Teen Wolf- A nova vida de Derek

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P.O.V. Cora.

Isso é muito estranho. Depois de todos esses anos pensando que toda a minha família tinha morrido no incêndio, fugindo, me escondendo, pensando que eu estava sozinha no mundo ter reencontrado meu irmão mais velho em Becon Hills. Estar aqui juntos jantando na mesma mesa é esquisito.

-Isso é estranho não é?- Perguntei sem jeito.

-Sim muito. Eu me lembro quando éramos crianças, a mamãe sempre insistia que jantássemos juntos, me lembro de como eu achava chato e tedioso. Eu era uma idiota.- Respondeu Derek se lamentando.

-É.- Disse meu irmão dando um gole no seu vinho tinto e fazendo uma careta. 

É, é o charme dos Hale. Somos bom... sarcásticos, irônicos, não gostamos muito de gente e é muito difícil para nós nos abrirmos. Estamos sempre na defensiva. E ainda assim, somos solitários e nós odiamos isso. É, pois é. Somos só pessoas simples só que não.

-Somos uma raça em extinção agora.- Afirmei tristemente.

Esse foi o jantar mais estranho da vida. Comemos em silêncio, aquele silêncio estranho, constrangedor. Ai, somos mestres na intimidade. Por favor, saibam que estou sendo irônica. Então, notei que meu irmão não parava de olhar para algo atrás de mim. E me virei vendo uma moça de cabelos castanhos e olhos cor de avelã sentada na mesa ao lado da nossa. Ela estava sentada sozinha.

-Então quem é a garota? Você a conhece?- Indaguei.

-Ela é minha vizinha. Zoe.- Respondeu Derek.

Ela pegou uma marmita, pagou a conta e saiu.

P.O.V. Zoe.

Isso foi constrangedor. Ainda bem que eu decidi não ficar no restaurante. É estranho ir a um restaurante a essa hora da noite e ficar sentada sozinha. Fica parecendo que levei um bolo. Então só peguei meu pedido para a viagem e voltei para casa. Para comer  só eu,  euzinha e eu mesma um prato de massa á caprese e uma taça de vinho tinto. 

Cara, isso é deprimente. Estou sozinha no meu apartamento jantando, solitária e me lamentando que o primeiro cara que me chamou a atenção em dois anos é comprometido. É lógico que ele seria comprometido com aqueles LINDOS olhos azuis, aquele sorriso de canto super charmoso, aquele carisma. É, vou morrer sozinha. Depois do jantar lavei a louça para me livrar logo desta tarefa que eu odeio, fui até o banheiro escovei os dentes e depois fui direto para o chuveiro. Amanhã tenho que acordar cedo para ir trabalhar. Sou professora do Maternal I na Escola São Valentim. É um colégio particular onde só estudam os bebês mais ricos do País. É impressionante o que o povo está disposto a pagar para eu ensinar os seus filhos a cantar o alfabeto, contar até dez e fazer xixi no penico.  Ok, agora estou sendo maldosa. Porque estou frustrada.

Eu amo as minhas crianças. Elas são fofas, inocentes, doces, autênticas, carinhosas e sempre me fazem rir da forma mais inesperada possível. Adoro trabalhar com crianças. Eles não sabem mentir, não enganam, não traem para eles tudo é simples. 

Tomei um belo e longo banho me esfregando com duas buchas diferentes. Eu tenho uma para o rosto e uma para o corpo, sou paranoica em se tratando de limpeza, especialmente a limpeza do meu corpo, da minha casa. Não acho que exista nada mais desconfortável do que lidar com uma pessoa que esteja com mau hálito, com cecê, ou fedendo de qualquer forma. Quando acabei desliguei a água, me sequei com a toalha branca felpuda, passei creme hidratante com aroma de baunilha, vesti o meu roupão rosa felpudo e sai do banheiro.

Vesti uma calcinha tanguinha, uma camisola branca de chiffon com um roupão que faz conjunto e prossegui para secar meu cabelo no secador.  Foi rapidinho. Depois de estar pronta sentei no sofá e liguei a televisão. Fiquei assistindo uns episódios de The Black List na Netflix até que fiquei cansada, desliguei o aparelho e fui dormir.

Cara, se eu soubesse o que aconteceria no dia seguinte...