Surrender ZURENA (EM REVISÃO)

Capítulo 37

_Tudo bem, eu informo a ela, obrigada. Macarena falou desligando a chamada e vindo em minha direção.

Senti sua mão tocar meu braço me tirando daquele transe a olhando.

_Seu pai quer te ver. Ela falou enquanto me entregava o celular.

Meu pai estava no hospital em estado crítico por conta de uma rincha com traficantes, foi baleado.

_Não, não, não... Falava baixo para mim mesma.

Macarena sabia de algumas coisas referente a minha vida, sabia sobre meu pai porém não sobre tudo. Não queria envolver ela nesses assuntos.

_Não o que? Ela questionou confusa franzindo o cenho.

Começamos a caminhar lentamente indo em direção ao nosso carro, abri a porta para que a loira adentrasse enquanto eu dava a volta para o lado do motorista.

_Você não entenderia. Falei dando partida no veículo.

Macarena continuou me encarando buscando respostas.

_Eu quero entender, me diga. Porque não? Questionou novamente.

Suspirei pesadamente, essa era uma parte que eu não queria incluí-la mas que agora não teria como voltar atrás.

_Vejamos... Eu te expliquei uma vez sobre o porque vim da Jordânia para cá! Falei vendo-a concordar. _Matei uma pessoa, e vim escondida, não porque tenho problemas com a polícia de lá, mais sim porque criei problemas com pessoas por conta dessa morte.

Ela me olhava atenta enquanto eu dirigia, deveria ser sincera com ela.

_Essa parte você me explicou, mas não sabia que era dessa forma. A ouvi falar.

_Antes de Anthony nascer eu tinha uma arma. Falei vendo-a me olhar.

_Eu acho que a vi naquele dia do meu aniversário. Concordei com ela.

_Eu a guardei, foi presente do meu pai. Maca, o que quero que entenda é que se meu pai está me pedindo para ir vê -lo na Jordânia é porque deve ser algo sério e não queria ter de envolver você nisso. Falei enfim parando no sinal e a olhando.

_Mais ele é sua família, independente do que ele seja. Falou.

_Sim, mas agora é diferente. Suspirei. _Tenho uma família, você e nosso filho.

Macarena abriu a boca mais nada falou, eu apenas prossegui o caminho até a empresa onde voltamos a trabalhar até dar o nosso horário.

Passei o resto do dia com aquilo na cabeça, quem havia ligado era Karin informando o que havia acontecido ao meu pai, e por um instante fiquei em choque até porque isso significava que ele queria que eu tomasse conta dos seus afazeres.

A hora passou rápido até, e quando me vi estava dentro do carro aguardando Macarena que vinha com Anthony no bebê conforto e o colocava dentro do carro no banco traseiro.

Eu olhei para trás e sorri para ele que nos olhava com devoção e ternura, logo a loira se sentou ao meu lado colocando o cinto.

Dirigi de volta para a casa onde entramos, tomei um banho enquanto a loira ficava com o garoto e quando terminei fiquei com ele para ela também.

Estava sentada no sofá da sala com ele em minhas pernas curioso mexendo na minha camiseta enquanto eu assistia algo na televisão.

Ele era um bom garoto, não nos dava trabalho algum.

_O que quer? Perguntei a ele que me olhava atento com aqueles olhos claros.

_Sentiu nossa falta não foi? Perguntei e ele sorriu fazendo aqueles sons de bebê.