O Começo

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970 a.c


Úrsula (Humanimal Ursa)


Meu nome é Úrsula, e sou Humanimal Ursa.

Antes de falar na minha vida atual, vou começar com a minha vida antiga. 

Uma vida feliz que durou pouco.

Eu morava em uma aldeia que era chamada de "Clã dos Ursos". Todos na aldeia eram Humanimais Ursos, incluindo meus pais, minha mãe era a mulher mais querida de todos, e meu pai era uns dos guerreiros mais fortes, musculoso e melhor chefe de família.

Eu estava muito feliz e tive sorte de ter ótimos pais, até que nos meus 10 anos de idade. Uma noite, muitos homens maus com asas de morcegos incendiaram a aldeia, mulheres e crianças gritavam de medo e os guerreiros lutavam contra os homens morcegos, incluindo meu pai.

- Vamos, Úrsula – mamãe me pegou no colo e correu pra floresta.

Atrás de nós, os homens morcegos nos seguiam, escondemos os arbustos grandes até eles se distanciarem. Fomos até a pequena caverna que era meu esconderijo favorito, mamãe me colocou na caverna e foi cobrindo a entrada de folhas com cheiro forte.

- Úrsula – mamãe acariciou minha bochecha e disse chorando – Mamãe precisa ajudar seus avós e papai, então você tem que esperar aqui.

- Não me deixe sozinha, mamãe. – implorei.

Mamãe me abraçou e senti as lágrimas no meu ombro.

- Eu vou tentar voltar – ela olhou pra mim e me entregou um dos seus colar de pedra brilhante – Lembre-se disso querida, você nunca está sozinha. Mamãe e papai sempre estão te protegendo e cuidando de você. Por favor, espere aqui, se eu não voltar... Espere até o sol aparecer.

Mamãe cobriu toda a entrada e correu. Esperei à noite toda e nada da mamãe e nem do papai, ficava acordada até cair no sono. O brilho do sol na minha cara me fez acordar, vi que meus pais não tinham voltado, abri pouco a entrada e nada, só silêncio da floresta. Como a mamãe disse que posso sair quando o sol nasce, sai e fui para aldeia.

Quando cheguei à aldeia, as casas estavam queimadas e havia muito sangue vermelho e preto no chão. Entrei em uma das casas e não vi ninguém.

- Mamãe – os chamei – Papai.

Eu os chamava e nada.

Continuei procurando até que assustei quando vi uma mulher aparecer de repente, pele bronzeada, cabelos longos e pretos, olhos verdes e vestia roupas de guerreira. Pela cauda longa laranja com listras pretas...

Ela é Humanimal.

- Você é dessa aldeia? – perguntou pra mim.

Assenti devagar.

Ela me encarou e olhou com atenção no meu colar.

- Está procurando seus pais, não é?

- Sim.

Ela não falou nada, mas me mandou segui-la. Levou-me até ao jardim cheio de túmulos recém-criados.

São das pessoas da aldeia?!

A mulher tirou do bolso dela muitos colares com pedras brilhantes, eu tinha certeza que eram...

- São da minha mãe. – falei e a mulher fez cara de tristeza.

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