Capítulo 41

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Macarena de princípio relutou com meu pedido, porém depois de tanta conversa ela aceitou. Nesse momento ela estava no quarto de Saray e Kabilla enquanto a morena também arrumava suas malas.

Eu estava sentada na cama pensativa com meu celular em mãos, eu queria tanto fumar um cigarro e olha que fazia tempos que não chegava perto de um, fui dispersa de meus pensamentos quando ouvi a porta se abrir e Saray entrar.

_Você enlouqueceu? Ela falou enquanto fechava a porta e se sentava ao meu lado.

_Não! Respondi a olhando.

_Macarena nos contou, se pensa que irá enfrenta-los sozinha está enganada. Saray pronunciou enquanto eu a olhava espantada desaprovando-a.

_Não irei envolver mais ninguém, essa briga é minha cigana! Pronunciei séria.

_Você realmente enlouqueceu, a loira falou que decapitaram seu pai. Falou horrorizada.

Me levantei suspirando enquanto caminhava até a sacada do quarto sendo acompanhada por ela, já tínhamos problemas demais! Não queria o envolvimento delas.

_Não enlouqueci, aquele puto enviou uma foto nossa na praia mais cedo. Falei e Saray me olhou espantada.

_Isso é sério, Zulema. Ela falou calma. _Maca está arrasada, cachinhos está tentando consola-la.

Eu sabia que a loira ficaria dessa forma e eu a entendia, porém se algo acontecesse com ela e nosso filho, jamais me perdoaria.

_Eu sei que é sério e eu dou conta do recado, não vai ser minha primeira vez. Respondi e a vi pensar.

_Podemos fazer algo Zule, posso ajudá-la. Ela falou séria me fazendo sorrir desacreditada.

_Você não existe, mas insisto em negar, farei sozinha! Afirmei.

Ficamos ali parada na varanda apenas em silêncio, meus sentimentos estavam a mil e pela segunda vez na vida senti medo do que estaria prestes a vir.

Novamente a porta se abriu, e dessa vez eram Kabilla e Macarena que adentravam o quarto fazendo  Saray e eu nos virarmos para mira-las.

_Estamos indo amor, me ajuda com as malas? Kabilla falou para a cigana que me olhou esperando uma resposta.

_Nada mesmo Zulema? Saray me perguntou e eu neguei. _Vamos então Cachinhos.

Saray parecia estar paralisada no lugar, Macarena estava em silêncio com o pequeno nos braços que enrolava a mãozinha em seu cabelo loiro.

De repente Saray se virou para mim me abraçando firmemente, de início fiquei sem reação mas logo retribuí a apertando na mesma intensidade.

_Se algo acontecer comigo, cuide deles para mim. Sussurrei em seu ouvido e a senti me apertar mais no abraçado.

_Cala a boca sua árabe de merda, nada vai acontecer contigo. Ela respondeu de volta em um sussurro.

_Promete para mim? Insisti falando baixo para só nós duas ouvirmos.

_Una promessa és una promessa hermana! Me respondeu enquanto me separava do abraço e beijava seu rosto.

_Eu te amo cigana! Falei e ela assentiu se afastando.

_Vamos cambada. Ela falou indo em direção as garotas.

Macarena evitou o contato visual comigo e aquilo doía imensamente em meu coração, fiquei em silêncio a olhando de longe até criar coragem de me aproximar dela.

Surrender ZURENA (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora