•Problemas familiares•

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Opaa, olha quem voltou. Sem muito papo, bora lá.

Boa leitura!

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No capítulo anterior...

Juliette e Sarah vinham se reaproximando, mas Sarah ainda não lembra de tudo, ainda com uma mente infantil.
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                          POV JULIETTE

     Hoje era um sábado lindo, com o sol quentinho, algumas nuvens, sons de crianças brincando... Mas nem tudo é perfeito.

     Ainda era de manhã e eu estava na casa de Sarah, como nós viramos amigas, eu venho quase todos os dias na casa dela, para vermos filmes, estudar, ou ficar conversando.

     Agora nós estávamos montando um quebra cabeça, até o meu celular começar a tocar.

                        Ligação on

- Oi pai, tudo bem aí?

- Juliette, eu preciso que você venha pra casa agora. - ele disse em um tom ríspido.

- Aconteceu alguma coisa? Não pode falar por aqui mesmo?

- Se eu pedi pra você vir pra casa, é porque não dá para falar por telefone. - uiii, cavalo.

- Ta bom, em cinco minutinhos estou aí. - e desliguei a ligação.

                         Ligação off

        - Já vai ter que ir Ju? - perguntou Sarah com a voz preocupada.

        - Já sim Sarinha, meu pai está me chamando, mas venho aqui pela tarde, quero te acompanhar na sua consulta de hoje. - hoje ela teria consulta com a psicóloga.

         - Ok então, tchau Ju, estarei te esperando! - levantei e fui em direção à porta.

...

     Quando cheguei em casa o clima estava pesado, minha mãe estava com um olhar perdido no chão, Gilberto estava chorando ao lado dela sentado no sofá, e meu pai estava de pé no meio da sala com as mãos na cintura.

       - Ahn, olá família. - tentei dar uma quebrada no clima, mas não deu certo. - por que estão assim? Aconteceu alguma coisa?

        - Juliette, sente-se por favor, precisamos conversar um assunto sério. - meu pai falou de forma seca.

                       POV SARAH

      A Juliette saiu daqui as onze horas da manhã, e no caminho pra casa, ela me falou que iria voltar as duas da tarde, já que minha consulta era as duas e meia. Mas já eram quase duas e quinze e nada dela voltar.

      Ela passou a semana toda me encorajando para ir ao psicólogo, eu nunca gostei muito de médicos, sempre evitava ir, mas a Ju me falou que o que eu ia ir hoje era bem legal, iria me ajudar a fortalecer a mente.

       Eu mandei várias mensagens pra ela, liguei, mandei áudios, mas nada dela responder. Perguntei se ela ainda iria comigo na minha consulta, mas ela não visualizou.

       Então agora estávamos eu, minha mãe e Thais indo para a minha consulta ao psicólogo.

       Como Thais é a minha melhor amiga, e a única que eu lembro, ela veio me acompanhar.

       Chegamos no consultório e o medo já me bateu forte, aquela salinha era bem iluminada, silenciosa, e com cheiro de consultório médico mesmo.

       Não demorou muito e eu fui atendida, a doutora que ia falar comigo se chamava Maria Julia, eu gostei desse nome. Quem entrou na sala foi eu e Thais, minha mãe ficou esperando lá fora.

         - Olá meninas, sou a Dr. Maria Julia Oliveira, mas se quiserem podem me chamar de Maju, Eu que vou fazer seu acompanhamento Sarah. - ela falou bem simpática, vamos começar uma análise nela, tinha cabelos cacheados e escuros, estavam amarrados em um rabo para o lado, pele negra, era baixinha, parecia na média dos vinte e quatro ou vinte e cinco anos e...

         - Sarah? Está me ouvindo? - fui tirada de meus devaneios pela Dr. Maju me chamando, e Thais me olhando com o venho franzido, concordei com a cabeça para que ela prosseguir.

          - Como eu estava falando, normalmente eu gosto de conhecer meus pacientes antes de tudo. Eu sei que você é a Sarah, sei sua idade, o que aconteceu contigo... Mas eu quero conhecer mais você, quero que você faça seu auto-conhecimento.

          - Pra isso eu quero que nós tenhamos uma conversa, quero saber sua cor favorita, comida favorita, filme que mais gosta, o que gosta de fazer no tempo livre... Enfim, essas coisas básicas. Vamos lá? - ela me perguntou com animação, parecia muito empolgada para fazer isso.

       Começamos nossa aula as duas e meia e terminamos as três e meia. Eu sinceramente, gostei muito dessa consulta, não foi chata igual todas as vezes que eu vou em um médico.

      O único problema agora era que já eram seis horas da noite, e Juliette ainda não havia olhado minhas mensagens e nem me ligado. Ela poderia pelo menos mandar mensagem falando que estava ocupada ou que não iria poder falar agora, mas não precisava me ignorar.

      Já era a quinta vez que eu tentava ligar pra ela pelo celular da minha mãe, pois com o meu ela também não atendia.

         - Filha, vamos comer, depois você tenta ligar pra ela de novo. - minha mãe falou alto, pois eu estava na sala e ela na cozinha.

          - Será que ela não gosta mais de mim? Será que ela não quer ser mais minha amiga mãe? - falei com a voz cheia de tristeza quando me aproximei da minha mãe para lhe dar um abraço.

          - Não é isso minha filha, talvez ela só esteja muito atarefada, além do mais, ela passa quase a semana toda aqui em casa, precisa descançar e passar um tempo com a família dele também.

       Não cheguei a dar uma resposta pra ela, somente pensei que poderia ser isso mesmo.

...

       Acordei no outro dia e Juliette ainda não havia me respondido, isso séria aceitável, se tivesse se passado dois dias, cinco dias, uma semana, duas, três...

      Exatamente isso que eu falei, se passaram três semanas que eu não tinha notícia nenhuma de Juliette, nem eu, nem ninguém. Ela e a família dela haviam sumido do nada, até cheguei a ir na casa dela, mas não tinha ninguém, parece que eles simplesmente abandonaram tudo.

      Eu até queria contar pra ela que eu havia evoluído, já me lembro que ela é a Juliette Freire, mãe do meu filho, o amor da minha vida...

       Mas ela não estava aqui, eu todos os dias fico pensando que ela já deve estar com nove meses de gestação, será que ela vai ter o nosso filho longe de mim? Vai me tirar essa oportunidade?

      Isso só o tempo me dirá, não tenho mais informações sobre ela ou a sua família, a única coisa que eu sei é que ela me deixou, Juliette havia me deixado.

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Eita meus cactos...
Vem muito por aí.

Não esqueçam de comentar o que estão achando da fic, e deixem suas estrelinhas. Se não tiver bastante estrelinha aqui eu demoro a postar ksksk

Beijos e abraços :)
        

        
   

    
    

Uma vida de lembranças •interssexual•Onde histórias criam vida. Descubra agora