Bloodline

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P.O.V. Francis.

Se eu soubesse o que tinha naquele caixão, o que estava naquela tumba eu nunca nem teria chegado perto. E estou cercado por um mar de cadáveres sendo refém desta... criatura. A maneira como ela se alimenta, os caninos pontudos, a velocidade na qual ela correu. 

-É uma vampira. Você é uma vampira.- Constatei chocado.

-Vampira, é? É como nos chamam agora? Não importa. Eu sou o que eu sou.- Disse a mulher com uma voz baixa, aveludada, calma o que só a tornava ainda mais arrepiante.

Fomos parar no café perto da minha casa, ela farejou quem quer que seja até aqui.

-O cheiro está fraco. Esteve aqui á muito tempo.- Constatou sempre com aquela voz aveludada e baixa.

Me lembro dela dizer algo sobre lobisomens.

-Você disse que lobisomens existem também, que os criou. Como?- Perguntei. É minha curiosidade científica não sossega nem sob ameaça de morte.

Ela olhou para mim com aquele sorriso predatório, os caninos pontudos que ela fazia questão de deixar a mostra o tempo todo.

-Meu caro, você não achou mesmo que eu seria enganada e traída e aceitaria de bom grado achou? Não. Eu usei todo meu Poder e minha ira para criar uma maldição para ter certeza de que meus captores sofreriam tanto quanto eu, se não mais. Lancei sob eles uma maldição poderosa, tão poderosa que foi passada através das gerações, sobreviveu ás areis do tempo.- Disse a mulher.

-Está falando de bruxaria? Mas, você é... vampira.- Indaguei, constatei confuso sem entender.

-Eu sou uma Asheroniana. Sempre fui, sempre serei. Mesmo depois da morte.- Respondeu ela.

De repente os olhos dela se reviraram nas órbitas, ficaram brancos. Durou uma fração de segundo.

-Sei onde estão. Ou para onde vão.- Falou a vampira.

-Isso significa que vai me matar?- Perguntei temeroso.

-Não. Você me libertou, estou em débito com o senhor por esse motivo... o deixarei viver.- Disse a criatura.

E ela saiu correndo como um borrão. Senhor, o que eu fiz?

P.O.V. Zoe.

Estou me sentindo meio estranha e minha menstruação tá atrasada. Então passei na farmácia e comprei tipo três testes de gravidez e os realizei. E adivinhem?

 -Que... porcaria.- Xinguei.

Estou grávida. Não me entendam mal, estou feliz por estar grávida, mas... eu nem sei o que vai sair de mim. Eu sou uma bruxa que não controla os poderes e o pai é um lobisomem. E se sair com orelhas pontudas e garras? Então, estou surtando e que se foda. No dia em que vocês ficarem grávidas de um bebê milagroso sobrenatural podem reagirem do jeito que quiserem. Acho que preciso de socorro.  Por isso fiz algo que nunca achei que faria... peguei o telefone e liguei para casa.

-Alô?- Ouvi a voz do outro lado da linha falar.

-Oi vovó.- Falei meio insegura.

-Zoe?- Questionou a voz.

-Sou eu. Tenho novidades.- Falei chorando.

-Está tudo bem?- Perguntou minha vó.

-Não vou contar isso pelo telefone, achei que podia passar ai. Sinto sua falta, da Em também. - Eu disse chorando.

-É claro, teremos um evento beneficente no final de semana. Colocarei seu nome na lista.- Respondeu minha vó no seu tom de voz calmo e frio.

-Vou levar alguém.- Afirmei.

Teen Wolf- A nova vida de DerekOnde histórias criam vida. Descubra agora