Capítulo 56

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Não é possível, a Juliette realmente perdeu o juízo de vez. Ela realmente foi atrás dele. E ainda protagonizou essa cena digna de filme de romance adolescente.

E isso até que combina com eles.

O caos está instalado em todos os lugares. A repercussão da live foi tão grande que o Instagram ficou fora do ar no Brasil por algumas horas.

Todos os veículos de imprensa estão me pedindo uma nota oficial, os cactos estão loucos, o twitter está uma mistura de final de copa do mundo e enterro coletivo.

Não vou mais brigar com essa história, já vi os danos que isso pode causar, e não quero ser a culpada por isso.

Escrevo então uma nota e envio para imprensa.

"Rodette vive! E a live está aí para tirar qualquer tipo de dúvida que possa ter ficado."

Assinado: Deborah Mattos."

...

Finalmente chegamos em casa. Estaciono o carro na garagem, descemos, pegamos as malas e vamos entrando.

Ela parece apreensiva agora. Queria saber o que se passa nessa cabecinha.

- Bem-vinda Jully...

Falo isso enquanto fecho a porta atras da gente e ela da uma olhada na parte de baixo da casa.

- Nossa Piruca, é muito mais bonita do que dava pra ver no vídeo.

Olhando por todos os cantos vou admirando a casa, tudo aqui combina tanto com ele.

Tento me distrair com isso, mas minha cabeça está indo para outro lugar.

Queria só curtir com ele, aproveitar todos os segundos juntos. Mas sei que temos que conversar.

Nosso encontro foi magico. Muito melhor do que qualquer coisa que imaginei, mas temos muitas coisas pra conversar, coisas pra explicar.

Ele percebe que estou me perdendo nos pensamentos e vem me resgatar.

Me abraça por trás, coloca meu cabelo para o lado e me beija de leve no pescoço.

- Vida... – Ele nunca me chamou assim, isso faz subir um arrepio pelas costas. Fecho os olhos e me aconchego no abraço dele.

- Vamos combinar uma coisa? - Enquanto ele fala vai deixando beijos no meu ombro, no pescoço. Então me viro de frente pra ele.

- O quê?

- Vamos viver esse momento, e depois a gente conversa sobre tudo que temos que conversar.

Até parece que ele lê meus pensamentos.

- Sim.

Ele me pega no colo e vai subindo a escada, quando chegamos no quarto volto pro chão.

Me segurando pela mão e me leva de frente para a janela. A vista é mais incrível pessoalmente, coloco as mãos dele na minha cintura e deito a cabeça no seu peito.

Desse jeito posso sentir o coração dele batendo mais rápido que as asas de um beija-flor. E assim sei que ele está tão nervoso quanto eu. Até parece que é a primeira vez que vamos fazer amor.

Pego uma de suas mãos e levo até meu peito, pra ele saber como meu coração bate também.

- Eu to nervoso...

A voz dele é praticamente um sussurro, e esse timbre causa uma onda de arrepio no meu corpo.

- Eu também.

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