Prólogo

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O amor é como um dia nublado,
você sabe que pode chover a
qualquer momento, mas mesmo
assim deixa o guarda-chuva em
casa. O amor faz isso com as
pessoas também, sabemos que
uma hora ele pode chegar mas
muitos não dão a importância devida.

É o que eu digo.

É o que eu vivi.

E é o que eu irei contar agora.

O amor é suave como uma brisa,
ou dolorido como um tiro onde a bala fica cravada em sua pele. Eu aprendi da pior forma, da pior maneira que o ser
humano tem para amar, levei
uma surra da vida. Um castigo
de Deus ou Alá? Não. Ela me ensinou
que Deus não nos dá esse tipo de
castigo, Deus não seria capaz de
te castigar tirando a vida de uma
pessoa, ainda mais se essa pessoa
fosse como ela.

Apanhei da vida, eu sei que
mereço toda a desgraça do mundo por ter sido quem eu fui, eu sei
que mereço tudo de ruim por
tudo que eu já fiz aos outros e até mesmo com ela. Ela... Ela, me fez enxergar um outro lado
da vida, deixar meu eu antigo de
lado e desfrutar do meu novo eu,
que nem sabía existir.

Alá não me castigou.

Repito.

Deus colocou uma bênção em
minha vida, um anjo, um anjo
que eu deveria ter cuidado desde
o início quando nossas vidas se cruzaram se eu ao menos soubesse que esse seria o nosso destino, e vejamos que eu não acredito muito em Deus e comecei a crer por conta dela.

Deus me entregou um desafio, um
desafio com aparência angelical e
um olhar profundo. Um olhar que
quem o decifra-se, sería capaz de
ver sua própria alma transbordando por aqueles olhos cor de esmeralda.

Eu a amei.

Eu a amo.

E continuarei amando.

Macarena, oh! Esse nome. Essa
garota, se me dissessem que há alguns anos atrás estariamos juntas, eu quebraria todos na porrada até porquê  seria uma audácia se quer cogitar estarmos próximas, diria ser um pensamento de uso exclusivo meu, visto que ela e eu não compartilhavamos os os mesmos gostos ou até mesmo a forma que agiriamos.

Seus olhos esverdeados penetrantes,
sua pele pálida, suas mãos
delicadas, seu sorriso encantador, seus cabelos dourados.

Minha Rúbia. E sua força exuberante.

Se isso tivesse acontecido
antigamente, eu estaria
apedrejando Deus ou até mesmo Alá. Eu estaría inconformada. Mas Maca me
ensinou a ser grata por cada
mísera coisa, por cada grão
de areia que existe na praia,
por cada queda minha, ela me
ensinou o real sentido da vida, me mostrou que é possível existir segunda chance quando nós nos permitirmos dar.

Ensinou que o ódio e o amor andam lado a lado, talvez fôssemos como yin yang, eu a parte obscura e ela a luz, onde ela sempre via soluções para todos os nossos problemas.

Meu nome é  Zulema Zahir e irei contar  minha história com a responsável por me transformar e apresentar a vida clichê de conto de fadas, só que talvez o final aqui não seja feliz como costumamos ler, volto a recordai-os, ela era um anjo, eu não!

Espero que gostem.

Surrender ZURENA (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora