TENTAR

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Pouco tempo depois, eu vou para o meu quarto e fico de pé, com minhas meias e sua camisa, e fico olhando para o meu laptop.

Inalando, eu o pego, junto com minha caixa de sapatos cheia de cartões de nota, sento no chão em estilo indiano sob o pequeno tapete ao lado da minha cama e leio minhas anotações, uma por uma.

Notas sobre ele.


Verdade e lealdade, eu havia escrito.


Traços que ele provavelmente admira em seus melhores amigos. Traços que ele pode nunca ter encontrado nas mulheres que estão atrás dele.

Verdade e lealdade são tudo o que posso escrever. O resto do que aprendi com ele é muito cru para compartilhar. Mas verdade e lealdade são coisas que Saint valoriza acima do amor. Coisas que ele não encontraria em mim.

Eu li o verso do cartão, minha nota rabiscada, esta está falando sobre mim.


EU O VEJO TÃO DURO.


Ele ficou lá falando sobre verdade e lealdade enquanto eu ficava lá comovida sobre tudo o que conversamos, sabendo absolutamente que eu estava me apaixonando, impotente para parar.

E ainda, eu estava tomando notas. Estudando-o como um rato de laboratório. Como se ele não fosse humano. Como se ele não fosse movido pelas mesmas coisas que todo mundo é: um coração, uma mente, corpo, hormônios. Como se ele não precisasse de ar e água e talvez até de amor, como se ele fosse este robô a ser examinado e separado para a diversão do mundo.

Mesmo? O que importa que ele tenha estado com mil e uma mulheres? O que importa que ele seja a obsessão da cidade e agora também minha?

Ele é humano. Ele tem direito a pouca privacidade que possui. Ele é tão fechado, ele raramente se abre para alguém, e eu sei que é porque ele é sempre tão julgado e examinado.

Meus olhos lacrimejam e de repente pego as cartas e começo a rasgá-las, uma por uma. Então eu me deito com todas as notas espalhadas ao meu redor e choro um pouco.

Então eu olho para a bagunça espalhada. O que eu acabei de fazer? Oh Deus.

Se eu quiser salvar a revista, preciso entregar algo.

Eu inspiro e expiro.

— (S/n)? — Eu ouço Gina chamar.

Ela espia dentro e examina a bagunça de cartões rasgados, e então eu quebrado como o papel ao meu redor.

— Oh, (S/n) — eu começo a chorar.

— Eu preciso escrever.

— (S/n), diga a ele a verdade. Diga a verdade a ele. Se ele te conhece bem, ele vai entender.

— O que? Que sou uma mentirosa?

— Diga a ele que você o ama — ela diz.

— Ele não quer meu amor. Ele valoriza... Verdade e honestidade, qualidades que eu não possuo.

— Você os possui em espadas. Você é leal e honesta com todos.

— Mas não com ele.

— A partir do momento que você falar com ele e confessar tudo, você estará. Faça com ele veja com seus olhos. Talvez você possa ter tudo.

— Quem fica com tudo, Gina? Ninguém. Ninguém.

— Mas, ainda assim, todos nós acreditamos que podemos. Não é esse o objetivo de tudo o que fazemos? Queremos tudo. Então escreva esta coluna. E se você ainda o quer então você deve ir pegua-lo.

Manwhore - Imagine TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora