Capítulo 13

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É acho que ele me bloqueou mesmo, já faz horas que mandei mensagem e nada dele responder ou se quer receber.

Então bora pra luta Juliette que tu nasceste linda e não herdeira e tem de correr atras do seu. Acho que o melhor mesmo é focar no trabalho, sair dessa cama e deixar o tempo amenizar a saudade que já me aflige com força.

- Pode entrar – gritei ainda da cama, pois minha cabeça dizia uma coisa mais meu corpo outra.

- Ju o escritório do Pepato acabou de me ligar.

- Que bom amiga. E aí posso ficar com a casa?

- Ele disse que pode sim e nem precisa pagar aluguel, já que ele praticamente nem a usa. Disse que faz questão que cê fique lá.

- Não Giu, sem pagar aluguel acho que não é o ideal. Insiste com ele.

- Eu fiz isso Ju, mas ele disse que desde que você cuide da casa ele faz questão.

Eu não sabia como interpretar essa situação. O quanto será que ele sabia sobre nossa história. Será que Rodolffo ta metido nisso? Nem deve, acho que ele nem está pensando em mim.

- Ta bom Giu, diz que eu aceito esse acordo. Mas que fique claro, só eu vou ficar naquela casa e só eu cuido dela. E só você vai saber sobre ela por enquanto.

- Ok, pode deixar, a portaria deixou a chave aqui e ele mandou um e-mail com o esquema de segurança e senhas da porta.

- Ta deixa ai na mesa, vou tomar um banho e te encontro lá no estúdio.

......

- Olha eles ali. - O Lucca já estava pulando no jardim.

- Impossível não saber que ele é seu filho cara, é uma mini cópia sua.

- Sim isso é verdade, mas o temperamento é todinho da mãe.

- Aposto que ela adora isso. – Ele concorda com aceno de cabeça já estacionando o carro e sua esposa já está na janela, com o pequeno Lucca batendo no vidro.

- Oi Filho, tio Rodolffinho chegou!

Ele diz isso e já vai saindo e faço o mesmo. Contorno o carro e vou de encontro com aquele carinha que me espera animado, como se me conhece a tempos. Ele é muito bonito, com seus cabelos loirinhos caindo na testa, e os olhos mais azuis que eu já vi na vida. A Ju ia se apaixonar por ele.

- Oi Lucca. – Falo e já vou me abaixando pra ficar no tamanho dele. – Tudo bem carinha?

- Io Rodolfflinho!

Ah que coisa mais fofa ele falando assim. Essas crianças são especiais mesmo.

- Oi carinha, o tio vai te ensinar a cantar. Cê gosta de música? – Ele continua rindo pra mim, apesar de não entender praticamente nada do que eu disse. Mesmo assim ele vem pro meu colo.

- Vem filho deixa o tio descansar um pouco.

Ryan tenta tirar ele do meu colo, mas ele se recusa e me abraça.

- Deixa amor. - Diz Jenna. – Ele estava muito ansioso pela chegada do tio.

Oh, fico surpreso em ver que ela treinou mesmo o português.

- Oi sou Jenna, estou muito feliz em finalmente te conhecer.

E assim rola um abraço triplo, eu, ela e o carinha que agora brinca com meu cabelo. Ainda bem que ele não sabe meu apelido.

- Eu estou muito feliz e grato por tudo que vocês estão fazendo pra me ajudar.

- Imagina, é um prazer receber amigos, ainda mais um que o Ryan fala tanto. Vem vamos entrar, vou só dar comida pro Lucca e já vamos para sua casa.

E assim vamos todos entrando na casa deles. O Lucca segue no meu colo falando uma língua que é só dele. Não pude deixar de reparar em como tudo aqui é bonito, o céu é azulzinho, as arvores que nos cercam são enormes, mas praticamente todas do mesmo tanho, o que deixa tudo parecendo obra de arte.

- Ei Ryan, que dia vamos jogar aquela partida hein? – Ele me olha e já começa a rir.

- Caramba Rodolffo, achei que você ia demorar pelo menos uns 10 minutos pra admitir que perdeu a aposta.

- Não da cara, é lindo demais aqui cê ta doido!

- Eu te avisei!

- Já vejo que vou fazer muitas fotos por aqui. Vai que mudo de profissão e viro fotografo.

Jenna veio com um prato cheio de frutas e só assim o Lucca soltou meu colo. E então Ryan me conduziu até o sofá da sala. E olha que bela casa viu, a sala era enorme, cheia de brinquedos espalhados, fotos na parede e em cima da lareira. Ali não era só uma casa, era um lar.

- Você daria um bom fotografo de balão.

- Como assim? Fotografo de balão?

- Aqui temos um parque onde são feitos voos de balão sobre a mata e o rio que corta a cidade. E sempre junto com os visitantes vai um fotografo.

- Ah entendi, deve ser muito maneiro isso. Vou querer testar. Deve dar pra tirar umas fotos massa de lá.

- Dá sim, cê vai ficar impressionado.

Jenna entra na sala com Lucca no colo e nos distrai da conversa.

- Vamos meninos, já estamos prontos!

- Io Rodolfflinhooo. – O Lucca já vai se jogando na minha direção como quem pede colo. Levanto e pego ele pra mim.

- É cara, aguenta ai, ele gostou mesmo de você.

- Vem carinha, vamos conhecer a casa do tio.

Vamos todos saindo da casa. O Lucca segue feliz brincando com meu cabelo. Acho que já tenho um melhor amigo aqui. Esse carinha vai ser uma ótima companhia.

Jádo lado de fora coloco ele no chão e vou levando pela mão até o carro,ele segueanimado falando coisas sem sentindo, mais tirando de mim o melhor e maissincero sorriso dos últimos tempos.

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