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⚘ treze

— Você quer que eu finja seu o seu marido? — Taehyung disse com puro choque e desprezo na voz.

— Não precisa falar assim. É só por hoje.

— E o casamento da sua tia? Eles não vem?

— Ah, deus... Pode ser nesse dia também, o que importa é que faça isso hoje. Por favor, Taehyung.

— É claro que eu te ajudo — me surpreendi com a rapidez para responder — Mas devíamos nos preparar, né? Para a mentira ser boa.

— Tudo bem. — suspirei — Por onde começamos?

— Nós dizemos que moramos na ilha ou na cidade? — ele começou, e eu segui a sua linha de raciocínio.

— Na ilha, na sua casa — ele assentiu — Vamos manter a parte de que você é chef e que tem restaurantes pelo país.

— Como nos conhecemos?

— Em uma visita que fiz a minha tia há dois anos atrás, nos conhecemos e nos apaixonamos — ele se surpreendeu com a minha velocidade para criar histórias.

— Tem algo que eu precise saber sobre você?

— Sou alérgica a amendoim, estudei em Princeton e considerei fazer direito por um bom tempo, mas optei pelo jornalismo por que gosto de escrever. E você?

— Meus pais queriam que eu fizesse medicina ou direito, mas fui para a gastronomia e acabei sem família — ele brincou, mas depois sua face se tornou séria — Melhor manter essa parte entre nós.

— E nosso primeiro encontro? Onde foi?

— Na praia. Eu cozinhei para você. — sorri quando minha imaginação começou a fluir — Também te pedi em casamento lá, perto da pedra que parece uma poltrona.

— Isso é bom. — tentei piscar algumas vezes para minha cabeça parar de criar os cenários do que ele dizia — Nos casamos em uma cerimônia pequena, só para a família.

— Isso não vai ofender eles? — ergueu as sobrancelhas, demonstrando apreensão.

— É essa a intenção.

— Até me assustaria se não soubesse que você sabe ser má — bati em seu ombro e ele caminhou até o quarto — Que tipo de roupa eu devo usar?

— Pega um terno, um simples. Mas usa uma gravata bonita.

Ele vasculhou o armário por um bom tempo e então tirou um terno lá de dentro, ele se enrolou tanto pra colocar a gravata que acabei indo ajudá-lo.

— Eles podem falar sobre uns assuntos dos meus pais, mas daí eu dou um jeito — esclareci, enquanto terminava o nó — Não seja rude diretamente, seja rude por debaixo dos panos.

— Eu não vou ser rude.

— Quando passar quinze minutos com eles vai entender o porquê de precisar ser rude. — terminei de ajeitar a gravata e passei as mãos por seus ombros, limpando um pouco do paletó — É isso. Acho que estamos prontos. Mais alguma coisa?

— Sim — encarei-o — Prometa que não vai se apaixonar por mim.

— Idiota. — revirei os olhos e ele riu, enquanto deixávamos a casa como marido e mulher.

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— Tia Éden. — sorri quando ela veio ao me encontro me abraçar — É muito bom vê-la.

— Ah, é bom vê-la também, querida. — ela colocou a mão na minha barriga — Tenho que dizer que ficamos muito contentes com a notícia quando o seu pai nos ligou. Sempre soubemos que seria mãe cedo.