Oh Minha Presidente (YURI/GL)

Capítulo 23

Apesa de Malka querer acreditar que aquilo tudo não passou de uma gafe momentânea, ela no fundo estava curiosa para esclarecer as coisas de uma vez.
Sean não iria medir suas palavras, porque faria isso se conhece Malka a tanto tempo e sempre se trataram demonstranto seus mais sinceros sentimentos?

— Se eu lhe beijei é porque eu realmente queria fazer isso!— Ela põe forças em suas palavras e tenta continuar.— A bebida só me ajudou a ter coragem.

Quando Malka ia finalmente falar alguém bate na porta, era sua mãe.

— Meninas, ainda estão aí? Venham comer alguma coisa, eu me preocupo se demorarem demais.— Sua mãe fala de longe.— Sean daqui a pouco sua mãe está vindo lhe buscar, Não quero que ela pense que passou fome na minha casa.

— Sim senhora, já estou indo!

As duas então desceram até a cozinha e sentaram-se na mesa para almoçar.

— Dessa vez fui eu quem cozinhei, aproveitem meninas!— a mãe de Malka tenta sorrir amigavelmente.— Você conseguiu dormir bem esta noite?

— Sim! eu dormi muito bem esta noite vocês foram muito amáveis comigo.

Não demora muito para a mãe de Sean buzinar na frente da casa.
A jovem corre até lá após se despedir de todos.

Agora sim estava somente Malka e seus pais em casa, e isso a deixava com um nível de estresse gigantesco.

— Minha filha... Agora devemos conversar, que diabos você estava pensando quando foi àquela festa de bêbados sem avisar? Aii ainda bem que estava acompanhada do William.— Sua mãe aborda.

— Se eu tivesse avisado fariam de tudo para que eu não fosse.— Malka responde a mãe.

— Sim, até porque eu morro de preocupação sabendo que minha filha está num lugar desses.

— Isso é o de menos agora.— O pai interrompe as duas.— William acabou de mandar mensagem dizendo que Malka terminou o namoro entre os dois, isso é verdade Malka?

— Sim...— Malka responde ao pai.

— Como você pôde fazer uma coisa dessas? Malka você lembra que nós viemos de uma pobreza enorme, quem me ajudou a conseguir o que temos hoje foi o pai do William.— Seu pai torna a voz ainda mais agressiva.— Tudo, essa casa, os meus carros, Tudo foi com a ajuda dele, então como você pode ser tão ingrata e fazer uma coisa dessas? É tão difícil assim manter um namoro com alguém? Como eu vou encarar os dois agora?

— Pai, você não sabe, mas ontem ele assediou a minha amiga!

— Ele estava bêbado!— de repente seu pai se aproxima.— Filha, se você não concorda com as regras que eu e sua mãe propomos... Saia de casa assim como a sua irmã, simples! Não seria ótimo ter que trabalhar para se sustentar, ter menos tempo para focar nos estudos e não ter nenhuma perspetiva de vida?

— Pai, eu não entendo....

— Eu é quem não entendo como você não pode dar valor ao esforço que eu faço! Não estou nem na metade do que planejo pra vida financeira da nossa família, por favor coopere Malka!

— Querido... Deixe a Malka pensar sobre isso, ela sabe o que é melhor pra ela, não gaste mais do seu tempo gritando com ela.— Sua mãe intervem.

Malka sobe para seu quarto novamente, tentando segurar as lágrimas que queriam vazar de seus olhos.
Na tentativa de se acalmar ela dá uma olhada na sua aranha de estimação que criava escondida dos pais.

— Oi... Desculpe eu ter esquecido de lhe alimentar hoje, é que aconteceu tanta coisa até agora...— A garota pega uma pequena quantidade de alimento para a aranha e coloca em sua jaula.— A Sean tava aqui, você deve estar com saudades dela mas infelizmente ela não gosta de aranhas, então por isso não fiz vocês se reencontrarem...

Malka observa a aranha devorar o alimento e por um momento pensou como seria sua vida se fosse uma aranha.

— Olha o jeito que você come... Faz as baratas parecerem suculentas.— Após a aranha comer ela retira da jaula e a segura acariciando levemente.

Seus pensamentos ficam submersos na frase que ouviu mais cedo da boca de Sean: "Se eu lhe beijei é porque eu realmente queria fazer isso, a bebida só me ajudou a ter coragem."

— Acho que estou com sérios problemas.— ela fala para si mesma.