Capítulo 64

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Uma das melhores sensações da minha vida é acordar no meio dos cabelos dela. É um perfume doce e misturado com o cheiro do corpo dela, é o melhor aroma do mundo.

Vou me soltando devagar e saindo da cama. Preciso muito ir ao banheiro e não quero acordar ela.

Pulando devagarinho vou indo e quando estou na porta levo um susto com o grito dela.

- Rodolffo! O que cê ta fazendo?

- Ave Maria Juliette, cê quer me matar trem?

- Eu não, mas você parece que ta querendo cair de novo.

- Não, só queria vir no banheiro e não queria te acordar.

Continuo meu caminho, entro, faço o que tenho que fazer e vou voltando.

- Ju, me ajuda aqui. Voltar ta mais difícil.

Ela vem, me abraça de lado e me ajuda a chegar na cama.

- Da próxima vez me chama.

- Ta bom.

- Piruca, to com fome. Vou descer e fazer alguma coisa.

- Ah, queria descer também.

- Bom, tem um jeito pra você descer.

- Como?

- De bundinha.

- Cê ta de brincadeira comigo né?

- De jeito nenhum, estou tentando te ajudar.

Ela vem me levantar e eu não acredito na humilhação que vou passar. Descendo a escada a de bunda na frente dela.

- Vou lhe ajudar a sentar.

Ela vai abaixando junto comigo e só sai do meu lado quando já estou sentado.

- Estou arrependido, porque descer vai ser fácil. Subir que vai ser ruim.

- Cê inventou agora aguenta.

...

Fico vendo ele descendo a escada com vergonha do que está fazendo.

Ele é tão de verdade, sem metade, sem maldade. Tão ingênuo que parece até de mentira.

- Consegui vida.

- Parabéns BB. Sabia que cê fica uma gracinha todo concentrado?

Me abaixo pra tentar levantar ele.

- Sabia não.

- Você é uma gracinha Piruca.

Antes que eu possa me levantar ele me empurra no chão e se deita em cima de mim.

- Às vezes parece que você nem ta machucado né. Se move tão rápido.

- São lapsos de loucura bb.

O peso do corpo dele sobre o meu é reconfortante. Uma das coisas que mais gosto.

Ele começa um beijo intenso, vai passando as mãos pela lateral do meu corpo e me apertando nos pontos certo.

Em segundos estou entregue. A pressão do seu quadril aumenta e instintivamente elevo o meu pra ele.

- Rodolffo. – Minha voz sai mais afobada do que eu queria. – A gente não desceu pra comer?

Mordendo meu pescoço ele responde.

- Então. Não é isso que estamos fazendo?

A voz dele é grossa e sedutora, e me arrepia por inteiro. Ele sabe o efeito que isso causa em mim. E faz de propósito.

- Não sei pra você bb, mas a gente aqui está uma delícia pra mim.

Ah dane-se, não adianta tentar escapar mesmo. Quero isso tanto quanto ele.

- Está uma delícia pra mim também. Mas se eu puder ficar por cima, vai ficar melhor ainda pra você.

Escorrego pro lado e ele ocupa meu lugar, me sento no seu abdômen e vou tirando sua camisa.

Olha, não sei o que ele andou fazendo, mas isso aqui ta muito melhor que antes. Vou beijando cada pedacinho e falo.

- Não sei qual o exercício que você está fazendo. Mas continue viu. Ta dando muito resultado.

Ele me aperta pela cintura e me força pra baixo. Quer deixar bem claro o efeito que causo nele.

- São as aulas de ballet bb.

- Pois então continue.

Vou descendo mais um pouco e de proposito vou arrastando meu corpo pelo dele.

- Juliette, cê é uma safada!

- Cê gosta que eu sei...

De novo ele me segura e me aperta ainda mais contra sua ereção.

- Cê ta sentindo o quanto eu gosto?

- Vou sentir mais ainda se você deixar eu continuar meu caminho.

Ele ri e me solta colocando os braços pra cima.

- Sou todo seu, pode fazer o que quiser.

Me sento agora nas suas coxas e começo a brincar com as minhas mãos. Uma nele e uma em mim.

- Juliette....

De forma lenta e com a voz grossa, ele diz meu nome enfatizando cada silaba.

- Adoro quando você diz meu nome assim.

Continuo acariciando nós dois e quando estou quase me perdendo, inclino meu corpo pra trás e ele no instinto levanta as pernas pra me apoiar.

- Aiiiiiiiii. Porra que dor!!!

Sou arrancada do meu quase orgasmo com seu grito.

- Meu Deus Rodolffo. Eu te machuquei?

Agora ele ta quase chorando e deu um murro no chão. Todo aquele tom de luxuria foi embora.

- A porra do meu pé!

- O que você fez?

- Fui apoiar você com as pernas e esqueci do pé e apoiei no chão. Caralho ta doendo muito.

Nossa não acredito que fiz ela perder um orgasmo. Ela tava tão linda se dando prazer, enquanto fazia o mesmo por mim.

Eu tava pronto pra me perder também.

- Desculpa amor. Não queria ter atrapalhado nosso momento.

- Ô bichinho, não se preocupa com isso não. Cê tem muito tempo pra me recompensar depois.

Ok, estou um pouco frustrada, mas ele não precisa saber. Eu estava tão perto. O grito dele acabou com todo o clima.

Vou ajeitando a roupa dele e a minha e me levanto.

- Cê consegue levantar?

- Acho que sim.

- Então vem, vamos pra cozinha que era o nosso objetivo.

Ele se esforça pra não precisar se apoiar muito em mim e falha na missão. Vamos indo pra cozinha e por dentro estou morrendo de rir.

O pobi do meu Piruca não tem um momento de paz na vida.

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