Sequestro

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Carina DeLuca

Dor. Eu só conseguia sentir uma dor enorme. Na cabeça, no peito, na garganta, na alma. Forcei meus olhos a abrirem, uma luz branca intensa feriu minha vista me dando ainda mais dor de cabeça. Miséra! Fechei os olhos rapidamente, não conseguia respirar, tentei levar minha mão para minha garganta, tinha algo incomodando muito.

- Ei, calma! Calmati, bambina! -Andrea pedia longe, mas eu só queria arrancar aquele negócio que me impedia de respirar.

Senti alguém puxando algo da minha garganta, foi somente aí que entendi que estava intubada. Meu corpo foi adormecendo aos poucos e a inconsciência tomou conta de mim mais uma vez. Espera! O que aconteceu?
 

Narradora on

Carina limpou as lágrimas rapidamente e desligou seu celular. Estava na galeria e passava algumas fotos dela e de Arizona. Lembrava exatamente de como a loira partira seu coração, no íntimo sabia que o relacionamento das duas não iria para frente, disse a si mesma várias vezes que não estava envolvida tanto assim com a cirurgiã, mas a quem ela queria enganar? Já faziam dois longos meses que Robbins foi embora e seu coração permanecia partido, nem o sexo casual que costuma fazer antes de conhecer a médica ela estava disposta a fazer.

Seu pager tocou e a morena rapidamente se designou a emergência.

- Quem me bipou? -Perguntou à Hunt.

- Sala 05. Mulher grávida, 16 anos, reclamando de dores abdominais.

- 16 anos? -A italiana se surpreendeu- Che avventatezza! (Que preciptado!)

A obstetra não demorou ali e foi a sala que a adolescente se encontrava.

- Oi!- cumprimentou sorridente e viu a menina junto de um senhor- Sou a Dra. Carina DeLuca e vou cuidar de você. -A morena olhou para o homem- O senhor é o pai dela?

- Sim. -Disse simplismente.

A doutora achou aquele homem muito estranho e seguiu o que seus instintos mandavam.

- O senhor pode esperar lá fora? Preciso fazer um exame de toque na...

- Lívia. -A menina disse baixinho.

- Lívia! -Carina exclamou abrindo um grande sorriso.

- Claro. -O homem respondeu e deu um sorriso de lado saindo da sala e fechando a porta.

- Certo, bambina! Vamos ver esse bebê. -Carina pôs as luvas, pegou o gel e se aproximou da menina.

A médica ergueu pediu para a garota ficar na posição correta e se preparou para o exame.

- Aqui é um ambiente seguro, Lívia. Eu posso saber o que houve com o pai do bebê? -A doutora perguntou olhando os olhos da menina por cima de sua barriga de aproximadamente 5 meses.

- Descupa, Dra. DeLuca, desculpa! -A menina pediu com as lágrimas caindo de seus olhos.

- O quê.... -Carina sentiu um pano ser colocado rudemente no seu nariz e boca e o cheiro de clorofórmio entrando em suas narinas e a deixando tonta.

Carina levantou de sua cadeira e tentou se soltar, mas o homem que a segurava em seus braços era muito mais forte que ela, a morena tentou gritar, derrubar alguma coisa para chamar atenção, mas a força que a mantinha presa não permitia nenhum ato da médica, a substância em seu nariz a deixando cada vez mais fraca até que a doutora percebeu que não tinha jeito, perdeu completamente as forças e ficou a mercê daquele homem asqueroso que sorrio ao ter a linda médica em seus braços.
 

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- Onde está a Dra. DeLuca? -Grey chegou irritada perguntando ao Hunt- Estou bipando ela tem algumas horas para dar uma olhada na minha paciente e nada dela!

My Love - MARINAOnde histórias criam vida. Descubra agora