Teen Wolf- A nova vida de Derek

Refém

P.O.V. Zoe.

Isso é um pesadelo. Quando sai para trabalhar hoje de manhã jamais imaginei que isso aconteceria. Que tipo de ser humano asqueroso, miserável invade uma escola de educação infantil e faz crianças de um ano de reféns? Não consigo acreditar que isso está acontecendo, não posso crer que alguém seja capaz de tamanha atrocidade. E para tornar tudo pior as crianças estão assustadas, estão ficando impacientes, chorando e quanto mais ele grita pior a situação fica.

-Por favor, não faça isso. Olhe, deixe as crianças irem. Pode ficar comigo, serei sua refém, mas deixe as crianças irem.- Implorei.

Ele apontou a arma para a minha cabeça e fiquei paralisada, senti meu coração bater nos ouvidos, as minhas pupilas se dilatarem.

-Você é mesmo uma tonta. Odeio ter que te dizer isso madame, mas a vida destes pentelhos catarrentos vale muito mais que a sua. Aquela lá por exemplo, a de cabelinho loiro, olhos azuis. Ela é a filha do senador Darcy. O senador é um homem importante, podre de rico. As cabeças destes fedelhos valem uma nota.- Disse o cara usando um tom de escárnio.

É verdade. A São Valentim é uma escola particular de altíssimo nível, tanto que o lugar é praticamente uma prisão. O nível da segurança aqui é foda. Você tem que ter cadastro, crachá de identificação, autorização e o caramba a quatro, tem portões de aço reforçado e guardas, seguranças particulares, ex-militares treinados e armados. A escola é praticamente um presídio. E ainda assim o cara passou pra dentro.

-Mas, que tipo de pessoa é você? Ameaçando crianças? E pelo o que? Dinheiro? Olhe se tiver a mim e só a mim, ainda vai ter a vantagem. Pelo amor de Deus, são só crianças. Pelo amor de Deus, por favor... tenha misericórdia. - Implorei de olhos fechados tentando inutilmente esquecer que esse maluco tem uma arma carregada apontada para a minha cabeça.

Infelizmente para mim o cara não aceitou muito bem o meu pedido e me agarrou pelos cabelos, me arrastou  pela sala enquanto eu chutava e gritava, desamarrou meu cabelo e ainda me deu uma bofetada que estalou.

-Cala a boca sua vadia! Ou eu juro por Deus que começo a atirar nas cabeças dos pentelhos.-Berrou o sem vergonha.

Sinto as lágrimas de pavor escorrendo pelo meu rosto enquanto me encolho num canto. É, é devem estar pensando porque ela não reage? Porque ele tem uma arma!

Então a polícia voltou a tentar fazer contato e olhando pela janela eu vejo o circo armado lá fora. O batalhão especializado da polícia federal, a S.W.A.T. está lá fora, tem vários pais preocupados, a imprensa apareceu em peso. Malditos abutres!

Eu gosto de saber as notícias, eu preciso ou viro uma alienada, mas... esse povo da imprensa... sempre que tem alguma desgraça eles estão lá esmiuçando a coisa até arrancar sangue. Falando daquela tragédia dia e noite sem parar como se eles tivessem a mínima noção do que é viver este momento. 

A polícia está negociando com esse cara a manhã inteira. Já é uma hora da tarde e ainda estamos presos aqui. Então, de repente os agentes da S.W.A.T. chegam, arrebentando a porta da sala, um outro arrebenta a janela e eles atiram no cara. Foi um único tiro. Bem no meio da testa do vagabundo.

E as crianças choravam desesperadamente e gritavam MAMÃE!

Os agentes não foram agressivos conosco pelo contrário, eles nos confortaram, nos abraçaram e diziam que ficaria tudo bem. Foi complicado tirar as crianças de lá de dentro, na verdade, tiveram que fazer o contrário. Tiveram que deixar os pais entrarem e meu Deus! Eu nem imagino o pânico que esses pais passaram, vi o alívio nos seus rostos quando foram reunidos com os seus filhos. E por mais aliviada que eu estivesse tudo só... parecia estar se movendo devagar demais e rápido demais ao mesmo tempo. É uma sensação inexplicável. Horrível. Vertiginoso.