Dois lados

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P.O.V. Zoe.

Acordei de repente com aquela mulher desconhecida me encarando. Ela tinha longos cabelos negros cheios de cachos que caiam como uma cascata até o meio de suas costas, a pele dela é escura parece uma mistura de negro com alguns traços indigenas talvez, a dama tem uma beleza mediterrânea com olhos pretos como duas jabuticabas que me encaravam com uma expressão neutra, quase entediada.

A minha primeira reação foi procurar pela minha filha que graças á Deus estava bem á minha frente, eu a agarrei e me levantei o mais depressa que pude. Tentei fugir, mas apesar da porta de madeira estar aberta eu bati num feitiço de barreira e a mulher se pronunciou pela primeira vez soando entediada e um tanto quanto irônica:

-Olá para você também.

Sem ter muita escolha me virei para encarar aquela pessoa.

Sem ter muita escolha me virei para encarar aquela pessoa

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-Quem é você? O quer de nós?

Perguntei na defensiva e a mulher respondeu calmamente:

-Conversar. Peço desculpas pelos meus... métodos, mas eu precisava chegar até você. Até vocês duas.

-Porque?

A moça tirou a chaleira que apitava de cima do fogão á lenha preto, serviu a água quente em duas canecas em forma de cone uma verde e uma azul e estendeu a azul para mim.

-Relaxe, é apenas chá de Camomila. Meu nome é Suhad e eu imagino as coisas terríveis que deve ter ouvido de mim, imagino a história que Tamara deve ter te contado. Que ela era uma doce e ingênua Princesinha que foi sacrificada num ritual pelo seu pai, o malvado Rei que estava louco pelo Poder. Não é?

-Resumiu bem. Esqueceu de mencionar que você morreu de alguma peste.

A mulher deu risada. Uma risada sem humor.

-Peste. Essa é boa. Que tal eu lhe contar o que realmente aconteceu invés disso?

Então Suhad começou a contar a história de sua vida.

-No princípio, eu era uma serva nasci na Grécia isso já faz mais de cinco mil anos agora. Um dia, um Soldado veio, um soldado estrangeiro e naquele dia descobrimos que nosso pai tinha nos vendido, a mim e a minha irmã Maia para o harém do Rei de Asheron. Fomos levadas cativas e passamos meses e meses no mar, a viagem foi desconfortável, longa, perigosa. Havia risco de naufrágio, a tripulação sofria de escorbuto e fomos enfiadas no porão de carga do navio juntamente com animais e carga. Não fomos as únicas levadas, conhecemos outras garotas de vilarejos vizinhos que também tinham sido vendidas por suas famílias ou mesmo que foram simplesmente agarradas e arrastadas até ali. A comida era racionada e a doença estava abordo. Matou muitas pessoas, inclusive a minha irmã Maia que teve o seu corpo jogado no mar como lixo. Quando finalmente chegamos fomos levadas para o palácio diretamente para o primeiro e mais baixo andar do harém do Rei Manon. A senhora Janet nos lavou até arrancar nosso couro, nos alimentou e nos deu algumas roupas, explicou como funcionava e por mais revoltada que eu estivesse tinha que aprender rápido para poder sobreviver naquele lugar. Logo, eu me tornei a favorita e portanto, tornei-me Rainha. Como eu era a favorita do Rei, nenhum homem podia me tocar, exceto por ele é claro. Ao descobrir que eu também tinha talento para as artes mágicas nós combinamos nossas forças. Eu usei minha magia a favor de Manon para que ele conseguisse expandir seu território e vencer batalhas, infelizmente por algum motivo que desconheço, Manon nunca conseguiu um herdeiro homem. Mas, eu fui a primeira a lhe dar uma filha e como primogênita nascida da sua esposa favorita, Manon escolheu Tamara como sua herdeira.

Teen Wolf- A nova vida de DerekOnde histórias criam vida. Descubra agora