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P.O.V. Zoe.
Já faz uma semana desde que aquela moça apareceu no apartamento do Derek. Ela saiu do nada, nunca a vi na minha vida e do nada ela desenha a minha marca de nascença num papel? Isso é bizarro. Qual é a dela afinal? Confesso que fiquei meio assustada, mas vocês não ficariam se estivessem no meu lugar?
Levantei da cama, tomei banho, me troquei, fiz o café, comi, escovei os dentes, sequei o cabelo, prendi num rabo de cavalo e sai. Hoje é o meu primeiro dia de volta na escolinha desde aquele ocorrido terrível.
E foi uma experiência estranha estar de volta aos corredores da Saint Valentim. Ao mesmo tempo em que foi gratificante e divertido lidar com as crianças outra vez, foi complicado estar na mesma sala de aula onde fomos atacados. A segurança que já era pesada triplicou, os sistemas que controlam os portões foram trocados, o número de crianças na minha turma diminuiu quer seja porque alguns pais decidiram mudar seus filhos de escola ou porque as crianças ainda estão assustadas demais para voltar. Mas, correu tudo bem, as crianças cantaram, pintaram, almoçaram tudo direitinho. É nesses momentos em que a gente vê como é absolutamente impressionante a resiliência das crianças, como eles conseguem voltar a confiar sem problemas, como eles perdoam lindamente. Acho que isso prova o quanto temos a aprender com eles.
Depois de um gratificante dia no emprego, voltei para casa, tomei outro banho sem lavar a cabeça, troquei de roupa e ouvi a voz da moça. Lydia. Vinha do apartamento vizinho. Ok, chega. Eu não gosto de segredos. Ficar escondendo, mentindo é criar cobra. Uma hora a pessoa descobre fica magoada, te culpa e você perde a amizade.
Então sai e marchei decidida até o apartamento vizinho onde bati á porta que foi aberta por um Derek que estava meio rabugento como sempre.
Olhei para os dois e falei:
-Ok. Eu quero saber como diabos essa garota que eu nunca vi na minha vida, vinda de sabe Deus onde, do nada desenha a minha marca de nascença e quero saber porque dentre todas as formas que existem ela foi logo desenhar esta.- Falei. Apontei o dedo pra ele mesmo! E ele deu um sorrisinho.
P.O.V. Derek.
É, acho que apesar da fofura e da doçura a Zoe não é do tipo que aceita ser deixada de fora. E eu acho engraçado que ela brigou comigo como se desse bronca numa criança, fazendo uma cara feia e apontando o dedo.
-Porque você não entra Zoe?- Convidei rindo. Dei espaço para ela passar e ela entrou.
-E ai, vai me responder? Lydia?- Perguntou a professorinha cruzando os braços.
-Posso até tentar, mas duvido que acredite em mim.- Respondeu a ruiva.
-Manda.- Exigiu Zoe.
-Eu... eu sou investigadora de polícia. Departamento de homicídios e escolhi essa carreira porque... eu ouço e vejo coisas que ninguém mais consegue. Ai decidi usar o meu dom para tentar solucionar crimes e ajudar as pessoas. Já trabalhei no departamento de pessoas desaparecidas e solucionei mais casos do que qualquer outro.- Informou a Banshee.
-E o que isso tem a ver comigo? - Zoe perguntou.
-Eu não sei. Ainda.- Respondeu Lydia.
P.O.V. Zoe.
Ela falou como eles estavam pesquisando o símbolo na rede e não conseguiram encontrar nenhuma correspondência.
-É lógico que não. É só uma marca de nascença bizarra! Não é motivo de alarde.- Esclareci.
-A gente devia levar ela para o Deaton.- Disse a ruiva olhando para Derek.
-O que? O que é Deaton?- Indaguei.
-Ele é especialista em... bizarrices como esta.- Respondeu Derek.
-Eu não quero.- Afirmei.
