epílogo

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KIM TAEHYUNG

Observei minha mulher caminhar até o meio do salão, dançando com seu pai a melodia de Purple Rain, do Prince. Jennie era a noiva mais linda que já existiu, disse isso para há quatro anos atrás, e isso se constatou como um fato nessa noite, o dia do nosso casamento. O vestido que ela usava era de mangas longas que abriram perto das mãos, com renda suave cobrindo cada centímetro do seu corpo. Sua clavícula ainda estava marcada, e seu cabelo preso em um coque elegante que permitia que alguns fios caíssem nas laterais do seu rosto perfeitamente maquiado. Ela me olhou de relance no salão e acenou, e eu pisquei para ela dando mais um gole da minha taça de vinho.

— Pai, eu quero doce. — Rory apareceu ao meu lado, e eu coloquei minha filha no colo.

— E quais são as palavras mágicas? — ela fez um biquinho — Conhece as regras, amor. Diga as palavrinhas.

— Por favor. — seus olhos eram pidões, e mesmo que ela não dissesse por favor eu teria ido pegar os doces que ela quisesse. Sou um pai fraco.

Caminhei com ela em meus braços até a mesa de doces, deixando ela pegar um de cada tipo.

— Taehyung! — Jennie apareceu tirando o doce da minha mão — Não é pra dar isso. Ela já deu esse golpe em metade do salão.

— Como é?

— Rory já fez meu pai pegar doces, minha tia pegar doces, a madrinha dela pegar doces... agora você é a vítima.

— Tentou me passar um golpe, mini-kim? — olhei para ela, que me deu um olhar inocente e ingênuo.

— Mamãe está sendo má.

— Rory, você já comeu doce demais. Quer mesmo ir pro hospital tomar uma injeção no bumbum?

— No bumbum? — minha filha arregalou os olhos diante das palavras da mãe.

— Não precisa assustar ela, Jen. — afaguei o braço da minha esposa — Rory, obedeça a sua mãe.

Quando coloquei minha filha de volta no chão ela cruzou os braços e fez um bico. Jennie segurou a minha mão.

— Tem que vir dançar comigo, Taehyung. A Trinity está completamente alcoolizada e vai começar a fazer twerk daqui a pouco.

— Eu já vou, amor. — beijei sua mão antes dela voltar para a pista — Ok, garota. Não conte para a sua mãe. — entreguei uns cinco doces para Rory, que sorriu e saiu correndo tentando esconder o doce nos braços pequenos.

Jennie sorriu quando eu fui até ela na pista, e a abracei quando Heaven do Bryan Adams começou a tocar. Era uma das favoritas de Amélia, que arrastou o marido para dançar também. Ampliei minha visão para o resto do salão, enxergando as pessoas que faziam parte da nossa vida naquele momento. O pai de Jennie, Joseph, estava acompanhado da atual namorada. Amélia e Johnny viviam a vida de casados como dois jovens, e Trinity estava assaltando a comida do buffet com o noivo, Liam. A madrinha da minha filha tinha se mudado para a ilha e comprou o jornal local em parceria com a minha mulher, onde elas tinham desenvolvido um plano para fazer o negócio crescer. Apesar de fazer pouco tempo da compra, já podia considerá-las como mulheres muito bem-sucedidas. A comercialização das matérias on-lines começariam no mês que vem.

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