_Zahir, acorde.
Macarena me chacoalhava vagarosamente.
_Que foi loira? Questionei abrindo os olhos com dificuldade por conta da luz do abajur acesa.
Maca me olhava com olhar de desejo e rapidamente se aproximou de mim selando nossos lábios.
_Pensei que pudéssemos... Ela se parou fazendo com que eu levasse minha mão até a sua cintura. _Sinto sua falta. Sua voz soou manhosa.
Confessou fazendo com que eu a entendesse, eu também sentia falta de seu corpo e seus toques.
Sorri balançando a cabeça em sinal negativo desacreditada e selei meus lábios aos dela apaixonadamente.
_Podemos resolver isso. Falei tirando sua camiseta e a jogando no chão do quarto.
Macarena fez o mesmo comigo e era incrível ver sua evolução de quando começamos, com sua timidez.
Seu olhar pairou sobre meu corpo e pude vê-la sorrir antes de juntar seus lábios na curvatura do meu pescoço me causando arrepios ao sentir seu toque.
Nessas horas eu já estava bem excitada e com certeza nem tinha como negar, principalmente quando senti sua mão adentrar o tecido de minha calcinha.
Seus toques eram como mágica e a cada movimento um gemido audível saia de meus lábios sendo possível notar satisfação no olhar da loira.
E assim continuamos onde foi dado prazer tanto a mim quanto a ela e após nossos corpos ofegantes e suados deixar aparente o quanto havia sido maravilhoso, nós nos deitamos ao lado uma da outra onde senti seus dedos delicados deslizarem por meu abdômen enquanto apenas trocávamos carícias.
_O que acha que será? Ela perguntou enquanto seus dedos tocavam a relevância que aparentava em minha barriga.
_Não sei cariño. Respondi a observando, havíamos chegado ao quinto mês porém nosso bebê não queria que soubéssemos o que era.
_As vezes sonho que temos uma menina. Ela confessa e eu sorrio.
_Já nos vi com um menino. Respondi e dessa vez foi ela quem sorriu.
_O que vier tá de bom tamanho. Senti um beijo ser depositado ali e logo ela se aconchegar em meus braços novamente.
Havíamos nos formado com sucesso na faculdade e diferente de Macarena eu adiei minha prova para conseguir a permissão para atuar no ramo, ela já tinha feito e aguardava ansiosamente o resultado da mesma para que pudesse atuar.
Tínhamos uma consulta de retorno com o oncologista no próximo mês onde o mesmo veria se tudo estava ocorrendo bem devido ao transplante. Aparentemente a loira estava melhor do que nunca com uma disposição descomunal.
Me remexi na cama procurando uma posição um tanto mais confortável.
_Está tudo bem? Maca falou tão baixinho ao mesmo instante que se virou de frente pra mim.
_Estou sim, o espaço que deve estar começando a ficar apertado para ele. Falei e vi ela assentir.
_Dói? Ela perguntou curiosa e eu lhe dei um sorriso.
_Depende, as vezes sim. Respondi beijando seu queixo.
No fundo eu sentia a decepção dela de não poder gerar por conta de todo o tratamento que fez, então sempre faço questão que ela esteja presente em tudo e qualquer situação.
Eu estava surpresa também, achei que os hormônios me deixariam emotiva mas até o presente momento ainda estava tudo normal e eu continuava sendo a mesma.
Voltamos a dormir naquela madrugada onde eu a abracei pela cintura e repousei meu rosto no seu pescoço inalando seu perfume .
Pela manhã quando acordei notei que a loira não estava ao meu lado, espreguicei me esticando na cama e logo fui para o banheiro tomar um banho.
Não demorei muito para aparecer na cozinha com um short de malha confortável e uma camisa preta larga da frozen.
_Bom dia amor, terminei agora de preparar nosso café. Maca se aproximou selando nossos lábios e colocando a jarra de suco em cima da mesa.
_Estou faminta! Sorri e me sentei a mesa logo tendo sua companhia ao meu lado.
Nos servimos e tomamos nosso café em um silêncio prazeroso, eu gostava desses nossos momentos. Terminei meu café e a olhei.
_Poderíamos fazer alguma coisa hoje. A loira falou retirando a louça e as colocando na pia.
_O que tem em mente? Perguntei me levantando para lavar.
_Deixa que eu faço. Maca me parou. _Poderíamos ir naquela praia que você costumava me levar, o tempo hoje está tão lindo.
Me afastei para que ela levasse mas fiquei parada ao seu lado.
_Não é uma má ideia, loira. Sorri para ela que me olhou como se já soubesse que eu aceitaria.
_Vá arrumar as coisas então enquanto termino, já subo para trocar de roupa. Macarena falou e eu concordei a obedecendo.
Fui até nosso quarto e preparei uma mochila com toalhas e roupas, peguei protetor solar e outras bugigangas das quais eu achava ter importância.
Logo a loira apareceu no quarto colocando um vestidinho leve e um chapéu de praia junto aos óculos de sol.
_Qual é? Ela perguntou quando me viu a olhando.
_Você é tão linda. Falei e a vi sorrir.
_Tudo pronto? Ela perguntou e eu assenti. _Então vamos, a gente come algo na rua, tudo bem? Novamente concordei e peguei a mochila junto as chaves.
Macarena não gostava de dirigir, ela até havia conseguido sua permissão para dirigir porém detestava, o que era um tanto irônico.
Entrei no carro e dei partida no mesmo, eu gostava dos nossos passeios de última hora sem receio aonde iríamos.
Eu dirigia já por alguns minutos, quando senti a mão da loira repousar em minha coxa desnuda por conta do shorts e acaricia-la.
_Faz tanto tempo que não vou a uma praia para sentir a água do mar. Ela falou e por um momento meu olhar pairou sobre ela.
_Mas agora oportunidades não te faltarão. Respondi e ela sorriu.
_Antes minha imunidade era frágil, qualquer vento ou friagem era motivo de adoecer por conta da leucemia. Ela falou e eu me lembrei das vezes que ela havia ido a praia comigo. _Quando descobrimos que eu estava doente eu tinha meus dezessete anos, vivia adoecendo e tendo que ir ao hospital, até que um exame de sangue detectou.
_Hey. Toquei sua mão brevemente. _Já passou, estamos bem. Você está bem, nós nos casamos e teremos um bebê juntas. Falei na tentativa de fazer com que ela não tocasse nesse assunto.
_Zule? Ela me chamou fazendo com que eu a olhasse novamente vendo-a prosseguir. _E se o bebê também for doente? É algo genético, o médico mesmo disse.
Maca e suas paranoias, respirei fundo e parei no sinaleiro por conta do sinal vermelho. Acariciei minha barriga e a olhei.
_Nosso bebê está bem loira, ele é saudável e sempre será. Suspirei e a vi concordar. _Agora para com esse tipo de pensamento e vamos passear em família, aproveite o que a vida nos dá de melhor Rúbia.
Sorri a última parte acariciando sua mão e logo voltando a dirigir novamente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Surrender ZURENA (EM REVISÃO)
FanficMacarena! Esse nome. Essa garota, se me dissessem que há alguns anos atrás estariamos juntas, eu quebraria todos na porrada até porquê seria uma audácia cogitar estarmos próximas, diria ser um pensamento de uso exclusivo meu, visto que ela e eu nã...