Mil anos depois

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Em um mini continente, próximo ao sul, vive uma família em um lugar um tanto quanto diferente: fora dos muros que cercam sua população, um pai relativamente jovem com sua mulher, e seu filho, Sable, nosso protagonista com seus sete, oito anos. Essa nação é dominada pela religião, onde a caça e pesca é um pecado, porém, consumir alimentos originado dessas ações é permitida. Como o pai de Sable é pescador, ele é proibido de viver dentro dos limites do país, mas ele não vê problema nisso, pois consegue viver bem o suficiente, apesar de ser em uma espécie de cabana improvisada encostada no muro da cidade.

Diariamente os pais de Sable cuidavam de sua educação, seu pai pela manhã, ensinava caça, pesca e esgrima, enquanto sua mãe a noite, ensinava a ler e escrever, até chegar ao ponto de iniciar estudos de livros diversos que ela tinha, como anatomia e neurociência.

A tarde, o pai de Sable ia para a cidade, para vender o que conseguia pescar, contudo os tributos pelo pecado, e por ser alguém de fora, fazia o lucro ser mínimo, mas ele juntava ao que recebia por treinar os soldados que protegiam a cidade e a igreja, pois sua força e habilidades com espada era de interesse destes. Enquanto seu pai treinava os soldados, sua mãe ensinava numa escola as crianças a ler e escrever, apesar de às vezes ouvir conversas preconceituosas de seu marido e onde vivia, mas não se abalava, ou pelo menos não aparentemente.

Com isso, pela tarde Sable ficava só, apenas ele e a sua cabana, ele não era permitido entrar na cidade, mesmo implorando aos seus pais para o levar, pois não tinha funções,  mas um dos passatempos dele era subir em uma árvore próxima ao muro da cidade, e espiar a população andando, cantando, conversando. Subindo em outra árvore, ele observava seu pai treinando soldados, e em outra, a escola da sua mãe.

Um dia, Sable decidiu ir mais longe, e subiu numa árvore que não tinha visto antes, era a mais alta até agora, e dali, conseguia ver a parte de trás da igreja, até que de repente, aparece em sua frente uma menina.

menina- Ei, quem é você!

Sable- uohh, -sable quase cai da árvore- que susto! ...eu não posso falar com estranhos, ainda mais uma menininha!

menina- que ridículo, você deve ter a mesma idade do que eu, e você que está espionando os outros aqui, o estranho é você.

Sable- AH, não é o que você está pensando, eu não estava espiando ninguém, eu só não tenho o que fazer então subo nas árvores pra ver a cidade e meus pais!

menina- E por que você tem que subir nas árvores pra isso?

S- por que não posso entrar na cidade

M- Porque?

S- Enfim, não interessa! e você, também subiu na árvore, então também estaria espiando?

M- Bem, meus motivos também são parecidos, mas no meu caso eu trabalho muito, então subo aqui pra descansar!

S- Uma menininha que nem você trabalha? hahahahaah

M- Pare de me chamar assim! Meu nome é Deti!

S-Deti? que nome estranho

Deti- O- O quê!? como ousa, fale seu nome agora mesmo pirralho!

S- hahahaha quem está chamando o outro de criança agora, me chamo Sable

D- puff, e ainda fala do meu nome, você não sabLe de nada mesmo!

S- ….-sable ficou sem reação com o trocadilho e achou sem graça-

D- ….-deti percebeu que ele não achou engraçado mas espera uma risada ou comentário sobre isso-

S- …. -continua em silêncio-

A Promessa de ViverOnde histórias criam vida. Descubra agora