Capítulo 39

60 9 15
                                    

Acordei pela manhã ainda sonolenta com alguns raios de sol que adentravam a enorme vidraça, olhei para o lado e Macarena dormia profundamente abraçada com Anthony que estava em nosso meio.

Me levantei com cuidado caminhando em direção a vidraça para fechar as cortinas, ontem ficamos até tarde com as garotas no bar e para variar não dormi bem a noite por conta da ansiedade de rever meu pai.

Peguei uma troca de roupas e fui para o banheiro tomar um banho quente para ver se a água fizesse o milagre para que eu conseguisse despertar. Entrei de baixo do chuveiro onde senti alívio com o contato da água em minha pele, fiquei ali por alguns bons minutos.

Ao terminar o banho me enrolei na toalha e voltei ao quarto para me trocar, havia pego uma calça jeans preta junto a uma camiseta e uma blusa de frio da cor da calça, ao terminar de me vestir calcei minhas botas.

Apanhei meu celular que estava repousado na mesa de cabeceira ao lado da cama, eram 07:30 da manhã, fiquei ali parada por um tempo observando os dois que dormiam serenamente, me aproximei da loira depositando um beijo em seu rosto e sorri ao ver que ela mal se remexeu com meu ato.

Anthony grunhiu se mexendo na cama fazendo com que eu desse a volta para observa-lo.

_Não é hora de levantar ainda, querido. Falei baixo assim que vi seus olhos se abrindo e uma careta surgir me mostrando que se eu não fosse rápida, a sirene seria soada e ele despertaria a loira de seu sono.

O peguei no colo fazendo com que não desse tempo disso acontecer, caminhei com ele até a porta de vidro abrindo-a e me sentando na varanda com ele de frente ao mar.

Eu sabia que se ficasse o balançando havia uma grande possibilidade dele voltar a dormir, e assim eu fiz enquanto o alimentava e agradecia mentalmente por minha teoria se concretizar.

Ao notar que ele havia dormido, coloquei ele de volta na cama e cerquei meu lado com o travesseiro para evitar que ele caísse.

Peguei meu celular e o cartão e sai do quarto para encarar o que eu tanto estava temendo, meu pai.

Fui até o elevador apertando o botão no qual me levaria até o hall, ao sair do hotel atravessei a rua e entrei em um estabelecimento de locação automotiva aonde aluguei um carro, jeep preto.

Entrei no veículo e dirigi em rumo ao hospital, estar de volta a essa cidade me trazia diversas lembranças e sensações das quais eu tentei evitar, enfim havia chego ao meu destino, estacionei o carro e entrei no enorme prédio seguindo para o local de atendimento.

_Vim visitar Khalil Zahir! Informei para a recepcionista que me olhou de cima a baixo.

_Nome? Me respondeu me entregando uma ficha para preencher.

_Zulema Zahir. Respondi pegando a ficha a preenchendo.

_Ele está no quarto 106, é só adentrar aquela porta e seguir reto até o final do corredor, virar a esquerda que encontrará a enfermaria. Me respondeu enquanto eu devolvia a ficha.

Respirei fundo e segui suas cordenadas hospital a dentro, não foi difícil encontrar a porta com o número 106 na frente dela, paralisei alguns segundos antes de criar coragem para abri-la. Quando fiz, entrei no quarto e o vi deitado na cama onde ao escutar o barulho da porta sendo fechada o vi virar o rosto para me fitar.

_Zulema! Ele falou com a voz rouca enquanto eu me aproximava.

_Pai, como está? Perguntei e vi sua feição se fechar e a carranca aparecer no lugar do sorriso que vi segundos antes.

_Não muito bem, a idade está chegando minha filha. Ele falou e pareceu buscar algo com os olhos. _Aonde está sua esposa? Questionou.

_Ficou no hotel, Macarena é diferente de mim, preferi vir sozinha. Falei e ele concordou. _Porque me fez vir até aqui?

Surrender ZURENA (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora