Depois de muito relutar, estávamos no avião rumo a Salt na Jordânia, decidimos que Saray e Kabilla iriam conosco nessa viagem. Maca e eu sentavamos uma ao lado da outra nas poltronas, a loira parecia estar cansada o bastante e descansava sua cabeça encostada em meu ombro enquanto mantinha Anthony firme em seus braços que também dormia junto a sua manta azulada o protegendo do ar condicionado.
Fiquei observando os dois por um instante e me perguntando se aquela viagem era o certo a se fazer visto que tudo foi feito de última hora, afastei delicadamente a loira de meu ombro passando o braço por trás de seu pescoço para que ela deitasse em meu peito de uma forma mais confortável.
Lentamente olhei para o lado e pude ver que Kabilla e Saray também estavam dormindo, apenas sorri com aquilo, estávamos em família.
Na Jordânia as mulheres devem se vestir de forma comportada por causa da crença do país e suas regras, estrangeiras não tem obrigatoriedade em usar burcas, porém calças compridas e camisas sem decotes.
Olhei para o relógio e vi que faltava pouco para pousarmos ainda mais ao constatar a visão das praias do mar morto fora da janela.
Cuidadosamente alisei os cabelos de Macarena fazendo com que ela despertasse de seu sono me olhando e sorrindo graciosamente e em seguida se ajeitando e arrumando Anthony em seus braços.
_Já chegamos? Perguntou sonolenta enquanto assentia.
_Quase, não falta muito. Após respondê-la ouvimos o piloto avisar que iríamos aterrissar e as comissárias de bordo pedirem para apertarmos os cintos.
Uma pequena turbulência era possível ser sentida, percebi Saray acordar assustada o que me fez segurar o riso, Macarena se aninhou ao meu lado onde segurei sua mão a tranquilizando-a.
Não demorou muito para o trem de pouso alcançar a pista ao aterrissar, saímos do avião tempos depois e fomos em busca das nossas malas.
_Você um dia me paga por me fazer passar por isso. Saray falava enquanto caminhavamos.
_Tá reclamando do quê? Está vindo com tudo pago! Retruquei e ela deu de ombros.
Após pegarmos as bagagens fomos pedir um táxi para que nós levasse ao hotel onde estávamos hospedadas.
_Fica longe esse hotel? Kabilla perguntou e eu neguei.
_Até que não. Respondi enquanto dava sinal para um deles.
O taxista se aproximou e logo colocou nossas malas no bagageiro, entramos no carro e eu sentei do lado do passageiro informando o endereço do hotel contando que somente eu falava árabe.
Quando viemos alertei as meninas sobre os costumes daqui e principalmente a recepção que tinham com o pessoal lgbt. O país tinha suas regras e não era possivel qualquer demonstração de afeto em público, não era proíbido, desde que fossem feitos dentro de quatro paredes, as penas para quem violasse essas leis eram rígidas desde a prisão até a condenações mais severas.
O motorista ficou em silêncio, somente olhava para o retrovisor hora ou outra observando as garotas, logo chegamos ao nosso destino paguei o taxista após ele retirar nossas malas de dentro do carro, fomos até a recepção onde me indentifiquei para pegarmos as reservas e os cartões de acesso do nosso quarto. Entreguei o de Saray e Kabilla que ficariam no quarto ao lado do nosso, fomos em rumo ao elevador onde os funcionários do hotel levariam nossas malas até nossos quartos.
_Nos vemos mais tarde. Macarena falou para as garotas enquanto abriamos a porta para que o rapaz colocasse nossas malas.
Assim que ele colocou lhe dei uma gorjeta e fechamos a porta por trás da gente. O quarto era aconchegante e acompanhava uma cama kingsizze onde obviamente Macarena me lançou um olhar enquanto colocava nosso filho adormecido em cima dela.
_Não se preocupe, podemos providenciar algo para ele dormir. Falei e ao mesmo tempo a vi sorrir.
Caminhei até a varanda do quarto onde tínhamos a visão magnífica do mar morto, e foi quando senti Macarena chegar de mansinho e me abraçar de lado.
_É lindo! Exclamou enquanto ficava na ponta dos pés para beijar meu queixo.
_Realmente, têm lugares maravilhosos por aqui com vistas incríveis loira. Falei a apertando no abraço.
Macarena suspirou me abraçando de frente, estávamos cansadas o suficiente por conta da viagem e se não bastasse Saray tinha inventado de sairmos para beber a noite.
_Vai querer ir no bar mesmo? Ou daremos uma desculpa para cigana? Questionei vendo-a sorrir.
_Para mim tudo bem irmos, Zulema. Ela falou animada e eu a apertei no abraço.
_Se quiser posso usar uma desculpa. Arqueei as sobrancelhas a fitando.
_E qual seria? Perguntou ainda em meus braços.
_Sei lá, temos um bebê inquieto e uma mãe com os seios doloridos por conta do leite acumulado. E outra para que vou a um bar se não posso beber? Falei e a vi gargalhar fazendo com que eu a soltasse.
_Maldade, Zulema! Ela falou e eu dei de ombros.
_Não seria maldade se fosse para passar o resto da tarde deitada ao seu lado. Argumentei e ela concordou.
_Mas se quiser podemos ir, eu também não bebo. A voz da loira soou firme e séria, mostrava que ela queria ir e estava animada.
_Tudo bem então cariño, podemos ir ao bar se quiser. Falei me aproximando dela e selando nossos lábios antes de me deitar naquela cama.
_Não quero ir se você não quiser. Ela falou e eu ri da sua resposta.
_Eu quero ir, mas no momento só quero descansar um pouco e quando eu disse que é dolorido ficar com o peito cheio de leite, falava sério. Falei e ela se sentou ao meu lado na cama.
_Havia me esquecido que demos fórmula pra ele no avião e locais públicos, me desculpa. Macarena falou se deitando ao meu lado. _Quer que eu o acorde? Até porque ele dormiu bastante e precisa guardar um pouco desse sono para quando for a noite.
Concordei com ela e lentamente a loira o pegou acordando-o, Anthony era um pouco ranzinza quando o acordavamos e com isso ouvíamos os seus resmungos enquanto abria os olhos fazendo beicinho.
_Eu diria que ele se parece comigo quando acordo. Falei enquanto ela o entregava a mim.
Realmente essa situação era complicada e só quem era mãe sabia, os seios sensíveis quando enchem demais e doloridos, ou quando se aproxima da hora da cria mamar.
_Ele tem mais do seu jeito do que de mim. Macarena falou.
_Mais uma coisa ele tem em comum contigo loira. Falei séria enquanto Anthony mamava.
_O que? Ela perguntou inocente.
_Ele é tão fã dos meus peitos quanto você. Macarena sorriu batendo de leve em meu braço.
_Para de dizer essas coisas perto dele, essa idade são umas esponjinhas. A loira falou e eu ri da sua reação.
Ficamos ali no quarto até que o sol resolvesse se por e fossemos nos arrumar para sairmos, eu precisava me distrair até porque amanhã encontraríamos meu pai.
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Surrender ZURENA (EM REVISÃO)
FanfictionMacarena! Esse nome. Essa garota, se me dissessem que há alguns anos atrás estariamos juntas, eu quebraria todos na porrada até porquê seria uma audácia cogitar estarmos próximas, diria ser um pensamento de uso exclusivo meu, visto que ela e eu nã...