Capítulo 53

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Saray e Kabilla haviam retornado da lua de mel em Cancún, e parece que nem mesmo as praias magníficas daquele lugar conseguiu apagar o fogo no rabo da cigana.

_Vocês deviam ter ligado. Kabilla me falou assim que entraram em casa.

_Pode não parecer, mas diferente de Saray eu tenho senso. Falei enquanto mirava a cigana que vinha em nossa direção com Anthony nos braços.

_Como ela está? A cacheada perguntou preocupada.

_Se recuperando, ela demorou um pouco para dormir essa noite então deixei com que ela descansasse. Respondi enquanto pegava um pouco de café.

_As coisas para você e a loira nunca vão se normalizar? Eu heim, quando penso que tudo vai dar certo as coisas desandam. Saray falou e a olhei inacreditada.

_E a bebê, como ela é? Olhei para os lados assim que Kabilla perguntou pegando meu celular para lhes mostrar uma foto.

_Tadinha amor, parece um ratinho. Saray falou e eu sorri.

_Tenha modos Saray. A cacheada lhe repreendeu._ Qual será o nome dela?

_Victória, Encarna escolheu. Respondi.

_Vou lá ver se a Maca acordou. A morena deu um selinho na cigana e subiu.

_Quando a bebê vem pra casa? Ela me perguntou fazendo com que eu negasse.

_Não sei, atualmente a nossa preocupação é saber se ela vai sobreviver. Respondi e ela assentiu erguendo Anthony que sorria.

_Você agora tem uma irmã, tchau vida de filho único e ser mimado. Ela falava.

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Cinco meses já haviam se passado Anthony estava com 1 ano e 4 meses, havia aprendido a dar seus primeiros passos e palavras o que deixava Macarena e eu de cabelos em pé por conta da curiosidade do garoto de querer mexer em tudo que estivesse ao seu alcance.

Victória viria para a casa hoje e nesse momento estávamos na maternidade para pega-la, atualmente sua aparência era realmente de um bebê e agora lidariamos com dois problemas, um seria ter novamente um recém nascido conosco e o outro um bebê curioso que não consegui entender que teria a atenção dividida por conta disso.

Anthony sempre foi tranquilo mas foi só trazer a irmã para casa que o garoto ficou insuportável e fazia birra para tudo.

Para não sobrecarregar a loira me encarreguei de cuidar do mini furacão que tinhamos.

_Não zangue com ele Zulema, ele não entende. Ouvi a loira me repreender quando briguei com o garoto pelo fato dele chorar por querer ficar no colo dela e ela estar dando a mamadeira de Victória.

_É de pequeno que se aprende, não quero criança mimada. Falei o pegando no colo. _Vem, vamos lá fora brincar com Bala.

Anthony me olhou com aqueles olhos azuis repletos de lágrimas e eu senti uma pontada de pena por isso.

_Não pode ser assim. Falava já do lado de fora ouvindo ele fungar. _Quando ela desocupar vai ficar com você.

Conversava com ele e ele prestava atenção como se me entendesse.

_Mama... Ele balbuciou fazendo com que eu colocasse uma mão em sua cabeça o deitando em meu ombro.

_Eu sei filho, a mamãe também sofre com isso. Falei sentindo ele fungar no meu pescoço. _Seja um homenzinho, tá bom?

Surrender ZURENA (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora