Uma vida de lembranças •interssexual•

•Fugitivos•

Olha quem voltou... Euuuu. Para trazer alegria a todos vocês.

Normalmente eu escrevo quando eu tenho paz, tempo e silêncio, mas é muito difícil ter tudo isso, mas eu vou melhorar. Bora lá.

Boa leitura!

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No capítulo anterior...

      Tivemos o ponto de vista da nossa digníssima Juliette, ela agora está morando na Paraíba com kayan, que já tem seus 3 anos de idade, mas sua vida não está um mar de rosas.
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                             POV JULIETTE

      Os dias vem se tornando cada vez mais difíceis conforme kayan vai crescendo, antes eu só tinha que me preocupar em lhe dar mama, não pegar friagem e trocar as fraudas sujas.

       Mas agora o meu menino está crescendo e ficando cada dia mais arteiro, o menino quer pegar tudo que vê pela frente, se pendura nos lugares, gosta de descobrir o que cada coisa desse mundo faz, e o pior, ele adora desenhos, lápis de cor, tintas, essas coisas, e com isso eu tenho que cuidar para as paredes da minha casa não virarem uma exposição artística.

       Isso é até tranquilo, pois uma vez ele pintou todo seu lindo corpinho de tinta vermelha, até o rosto, e começou a  rolar por todo o tapete da sala, isso por enquanto que eu tomava banho e deixei ele brincando.

        Enfim, sobre o que eu estava falando mesmo? Aaa, sobre a vida estar difícil. Deixe-me explicar melhor porque ela está difícil, na verdade, vou contar essa história desde o começo.

       Eu me lembro exatamente á três anos atrás quando eu estava em casa e eu vi meu pai entrar transtornado em casa xingando e batendo em tudo o que vía pela frente, o seu cheiro de álcool estava horrível e suas roupas estavam cheias de sangue.

            •Flashback on•

      - MAS QUE DROGA MESMO! - meu pai gritou assim que entrou dentro de casa.

       - Meu Deus do céu, Lourival, o que aconteceu com você? - minha mãe apareceu na sala com os olhos arregalados.

        - Não aconteceu nada Fátima, me deixa ir dormir. - ele tentou passar pela minha mãe para ir até as escadas, mas ela o impediu.

         - Como nada homem? Olha a situação da tua roupa, e ainda ta fedendo a álcool. Lourival se você se meteu em briga por causa de política de novo...

         - Que política que nada, foi aquele corno desgraçado do bar, que não aceita perder a ainda quer bater nos outros.

        Foi aí que todas as peças se encaixaram pra mim, me lembro de ter visto uma vez o meu pai dar em cima da mulher do dono de um bar chique que meu pai frequentava, eles pareciam já se conhecer, mas nem comentei nada com ninguém.

       Uma semana depois meu pai apareceu todo desesperado em casa, mas dessa vez não estava bêbado, e mandou todo mundo fazer as malas, pois nós tínhamos que ir embora.

        Eu, como a única pessoa com mente daquela família, falei que não iria, pois tinha um filho que estava pra nascer em poucas semanas, tinha a escola, amigos e minha namorada.

         Meu pai não quis saber, e obrigou todo mundo a entrar no carro, eu fui o caminho inteiro discutindo com ele, quando chegamos ao aeroporto já tinha um jatinho nos esperando, e claro, todo mundo desconfiou e começaram a fazer perguntas, meu pai só falou que tinha uma gente barra pesada atrás dele, e que conseguiu esse jatinho com um amigo, ele prometeu que em que uma semana nós voltaríamos a nossa vida normal, mas não foi isso que aconteceu.