Capítulo 30

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_Zahir, acorde.

Macarena me chacoalhava vagarosamente.

_Que foi loira? Questionei abrindo os olhos com dificuldade por conta da luz do abajur acesa.

Maca me olhava com olhar de desejo e rapidamente se aproximou de mim selando nossos lábios.

_Pensei que pudéssemos... Ela se parou fazendo com que eu levasse minha mão até a sua cintura. _Sinto sua falta. Sua voz soou manhosa.

Confessou fazendo com que eu a entendesse, eu também sentia falta de seu corpo e seus toques.

Sorri balançando a cabeça em sinal negativo desacreditada e selei meus lábios aos dela apaixonadamente.

_Podemos resolver isso. Falei tirando sua camiseta e a jogando no chão do quarto.

Macarena fez o mesmo comigo e era incrível ver sua evolução de quando começamos, com sua timidez.

Seu olhar pairou sobre meu corpo e pude vê-la sorrir antes de juntar seus lábios na curvatura do meu pescoço me causando arrepios ao sentir seu toque.

Nessas horas eu já estava bem excitada e com certeza nem tinha como negar, principalmente quando senti sua mão adentrar o tecido de minha calcinha.

Seus toques eram como mágica e a cada movimento um gemido audível saia de meus lábios sendo possível notar satisfação no olhar da loira.

E assim continuamos onde foi dado prazer tanto a mim quanto a ela e após nossos corpos ofegantes e suados deixar aparente o quanto havia sido maravilhoso,  nós nos deitamos ao lado uma da outra onde senti seus dedos delicados deslizarem por meu abdômen enquanto apenas trocávamos carícias.

_O que acha que será? Ela perguntou enquanto seus dedos tocavam a relevância que aparentava em minha barriga.

_Não sei cariño. Respondi a observando, havíamos chegado ao quinto mês porém nosso bebê não queria que soubéssemos o que era.

_As vezes sonho que temos uma menina. Ela confessa e eu sorrio.

_Já nos vi com um menino. Respondi e dessa vez foi ela quem sorriu.

_O que vier de bom tamanho. Senti um beijo ser depositado ali e logo ela se aconchegar em meus braços novamente.

Havíamos nos formado com sucesso na faculdade e diferente de Macarena eu adiei minha prova para conseguir a permissão para atuar no ramo, ela já tinha  feito e aguardava ansiosamente o resultado da mesma para que pudesse atuar.

Tínhamos uma consulta de retorno com o oncologista no próximo mês onde o mesmo veria se tudo estava ocorrendo bem devido ao transplante. Aparentemente a loira estava melhor do que nunca com uma disposição descomunal.

Me remexi na cama procurando uma posição um tanto mais confortável.

_Está tudo bem? Maca falou tão baixinho ao mesmo instante que se virou de frente pra mim.

_Estou sim, o espaço que deve estar começando a ficar apertado para ele. Falei e vi ela assentir.

_Dói? Ela perguntou curiosa e eu lhe dei um sorriso.

_Depende, as vezes sim. Respondi beijando seu queixo.

No fundo eu sentia a decepção dela de não poder gerar por conta de todo o tratamento que fez, então sempre faço questão que ela esteja presente em tudo e qualquer situação.

Eu estava surpresa também, achei que os hormônios me deixariam emotiva mas até o presente momento ainda estava tudo normal e eu continuava sendo a mesma.

Voltamos a dormir naquela madrugada onde eu a abracei pela cintura e repousei meu rosto no seu pescoço inalando seu perfume .

Pela manhã quando acordei notei que a loira não estava ao meu lado, espreguicei me esticando na cama e logo fui para o banheiro tomar um banho.

Não demorei muito para aparecer na cozinha com um short de malha confortável e uma camisa preta larga da frozen.

_Bom dia amor, terminei agora de preparar nosso café. Maca se aproximou selando nossos lábios e colocando a jarra de suco em cima da mesa.

_Estou faminta! Sorri e me sentei a mesa logo tendo sua companhia ao meu lado.

Nos servimos e tomamos nosso café em um silêncio prazeroso, eu gostava desses nossos momentos. Terminei meu café e a olhei.

_Poderíamos fazer alguma coisa hoje. A loira falou retirando a louça e as colocando na pia.

_O que tem em mente? Perguntei me levantando para lavar.

_Deixa que eu faço. Maca me parou. _Poderíamos ir naquela praia que você costumava me levar, o tempo hoje está tão lindo.

Me afastei para que ela levasse mas fiquei parada ao seu lado.

_Não é uma má ideia, loira. Sorri para ela que me olhou como se já soubesse que eu aceitaria.

_Vá arrumar as coisas então enquanto termino, já subo para trocar de roupa. Macarena falou e eu concordei a obedecendo.

Fui até nosso quarto e preparei uma mochila com toalhas e roupas, peguei protetor solar e outras bugigangas das quais eu achava ter importância.

Logo a loira apareceu no quarto colocando um vestidinho leve e um chapéu de praia junto aos óculos de sol.

_Qual é? Ela perguntou quando me viu a olhando.

_Você é tão linda. Falei e a vi sorrir.

_Tudo pronto? Ela perguntou e eu assenti. _Então vamos, a gente come algo na rua, tudo bem? Novamente concordei e peguei a mochila junto as chaves.

Macarena não gostava de dirigir, ela até havia conseguido sua permissão para dirigir porém detestava, o que era um tanto irônico.

Entrei no carro e dei partida no mesmo, eu gostava dos nossos passeios de última hora sem receio aonde iríamos.

Eu dirigia já por alguns minutos, quando senti a mão da loira repousar em minha coxa desnuda por conta do shorts e acaricia-la.

_Faz tanto tempo que não vou a uma praia para sentir a água do mar. Ela falou e por um momento meu olhar pairou sobre ela.

_Mas agora oportunidades não te faltarão. Respondi e ela sorriu.

_Antes minha imunidade era frágil, qualquer vento ou friagem era motivo de adoecer por conta da leucemia. Ela falou e eu me lembrei das vezes que ela havia ido a praia comigo. _Quando descobrimos que eu estava doente eu tinha meus dezessete anos, vivia adoecendo e tendo que ir ao hospital, até que um exame de sangue detectou.

_Hey. Toquei sua mão brevemente. _Já passou, estamos bem. Você está bem, nós nos casamos e teremos um bebê juntas. Falei na tentativa de fazer com que ela não tocasse nesse assunto.

_Zule? Ela me chamou fazendo com que eu a olhasse novamente vendo-a prosseguir. _E se o bebê também for doente? É algo genético, o médico mesmo disse.

Maca e suas paranoias, respirei fundo e parei no sinaleiro por conta do sinal vermelho. Acariciei minha barriga e a olhei.

_Nosso bebê está bem loira, ele é saudável e sempre será. Suspirei e a vi concordar. _Agora para com esse tipo de pensamento e vamos passear em família, aproveite o que a vida nos dá de melhor Rúbia.

Sorri a última parte acariciando sua mão e logo voltando a dirigir novamente.

Surrender ZURENA (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora