𝟘𝟚𝟡

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(sem meta, mas tô de olho hein?!)

(sem meta, mas tô de olho hein?!)

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LIAN

—Você tá me roubando! — Acusei descartando um valete de copas pra pegar um az de espada.

—Como que eu tô te roubando, me diz? — Ele revira os olhos e pega o valete de copas que eu descartei — Bati.

—Nãooooo — Choraminguei jogando minhas cartas no montinho e me jogando no carpete, ele riu do meu drama.

—Admite que eu sou bom, princesinha.

—Você rouba, tenho certeza — Revirei os olhos sentando de novo e observando ele juntar todas as cartas e começar a embaralhar tudo mais uma vez.

—Se eu pudesse te roubar com certeza não seria um ponto no jogo de baralho, Lia — Abriu aquele maldito sorrisinho de lado.

—Verdade, esqueci que você já rouba minha paz. Todos os dias — Estalei a língua no céu da boca, ele soltou uma risadinha me distribuindo as novas cartas do pife.

—Até nos sonhos? — Ele ergue uma sobrancelha, mas não está olhando pra mim, está fazendo um leque com suas nove cartas em mão.

Eu já sonhei com ele? Se já não lembro, mas graças a Deus por isso. Eu acordo olhando pra carinha amassada dele todo dia, imagina ter que sonhar com ele também? Seria perseguição demais.

Obrigada por não deixar com que isso aconteça, Deus.

—Porque a gente não apimenta um pouco esse jogo? — Ele ergue o olhar e me encara, me lançando o mesmo olhar sapeca que o Arthur quando aprontou alguma.

Outra coisa não, mas esses olhares arteiros eu conheço bem.

—Não — Fuzilei ele com o olhar do mesmo jeito que faço com o Arthur.

—Quem perder tira uma peça de roupa, nada demais — Ele larga o leque no carpete e cruza os braços em frente ao corpo.

—Nem fudendo, Gabriel — Balancei a cabeça negativamente algumas vezes.

—Vai Liana — Ele me encara — Baixa a guarda um pouquinho.

—Baixar a guarda significa tirar a roupa desde quando? — Desviei o olhar.

—Você não baixa a guarda de jeito nenhum. Nem com roupa, sem roupa... — Conta nos dedos — É muito difícil chegar perto de você.

Eu mordi o lábio inferior. Não parece ser uma brincadeira de mal gosto da parte dele e acho que esse é o melhor clima que já tivemos desde que nos conhecemos. Me viro pra olhar pra ele.

—Você é linda, Lia — Ele fala de um jeito tão sério que não sei como reagir — Tenho certeza que vou gostar do que vou ver aí por baixo.

—Não, Gabriel — Soltei uma respiração — Desculpa, mas não.

𝐀𝐓𝐄 𝐀 𝐋𝐔𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora