Surrender ZURENA (EM REVISÃO)

Capítulo 26

_Macarena teve uma parada cardíaca...

A voz de Hierro soou fazendo com que nós ficassemos imóveis, senti Encarna segurar minha mão fortemente.

_Fiquem tranquilas, ela já voltou. Ele falou nos tranquilizando. _Chamei vocês aqui por conta de uma solução.

Ele falou fazendo com que eu arqueasse a sobrancelha e sentisse minha mão ser solta por Encarna.

_Qual seria? Perguntei fitando a mais velha.

_Transplante de medula óssea. Ele falou nos dando esperança _ Muitos pacientes acabam se recuperando da leucemia após o transplante.

_E o que precisamos? Encarna questionou.

_Precisamos que Macarena se fortaleça para que possamos fazer o transplante e precisamos de alguém compatível. Ele falou fazendo com que nós duas concordassemos.

_Todos podemos ser testados? Pergunto e o vejo assentir.

_Podem, seria melhor familiares próximos as chances de compatibilidade é maior. Ele falou.

Aquilo fez eu respirar aliviada, saber que ainda nos restavam esperanças.

_Meu filho chega amanhã, podemos fazer o teste. Encarna falou e eu concordei com ela.

_Maravilha, vou deixar tudo preparado para amanhã então. Hierro falou.

_Como Maca está? Perguntei para ele que me olhou.

_Ainda em coma induzido para aliviar os esforços de seu corpo e fortalece-la, está bem na medida do possível. Ele falou e eu lhe dei um leve sorriso.

_Doutor, minha nora disse que conversou com o senhor sobre uma inseminação utilizando os óvulos de Macarena. Encarna iniciou o assunto.

_Sim, Zulema mencionou algo mais cedo. Ele falou nos dando atenção.

_Eu autorizo o procedimento, essa é a vontade de minha filha. Encarna falou segurando minha mão e eu pude ver Hierro sorrir gentilmente.

_Bom, sendo assim precisará assinar alguns papéis e você Zulema, se remetera a fazer alguns exames para podermos iniciar, vou te encaminhar a ginecología. Ele falou e nós concordamos.

Ficamos ali mais algum tempo e logo nos deram permissão para visitarmos Macarena, ela parecia dormir serenamente. Encarna se aproximou dela segurando sua mão e começou a chorar, beijando o rosto pálido da garota de fios loiros.

Eu fiquei ao lado de Maca acariciando seus cabelos, eu a amava tanto que o simples fato de sequer imaginar que ela poderia morrer, me deixava mal.

Pelo o quê o médico disse Macarena estava fraca e não aguentaria uma cirurgia principalmente depois da parada cardíaca que teve, então iriam esperar o corpo dela fortalecer para que possam fazer o transplante de medula óssea nela.

Nesse momento tudo o que eu podia fazer era pedir a Deus que não levasse a minha garota e que desse a ela uma segunda chance, visto que ela nunca o decepcionaria.

Estavamos em casa novamente Encarna e eu, Román havia acabado de chegar e havia vindo sozinho.

Nós nos cumprimentamos e ele logo me abraçou e eu pude sentir um beijo do rapaz ser depositado no topo de minha cabeça.

_É um prazer te conhecer, mamãe fala muito bem de você. Román falou e eu olhei Encarna sem graça.

_O prazer é todo meu. Respondi pegando sua mala. _Vem, descanse um pouco.

O guiei até o quarto de hóspedes e coloquei sua mala lá dentro, logo desci as escadas e fui até a cozinha preparar um café enquanto ouvia Encarna o deixar por dentro do assunto.

_O que estamos esperando então mamãe? Se Maca tem uma chance de se salvar, vamos fazer isso. Ele falava sobre o transplante. _Já falou com a família?

Encarna ficou em silêncio e negou.

_Achei melhor nós dois sermos testados primeiro e se não formos compatíveis, ai entro em contato com seus tios e primos. Ela falou e eu achei coerente.

Após tudo isso fomos para o hospital onde Encarna e Román foram fazer o teste de medula óssea e eu fui realizar alguns exames de sangue necessários para a inseminação visto que Encarna tinha assinado a autorização.

As coisas não seriam fáceis, teria que fazer exames ginecológicos e também ultrassonografias. Por fim depois de algumas horas saímos do hospital, Román e Encarna precisariam descansar por conta do procedimento realizado para verificar compatibilidade com Macarena. Tudo ficaria pronto em uma semana no máximo por que iria para análise e após o resultado a pessoa compatível iria fazer um tratamento pré operatório.

Os dias foram se passando e Maca ainda estava em coma induzido, os médicos diziam que ela precisava se fortalecer um pouco mais para que pudessem acorda-la.

Eu já havia feito todos os exames possíveis e tudo estava ok para dar continuidade, o que iria ser feito no fim da semana que vem visto que eu estava tomando medicamento para isso.

Descobrirmos que Román e Encarna eram compatíveis com Macarena e que seu irmão iria doar a medula para ela devido ser mais jovem e insistir para que sua mãe deixasse.

Encarna fez cultos em oração para Macarena na igreja, o que por incrível que pareça eu havia começado a frequentar, Saray e Kabilla davam toda a força necessária no qual precisavamos e sempre estavam ao nosso lado nos apoiando.

[...]

_Isso é tão lindo Zulema. Kabilla falou após eu contar para ela e Saray que engravidaria por Maca.

_Isso é gay. Saray falou e todas rimos.

_Estou ansiosa e também morrendo de medo. Assumi para ambas.

Saray e Kabilla haviam vindo em casa após irem ao hospital visitar Macarena.

_Porque Zule? Saray falou curiosa.

_E se mesmo depois de todo esse esforço Macarena resolver partir e ficarmos só eu e a criança? Argumentei vendo as duas me olharem com pena. _Não sei se iria suportar.

_Não pense assim, Maca te ama e por um lado você sempre teria uma parte dela contigo. Kabilla falou e eu concordei.

_Você tem razão. Falei.

_Ai gente parem de falar besteira, a lorinha vai ficar bem e vai ver o pirralho delas aprontar bastante ainda. Saray falou fazendo a gente sorrir.

_Quer que a gente vá com você amanhã? Kabilla perguntou referente a inseminação e eu concordei.

_Combinado então, amanhã a gente vem pra cá para irmos juntas. Saray falou segurando a mão da cacheada que concordou.

_Obrigada, não sei como agradecer vocês. Falei as abraçando.

_Zuzu nem grávida está e já está toda sensível. Saray zombou e eu dei um soco nela.

_Não começa cigana. Falei vendo-a alisar onde eu a acertei.

_Foi mal, era brincadeira Elfo. Ela falou e eu sorri com o apelido.

_Quem diria que minha vida mudaria por conta de uma garota. Proferi me lembrando do passado. _Será que vou sentir falta da muvuca?

Questionei vendo Saray balançar a cabeça descrente.

_Acredito que não, mas se isso acontecer me chama. Aprendi a atirar. Ela sussurou a ultima parte e Kabilla lhe deu um leve empurrão.

Por fim conversamos mais um pouco antes delas irem embora, Román estava na casa de Encarna visto que a mais velha estava sofrendo pela filha.

Após me certificar que tudo estava trancado, tomei um banho relaxante e me joguei em nossa cama agarrando seu travesseiro que ainda tinha seu cheiro impregnado nele.