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Quando meus pulmões gritaram por ar pela milésima vez, braços fortes me arrastam para fora da água, ou pelo menos para a parte superior dela, onde consigo puxar o ar que tanto clamava

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Quando meus pulmões gritaram por ar pela milésima vez, braços fortes me arrastam para fora da água, ou pelo menos para a parte superior dela, onde consigo puxar o ar que tanto clamava.

Me sinto sem forças então deixo que me tirem da piscina e me deitem no chão gelado da borda dela, ainda com visão turva, ouvidos tapados, percebo alguém gritar por mim mesmo que eu não consiga responder, não sei se por ter quase morrido ou por ainda está em choque.

Sinto uma pressão sendo feita em peito, tento pedir para parar mas não sai nada a não ser água da minha boca, até que quando me sinto melhor ao ponto de achar que conseguiria falar tenho meu nariz tapado enquanto lábios são pressionados contras os meus em uma tentativa histérica de me fazer respirar, coisa que eu já estava fazendo bem.

Bati freneticamente no braço da pessoa que poderia me salvar fazendo a mesma, ou melhor, o mesmo se afastar.

Eu nunca tive uma visão 100% boa, mas mesmo agora tendo uma piorada consigo ver claramente um Gabriel de olhos arregalados, completamente molhado ao meu lado.

Foi ele quem me tirou da água.

- Lola. - Ele chama pelo meu nome me puxando para um abraço afobado quando ver que estou consciente.

- Não existe explicação plausível para eu morrer de um abraço ao invés de um afogamento. - Digo com ele ainda entrelaçado a mim.

- Desculpa, eu te machuquei? - Gabo apenas se afasta o suficiente para eu ver seu rosto preocupado e agora vermelho.

Ele estava chorando?

- Não, não machucou. Eu estou bem, só quero sair desse lugar. - Olho em volta e vejo que todos dessa maldita festa nos observam.

Gabo e Nick que se apressam em se aproximar de nós, ele também está um pouco molhado deve ter me tirando da piscina junto ao amigo, ambos me ajudam a levantar do chão.

Vejo Haru um pouco mais atrás chorando como se eu estivesse morta no chão, assim que ela percebe que a observando vem até mim me abraçando enquanto soluça por conta do choro.

- Desculpa, eu não imaginei que isso fosse acontecer. - Ela diz ainda chorando.

- Está tudo bem, estou bem. - Digo com firmeza.

Os três me levam para fora da casa, mas antes de chegarmos a porta que dava para dentro da mesma que nos levaria até a porta principal, somos interrompidos por Valentina chamando o Gabriel.

Nem tudo é girassóis.

- Gabo, não vai agora. - A mesma pede descaradamente. - Ela só está fazendo um teatrinho, você não ver? Ela só veio acabar com a minha festa. - Pisco com a acusação descarada.

Eu juro que iria deixar passar o acontecido da piscina, que iria embora sem falar nada e descansar na casa dos Borges o máximo que eu conseguisse, além de tentar esquecer a sensação de quase morte que tive, mas eu não sou de ferro e lembro perfeitamente bem o que aconteceu.

Ele me "odeia" amaOnde histórias criam vida. Descubra agora