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O doutor Miguel nos leva para a fazendo dos meus avós assim que terminamos de conversar com meu avô no hospital, também paramos para comer algo rápido antes de seguirmos caminho

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O doutor Miguel nos leva para a fazendo dos meus avós assim que terminamos de conversar com meu avô no hospital, também paramos para comer algo rápido antes de seguirmos caminho.

Visto um vestido milk maid dress de cor verde claro com estampa de margaridas. Haru veste shorts jeans rasgado um croped preto que lembra um camiseta e uma bandana roxa, enquanto os meninos resolveram combinar nas camisetas e bermudas simples.

Confesso que a ansiedade de ver o lugar que eu cresci depois de um tempo é muito grande. Não sei como estão as coisas lá, minha mãe comentou que estava pagando a filha de uns dos donos de um sítio perto para limpar o lugar, a mesma vai casar e precisa de um renda extra para a fazer a festa, então se propôs assim que a minha mãe começou a procurar alguém para tal coisa.

O doutor Miguel nos deixa na entrada do sítio, o mesmo não passa um minuto conosco depois disso, pois tem coisas para fazer na cidade mesmo que em pleno o domingo.

- Podem vir, foi aqui que eu cresci. - Abro a porteira, chamando os meus amigos.

Por fim entramos no terreno, onde aprendi praticamente tudo que sei, e pensei que eu nunca sairia daqui por muito tempo.

Já faz quase um mês que não sei o que é ver terra fresca.

- Aqui é tão fofo, amiga. - Haru falou entrelaçando seu braço no meu em uma empolgação contagiante.

Nós entramos na casa depois de eu abri-la, com a chave que a minha mãe me deu antes de virmos.

Tudo está da mesma forma que me lembro, sinto um apertozinho no coração ao lembrar tudo que já vivi aqui.

- Querem conhecer o meu quarto? - Pergunto aos três que estavam mais atrás me observando, talvez eu esteja transcendendo emoções nesse momento.

Eles assentem começando a me seguir pela casa, vou contando algumas coisas que aconteceram em alguns cômodos. Como vez que eu me queimei na cozinha com um tigela de doce de mamão simplesmente por não ter conseguido esperar o mesmo esfriar, ou quando cai da cadeira de tanto rir de uma piada feita pelo meu avô.

Por fim chegamos ao quarto que eu dormia, não é tão grande, possui uma janela, uma cama de solteiro de madeira branca assim como o resto dos móveis, um guarda roupas e  uma penteadeira onde eu adorava me imaginar sendo um princesa

Não me julguem, ok? Eu sempre tive uma imaginação muito fértil.

- Então era aqui que você estava escondida? - Nick pergunta olhando os mínimos detalhes do lugar.

- É a sua cara, Lola. - Haru diz sentando na cama.

O único que não diz nada pois parece estar longe em seus pensamentos é Gabo, que apenas vem nos seguindo desde que chegamos sem esboçar nenhuma reação.

- Acho que essa vai ser a última vez que vou ver esse lugar. - Digo torcendo para que eu esteja errada.

- Por quê? - Nick pergunta.

- A minha mãe e o meu avô vão vender o sítio, eles precisam de uma casa na cidade para ele ficar mais perto do hospital quando sair de lá. - Respondo querendo realmente que existisse outra alternativa.

- Então vamos aproveitar o dia, fazer a sua despedida inesquecível. - Haru fala tentando me animar.

- Precisamos deixar algumas coisas para trás quando o propósito é seguir em frente. - Gabo fala depois de um tempo.

- Tem razão, eu estou em uma nova fase da minha vida, talvez seja a hora de seguir totalmente em frente. - Falei lhe fitando nos olhos ele desvia depois de uns bons segundos como estivéssemos presos na íris um do outro.

Depois do momento nostalgia, saímos de dentro da casa para finalmente fazermos o piquenique que eles planejaram.

Os levo para a mesma campina que ia com a minha família, ficamos debaixo da única árvore que lá possui, a mesma é grande e faz uma sombra boa para nos proteger do sol da tarde.

Arrumamos a toalha no chão, então pomos as comidas e bebidas que estavam nas sextas em cima da mesma, por fim nos sentamos.

- Aqui é tão bonito. - Haru fala enquanto come um morango. - Agora eu entendo o porquê você gosta tanto desse lugar.

Ele é mágico para os meus olhos desde que nasci, penso, mas não digo guarda para mim cada pedacinho de lembrança que possuo.

- Acho que poderia passar mais tempo nesse lugar, se sua família não vender , deveríamos vir aqui passar mais dias nas férias. - Eu assinto achando uma ideia maravilhosa vinda de Nick.

Depois de um tempo enquanto apenas aproveitamos o vento fresco, o silêncio em que nos encontramos é quebrado.

- Lola sem querer parecer inconveniente, mas e o seu pai? - Nick perguntou parecendo curioso.

- Bom, o meu pai não sabe que eu existo. - Conto o que uma vez escutei da minha mãe.

- Como assim? - O loiro perguntou parecendo confuso.

- Minha mãe descobriu que estava grávida de mim depois que eles se separaram, ele foi morar em outro lugar e ela nunca mais soube nada dele. - Mais uma vez só repasso informações que a um bom tempo eu escutei, depois de um questionamento sobre o porquê a minha mãe não tinha um namorado.

Eu às vezes chego a acreditar que ela ainda gosta do homem que ajudou a mesma a me conceber, e nesses questionamentos que pergunto se ela vem sendo feliz esses anos todos.

- Você nunca pensou em ir atrás dele? - Haru pergunta.

- Não exatamente, acho que depois que uma das amigas da minha avó faleceu quando eu tinha doze anos eu meio que enfiei na cabeça que eu tinha pouco tempo com meus avós. - Suspiro sentindo que posso chorar a qualquer momento. - Eu não estava completamente errada, e então acabou que pensar no meu pai se tornou algo escasso, ao ponto de eu mal lembrar dele. - Concluo.

- Entendo, mas se quiser um dia encontrá-lo seja lá onde for estaremos aqui para te ajudar. - Haru segura minha mão apertando a mesma levemente, como se quisesse se certificar de que eu tinha entendido.

Acho que eu não poderia desejar amigos melhores, até mesmo o Gabo que me odeia e me fita com olhos cheios de significados, não teria mesmo como escolhê-los melhor.

Assim que terminamos de devorar praticamente toda a comida, voltamos a guardar os recipientes na cesta.

Nós quatro nos deitamos na tolha, os meninos em cada ponta enquanto eu e Haru ficamos um ao lado da outra no meio, ela do meu lado direto Gabo do meu lado esquerdo. Sinto a mão dele roçar na minha, mas me mantenho firme em não esboça reações

O casal entra em uma conversa sobre nuvens, enquanto eu e o moreno nos mantemos calados apenas observando o pouco do céu que o topo da árvore nos permitia ver.

E enquanto isso eu me distraio internamente com meus pensamentos.

E foi assim que terminamos o dia no sítio, conversando deitados e olhando para céu límpido.

Fui me despedir do meu avô quando voltamos para a cidade, entreguei as chaves a minha mãe e também me despedi dela. Então pegamos nossas coisas no hotel e partimos de volta para Spring Day.

 Então pegamos nossas coisas no hotel e partimos de volta para Spring Day

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Ele me "odeia" amaOnde histórias criam vida. Descubra agora