Teen Wolf- A nova vida de Derek

1924 Boulder Street

P.O.V. Derek.

Chegando a Beacon Hills fomos a Lydia e eu direto ao consultório veterinário conversar com o Doutor Alan Deaton, o nosso Carvalho Sábio.

-Derek? O que está fazendo aqui?- Perguntou o médico confuso.

-Viémos atrás de uma informação. Ver se você sabe alguma coisa sobre isso.- Falei mostrando o desenho da cobra engolindo a própria cauda.

-Você desenhou isso?- Perguntou Deaton olhando para a Lydia. 

E ela fez que sim com a cabeça. Também fiz questão de dizer que o símbolo era exatamente igual á uma marca de nascença de uma pessoa. Não dei o nome, o gênero, o endereço, nada que pudesse revelar a identidade de Zoe porque quero protegê-la. Não quero que ela acabe se tornando um alvo por causa de... uma marca de nascença bizarra como ela mesma diria. E quando eu mencionei este fato o Deaton ficou branco. Ele parecia chocado, incrédulo. 

 -E você sabe quem é o portador da marca?- Perguntou Deaton.

-Portador?- Perguntei sem entender o que ele queria dizer. 

-Isso. Quem é a pessoa que carrega a marca.- Respondeu o Doutor.

-Sei. - Comentei sem dar mais detalhes.

-Porque? O que há de tão especial a respeito?- Indaguei.

-Já ouviu falar em Asheron?- Questionou o veterinário.

-Não.- Respondi.

Ele começou a contar sobre a história de Asheron, um Império que precedeu as civilizações antigas. Os egípcios, os gregos e romanos se quer existiam quando Asheron nasceu.

-Eu não sei muito, até porque muito se perdeu ou foi propositalmente destruído.- Esclareceu o Doutor.

-Damnatio Memoriae.- Disse Lydia. 

 Deaton concordou com a cabeça. E continuou contando a história.

-Sim. Enfim, no princípio Asheron era uma cidade próspera, mas os sacerdotes e monarcas do Império eram feiticeiros, bruxos. Bruxos de verdade, logo eles descobriram meios de ressuscitar os mortos, se tornaram necromantes poderosos, temidos e respeitados. E como esperado eles queriam mais, mais magia, mais poder e isso os corrompeu. Eles descobriram maneiras de não apenas ressuscitar os mortos, mas de controlá-los, de invocar demônios e para fazê-lo eles usavam o Poder do sangue puro de suas filhas. Não sei exatamente porque, mas os homens não podiam servir como receptáculos para os demônios, o sangue deles não era assim tão poderoso. E portanto começaram a sacrificar suas esposas, filhas, sobrinhas, suas herdeiras mulheres. Até que um dia... aquele mal que eles alimentavam revidou. Voltou-se contra eles. - Disse o veterinário.

-Como?- Perguntei.

-Tamara. Ele era uma Princesa e foi sacrificada, possuída, mas de alguma forma desta vez o espírito original não foi suprimido, Tamara se uniu, se fundiu á criatura que a possuiu e acidentalmente os sacerdotes de Asheron criaram um tipo diferente de Monstro que devastou tudo. Foi um banho de sangue. Ela foi detida obviamente, pelo o que o mito conta Tamara morreu, mas levou Asheron com ela.- Esclareceu o Doutor.

Infelizmente Deaton não sabia muitos detalhes sobre o que aconteceu, como aconteceu. Ele só confirmou que a marca de nascença era como eles identificavam os membros da linhagem real, apenas aqueles com sangue nobre, o chamado sangue puro a tinham e era sempre no mesmo lugar do corpo. O veterinário esclareceu ainda que as habilidades mágicas destas pessoas eram inatas e extraordinárias.

P.O.V. Zoe.

Já é noite e para ajudar um pouco mais meu carro enguiçou no meio da floresta. Peguei meu celular e tentei chamar um serviço de guincho, mas a ligação estava muito ruim então fui procurar um lugar mais alto. Fui me embrenhando cada vez mais naquele meio de mato até que eu... encontrei um lugar que eu reconheci imediatamente do artigo de jornal.

-É a Casa Hale.- Observei falando em voz alta comigo mesma.

O lugar estava em reformas, mas ainda assim estava todo queimado, metade tinha desabado. De repente, ouvi alguém gritar, alguém gritar por socorro. E eu fui ajudar. Assim que eu entrei... o lugar começou a pegar fogo. Eu via aquela gente toda, presa, apavorada, desesperada, crianças, mulheres tentando escapar das chamas. Eu tentava fugir, comecei a entrar em pânico, a gritar. Então, do nada... parou. A casa voltou ao que era antes. Não havia fogo, nem pessoas, nem nada. E eu fiquei apavorada, saí daquele lugar correndo. O que diabos foi aquilo?

Cheguei no meu carro e tentei novamente chamar ajuda, mas não deu certo. Então, não vi jeito se não voltar a cidade para pedir ajuda pessoalmente e devo admitir que andar no meio da floresta á noite especialmente depois daquela bizarrice que aconteceu na casa não é muito agradável. E de repente vejo sair do meio daquela escuridão um bando de gente, estavam armados com flechas, bestas e armas e começaram a abrir fogo! E eu fugi, eu corri. Me embrenhando mais e mais no mato. Os malucos tentando me matar até que senti uma flecha acertar na minha panturrilha. Eu gritei e cai no chão. A minha mão pousou encima de... de uma árvore, uma árvore cortada e eu senti uma coisa. Uma coisa... Poderosa. E dai eu apaguei.