Se você perguntar a seus conhecidos o que é uma bruxa, provavelmente eles lhe dirão que bruxas não existem.Bruxas, afirmarão eles, são personagens imaginários, representados como velhas horrorosas, com verrugas no nariz,
chapéus compridos e pretos em formato de cone, montadas em cabos de vassoura, que criam gatos pretos e dão gargalhadas malignas, bastante parecidas com cacarejos.A Rainha Má de A Branca de Neve de Walt Disney, o desempenho de Margaret Hamilton como a Bruxa Malvada do Oeste em O Mágico de Oz e, por trás delas,uma longa tradição artística que se estende do século XIII a Goya, fixaram essa imagem em nossas mentes.
Provavelmente, nenhuma bruxa, em tempo algum, jamais teve as características desse estereótipo.
Todavia, bruxas existem realmente.
De fato, a bruxaria é considerada como uma religião de pleno direito por numerosas instituições, inclusive as forças armadas e o sistema legal dos Estados Unidos.
Dentre as bruxas que conhecemos, nenhuma correspondeu jamais a esse estereótipo, exceto talvez em festas à fantasia.
Outros podem dizer que "bruxa" é uma pessoa que tem poderes psíquicos.
É verdade que muitas bruxas afirmam ter poderes psíquicos, mas isso não prova se de fato elas os possuem ou não, nem se a simples posse de tais poderes transformaria uma pessoa em bruxa.
Existem muitos outros elementos para se caracterizar uma bruxa.
Algumas pessoas podem imaginar vagamente que bruxas praticam alguma coisa parecida com vodu.
Isso é sinal de que tais pessoas interpretam mal tanto a bruxaria como o vodu.
O vodu é uma religião que combina o cristianismo com o paganismo africano, e seus rituais são praticados como um meio de proteção contra a bruxaria.
Há respostas mais acuradas e úteis para a pergunta que se coloca no título desta introdução:
(1) bruxa é o mesmo que feiticeira: esta é a abordagem antropológica; (2) a bruxa adora o Diabo: esta é a abordagem histórica para a bruxaria europeia;
(3) a bruxa reverencia deuses e deusas e pratica a magia para boas causas: este é o enfoque adotado pela maior parte dos bruxos modernos.Cada um desses pontos de vista pode ser justificado.
Alguém que pretenda mergulhar mais fundo nessa questão encontrará muito pouca ajuda na maioria dos inúmeros livros populares oferecidos nas seções de
ocultismo das livrarias.Recentemente, são muitos os trabalhos que se dedicam ao tarô, astrologia, satanismo, abertura de canais (psicografia), mediunidade,
cristais, tábua Ouija, quiromancia, extraterrestres, drogas psicodélicas - e também à bruxaria.Bruxaria e ocultismo não são a mesma coisa, e muitos bruxos se esforçam ao máximo para dissociar sua imagem e suas práticas de qualquer forma de ocultismo.
O equívoco mais comum a respeito da bruxaria é a concepção de que "bruxas não existem".
Stephen Jay Gould, o grande paleontólogo e ensaísta, continuamente deplorou a tendência humana à dicotomia - por exemplo, a de se satisfazer em receber um simples "sim" ou "não" como resposta -, bloqueando, assim, o caminho para a obtenção de respostas mais profundas.
A existência ou não de bruxas está intimamente relacionada à definição adotada para caracterizá-las.
Está aí a justificativa principal deste livro.
Uma série de enganos nessas muitas definições deve ser mencionada antes de seguirmos em frente.
A noção de que o curandeiro é bruxo é um deles.
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História da Bruxaria
Non-Fiction(EM REVISÃO ORTOGRÁFICA) ATENÇÃO! ESSE LIVRO NÃO FOI ESCRITO POR MIM o nome da escritor(a) é Jeffrey B. Russell aceito críticas construtivas! qualquer discurso de ódio ou ofensa a minorias serão excluído e o usuário será bloqueado! boa leitura ♥︎ at...