Então a moça ruiva que usava um terninho preto perfeitamente liso, uma camisa branca que parecia muito cara e cheirava á perfume 212 olhou na minha cara.
-Olha, não quero te assustar nem nada assim. Mas, quando eu tenho pesadelos com alguma coisa, quando as vozes me levam até algo, alguma coisa ou alguém seja o que for... se o mistério não é resolvido o mais depressa possível, geralmente, morre alguém.- Falou a garota ruiva.
É, se ela não queria me assustar fracassou.
-Você é uma doida. Vocês dois são doidos!- Gritei.
Tentei sair, mas ela bloqueou a minha passagem.
-Então como você explica eu ter desenhado a sua marca de nascença? Nós nunca nos conhecemos, nunca se quer nos vimos. E você nunca, jamais parou para se perguntar o que sua marca de nascença significa? Nunca cogitou a hipótese dela ter ligação com algo, algo que não é deste mundo? Algo que não pode ser explicado por médicos, ciência, matemática ou lógica convencional?- Questionou Lydia.
-Não.- Falei. E era verdade. Eu nunca jamais pensei que tivesse de sobrenatural na minha marca de nascença.
-Vocês são malucos. E eu não quero nada a ver com isso.- Falei empurrando a moça e saindo porta a fora. Não compactuarei com essas loucuras e também não vou deixá-los enfiar caraminholas na minha cabeça.
P.O.V. Derek.
Não culpo a Zoe por ter nos chamado de malucos e fugido, mas sei que a Lydia Martin está longe de ser doida e que se ela diz que temos que descobrir o que o símbolo significa ou alguém vai morrer... ela tem razão. Então decidi que era melhor levar o que tínhamos para o Deaton. Portanto, falei com a Cora, falei onde ia e pedi para ela ficar de olha na Zoe por mim. Cuidar dela. Enquanto Lydia e eu voltávamos para Beacon Hills para falar com o nosso veterinário preferido.
P.O.V. Zoe.
Estou com a pulga atrás da orelha depois dessa. Portanto, voltei pra casa e pesquisei Derek Hale no Google. E cara, li uma notícia de que a mais ou menos uns vinte anos atrás houve um terrível incêndio envolvendo toda a família Hale. A família morreu quase toda. Derek foi o único que sobreviveu. Continuei procurando e o lugar do incêndio ainda existia. Fica em Beacon Hills na Califórnia. Então peguei minhas coisas, fiz uma mala pequena, entrei no carro, programei o GPS e comecei a dirigir. Num determinado momento depois de algumas horas de viagem passei por um monte de sakuras. Cerejeiras lindas com as flores cor de rosa que de alguma forma pareciam feitas de gelo. Foi uma linda visão e eu senti como se estivesse no caminho certo.
Depois de dirigir até escurecer tive que parar, preciso dormir para não dormir ao volante e acabar me matando. Parei num hotel de beira de estrada que não parecia tão ruim. Motel Glen Capri. Vi a placa de neon vermelho piscando, parei o carro e lá dentro fui atendida por uma senhorinha com óculos de fundo de garrafa e blusa florida muito gentil. Ela me colocou no quarto 13 e é claro não é nenhum hotel cinco estrelas, mas é muito limpo. A cama é pequena, quando sentei o colchão fez um barulho, mas dá pra o gasto.
Depois de uma noite não tão bem dormida, paguei a conta, fui até o meu carro e dirigi até um posto de conveniência onde tomei café e abasteci o carro. Foi uma longa viagem, mas eu finalmente cheguei á Beacon Hills e algo me diz que há mais nesta cidade do que apenas casas de cerca branca.
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Teen Wolf- A nova vida de Derek
WerewolfEssa fanfic se passa no período logo depois da quarta temporada quando Derek e Cora vão embora. Os dois se mudam para a Virgínea onde tocam suas vidas. Novas casas, novos empregos, novos amigos e quem sabe um romance? Muitas surpresas aguardam os ir...