Capítulo 112

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O que a Ju me pediu é praticamente impossível. A Deborah está a todo vapor enchendo a agenda dela. Na verdade ela já estava me pedindo pra investigar que dia ela ia chegar, porque ela quer marcar entrevista e não sabe as datas.

Mando uma mensagem e peço o cronograma. Ela me envia no mesmo momento e já sai desenrolando conversa.

- Você já descobriu que dia ela chega?

- Não. Ela me pediu para ver a agenda, acho que ela deve ta querendo mais uns dias de férias.

Já dou uma indireta pra ver a reação.

- Nem pensar. Ela tem que voltar pra ontem. Tem muita coisa agendada até o fim do ano.

Eita, quero nem ver quando ela souber do casamento daqui 3 meses. Vai surtar. Dou uma olhada, e acho que até da pra liberar mais uns dias. Tem publis aqui que da pra ela gravar de lá, ouvir guias de músicas novas também. E ainda Rodolffo pode ajudar ela a gravar.

Encaminho a foto da agenda pra Ju e já passo minhas ideias.

- Ah Debra, eu acho que se ela quiser até da pra ter mais uns dias.

- Pode parar Giu. Nem dê essa ideia pra ela. Já chega de ficar de namorico, ela tem que trabalhar e a gente também.

Nem respondo essa última mensagem. Vou deixar pra esquentar com isso se realmente precisar.

...

Não vou deixar ela estragar meu dia com o carinha. Vim aqui pra me divertir com ele e é isso que vou fazer.

Compro duas garrafas de água e volto pra onde eles estão.

O Lucca está coberto de açúcar, suas bochechas estão até vermelha. A Ju não sabe se limpa ou ajuda ele a comer.

- Ei carinha, cê gostou mesmo desse trem!

O pego no colo e dou um pouco de água pra ele. Ele vira a garrafa tão rápido que derruba quase tudo nele e em mim.

- Eita Rodolffo, ele te molhou todo.

- Não tem problema, daqui a pouco seca.

Procuro pela mochila e vejo que está nas costas dela. Coloco o Lucca sentado de volta no banco, vou até ela, abro a mochila, pego o que preciso e volto pro carinha.

- Vem Lucca, seu padrinho vai te trocar.

Ele estica os bracinhos e o pego no colo e vou para o banheiro.

- Ei, onde vocês vão?

Nem respondo. Continuo andando e entro no banheiro masculino.

- Carinha, sua madrinha me deixa doido.

Ele me olha sem entender nada. O coloco de pé em cima da pia, pego o pacote de lenços e começo a limpar seu rostinho.

- Você se esbaldou mesmo hein moço. Tem doce até nos cabelos.

- Doce padino!

- É, e chega de doce por hoje, viu. Cê já passou da cota.

Os dedinhos dele estão grudentos, me abaixo um pouco pra limpar melhor seus bracinhos e ele coloca as duas mãozinhas meladas no meu cabelo.

- Pilucaaaa.

- Não menino, meu cabelo trem!

- Tlem.

- Trenzinho viu. Cê me molhou e agora melecou todo meu cabelo.

Falo bravo, mas ele nem liga, continua sorrindo e tentando fugir de mim.

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