ciúmes uma hora dessas? — O Gabriel me olha de lado — Eu consigo dividir, já falei.

—Como assim dividir? Só pra eu saber mesmo, visse? — O Liris me olha todo sapeca. Desço um chute na canela dele por baixo da mesa — Aí! Deixe meus cambito em paz, oxe!

—Nheee, tô fora — O Gabriel riu todo divertido.

O Liris olhou pra mim como se dissesse “mana, sai dessa que essa coca é fanta” e eu me engasguei com o café de pilão que tinha acabado de passar.

—Opa calma aí, princesa — O abençoado disse dando uns três tapãos nas minhas costas.

—Gabriel! — Empurrei ele quando consegui me recuperar.

—O que você faz da vida? Já nasceu em berço de ouro? — Minha mãe pergunta.

Olha que beleza, vai começar o interrogatório.

Meu pai já conhece o Gabriel de outros carnavais. Palmeirense fanático não tem um jogador que ele odeie mais que o Gabigol, mas minha mãe? Ela não faz ideia de quem ele é.

—Quem dera — O Gabriel responde todo simpático — Eu sou jogador de futebol.

—O esporte dele é debochar da cara alheia — Meu pai resmunga. Mau humorado como sempre — E segue sendo vice do meu porcão pra largar de ser nariz empinado.

Ih...

O Gabriel fechou a cara.

—Ah... Não sabia que o senhor é palmeirense — Ele pisca algumas vezes, segurando o rosto entre as mãos como se estivesse no auge da tranquilidade — A gente foi vice mesmo, mas se for olhar o placar, meu golzinho vai tá lá. Não tem nada que eu goste mais do que fazer gol no palmeiras. Gosto demais de fazer palmeirense chorar — Ele estala a língua no céu da boca enquanto o Liris tenta com todas as forças segurar a risada.

𝐀𝐓𝐄 𝐀 𝐋𝐔𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora