Teen Wolf- A nova vida de Derek

Maternidade

P.O.V. Zoe.

Fazem só dois dias que trouxemos a Paige para casa e posso garantir que a maternidade não é tão glamouroso como Hollywood ou os livros sobre bebês fazem parecer. Na verdade, não é glamouroso e ponto final. Estou a dois dias sem dormir direito porque Paige é como um reloginho, ela acorda de duas em duas horas para mamar, seja noite ou seja dia. E eu sou a única mulher da casa que tem peitos que soltam leite é tudo nas minhas costas ou melhor, nos meus peitos. E até isso não é como dizem os livros, ás vezes a minha filha me morde e dói e meus seios estão sensíveis, tenho que ficar passando pomada. Viver trocando fralda cheia de xixi, de cocô e estou sempre cheirando a queijinho. Porque a Paige só sabe chorar, mamar, urinar, cagar e vomitar. Por favor, não me entendam mal eu amo o meu bebê, mais do que tudo. Mas ser mãe é difícil. Se vou tomar banho, ela toma banho comigo, se vou ao banheiro fazer o número 1 ou o número 2, a Paige vai comigo, tenho que ficar com ela no colo e não faço o que tenho que fazer ou se durmo sentada no vaso.

Entretanto, sei que devo ser grata. Eu tenho o Derek, Cora, Malia que me ajudam do jeito que podem, sempre que podem. Hoje é o terceiro dia da Paige em casa e ela chorou a noite toda. Está com cólica, está chorando a quase vinte e quatro horas e todo mundo nesta casa e na casa vizinha tem audição sobrenatural e para o nosso infortúnio, o bebê tem pulmões de aço. Já chegou num ponto em que estou chorando com ela e implorando para ela parar.

Já tentei de tudo. Banho quente, shantala que é uma massagem indiana específica para bebês, massagem na barriga, dar buscopam na mamadeira com água e açúcar entre outras coisas e ela continua esgoelando. Então, num ato de desespero. Coloquei a Paige na cadeirinha, entrei no carro e dirigi até a Clínica Veterinária. Vim pedir socorro para o Doutor.

P.O.V. Deaton.

De repente, a Zoe chegou na clínica. Ela parecia um zumbi, o cabelo está todo despenteado, amarrado num coque mal feito que está despencando, usava um cardigã branco que já está bege coberto de vômito de bebê. E ela veio com a menina no colo que chorava a plenos pulmões. As duas choravam. A mãe estava desesperada.

-Pelo amor de Deus, Doutor me ajude. Ela não para de chorar, não sei o que fazer. Socorro!- Implorou Zoe.

-Ela está doente?- Perguntei.

-Acho que está com cólica, mas eu dei remédio e não funcionou.- A mamãe estava em pânico.

Zoe me contou tudo o que tinha feito e o medicamento que havia dado para Paige, examinei a menina e não encontrei nada fisicamente errado com ela.

-Ela está bem. Fisicamente.- Constatei.

-Como bem? Ela não para de chorar!- Reclamou a mãe exausta.

-Talvez devesse levá-la para Melissa?- Sugeri.

-Certo. Obrigado.- Agradeceu Zoe com uma voz cansada, estava operando no automático.

Ela não está em condições de dirigir.

-Espera. Vou com você. Você não está em condições de dirigir.- Falei.

Entramos no carro e no meio do caminho, no meio daquela estrada escura de repente apareceu uma figura de preto. Pisei no freio, o carro derrapou e freou, então vi uma flecha ser atirada em nossa direção. Ouvi o pneu do carro furar, a figura de preto veio caminhando e foi direto para o banco de trás. O bebê chorava á plenos pulmões. Agora que ela está mais perto eu a reconheci. Meu Deus, é a Allison! E ela está desafivelando Paige da cadeirinha.

-Allison o que está fazendo?- Perguntou Zoe. A mãe desceu do carro ao perceber que a caçadora estava planejando levar o bebê.

-Allison! Está doida?!- Berrou Zoe.

P.O.V. Zoe.

A garota pegou o arco e mirou em mim. E não querendo levar um tiro a minha magia acabou me ajudando.

-Allison!- Falei usando meu poder de necromante.

De repente, ela pareceu ter acordado. Olhou em volta, parecia desorientada era como se tivesse acabado de acordar de um sonho.

-O que aconteceu?- Indagou Allison.

Então ela pareceu notar que estava segurando a Paige e eu estendia os meus braços pra ela.

-Só... entregue-a. - Pedi calmamente.

A garota em pânico devolveu a minha filha. Ela de repente começou a surtar, a se desesperar dizendo eu não sei onde estou. Não sei onde estou então levamo-na para o hospital de carona, o problema foi que no caminho, Allison atacou Deaton que perdeu o controle do carro. O veículo patinou, capotou três vezes. Olhei para o banco de trás para ver se Paige estava bem e ela estava. Assustada, mas ilesa.

-Está tudo bem querida, está tudo bem.- Eu disse tentando confortar o meu bebê.

Allison está ferida, tem um corte na testa, mas ela saiu do carro e novamente foi direto para o banco de trás. Oh, não desta vez. Tirei o cinto de segurança, arrebentei a janela e sai do carro, senti o vidro cortar as minhas mãos e braços, mas os cortes logo cicatrizaram. Alisson atirou, mas eu peguei a flecha no ar, usando pela primeira vez minha hiper velocidade eu fui até ela e bati na sua cabeça com toda a minha força. Nocauteando-a. Peguei a Paige de volta e chamei a emergência.

Logo estávamos cercados de ambulâncias, policiais e o Derek. 

-O que aconteceu?- Perguntou o lobo.

-Eu não sei. Acho que algo está errado com a senhorita Argent. Ela nos atacou, tentou levar a Paige, mas não acho que ela sabia o que estava fazendo.- Contei.

Ouvi Derek rosnar, foi um rosnado gutural e alto.

-Calma, precisamos saber o que há de errado e enquanto não descobrimos, manteremos distância dela. Ou pelo menos manteremos a Paige longe dela.- Afirmei.

P.O.V. Derek.

Sei o que a Zoe está pensando. Ela acha que o quer que seja que está errado com a Allison é culpa dela, é por causa do feitiço de ressureição. Agora se sente responsável e lógicamente vai querer ajudar. Mas, algo me diz que há mais nisso do que um feitiço que deu errado.