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Eu lembrei o que tanto me reprimir, por motivos óbvios

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Eu lembrei o que tanto me reprimir, por motivos óbvios.

A Lola de seis, sete, anos não foi tão feliz em ter uma amiguinha da mesma idade que a dela para brincar.

Agora eu entendo o porquê de ter esquecido o Artur ou melhor Arturo, pois a última coisa que eu queria agora era que as  lembranças que ele me trouxe estivesse gritando em minha mente.

Gabo só me põe no chão depois que o motorista do seu pai, aparece com o carro em frente a escola. Por incrível que pareça ninguém nos seguiu, então ficamos uns bons minutos em silêncio, até o homem aparecer, apenas escutei o meu ex-namorado o chamando em uma chamada rápida e desajeitada, enquanto eu escondia o rosto manchado de lágrimas no peitoral dele.

Gabo avisa ao Jarbas que vamos para a o apartamento do pai dele, enquanto põe o sinto em mim, como se eu fosse uma criança que não o sabe fazer, mas eu não reclamo apenas agradeço quando ele termina.

O caminho inteiro é silêncio, apenas esculto o barulho da rua, do carro em movimento e do coração do Gabriel. Pagamos o elevador para o vigésimo andar, na mesmas linha do carro totalmente em silêncio.

Sou guiada para o quarto que já estive muitas vezes, tiro os meus sapatos e me jogo na cama de costas para o colchão fitando o teto branco. Sinto o peso do Gabo fazer um movimento no colchão, ele faz o mesmo que eu e logo depois segura a minha mão.

- Quer me contar o que aconteceu? - A voz suave dele me faz querer fitá-lo e é o que faço, ele já está me olhando de volta.

- Hoje era pra ser uma nova aventura, uma nova experiência, mas tudo deu errado. - Gabo me fita compreensivo, se mantendo calado. - Eu descobrir que o diretor da escola é o meu pai e a minha mãe vem me escondendo isso a semanas.

- Talvez ela não tenha encontrado o momento certo para te contar, não parece ser uma coisa fácil.

- Mas eu e ela temos um pacto de nunca esconder nada uma da outra, e ela quebrou.

- Tente não ficar brava abelhinha tenho certeza que ela tem uma explicação.

- Não estou brava, estou decepcionada. - Sinto um bico se formar nos meus lábios e antes que eu o desfaça a boca do Gabriel gruda na minha, mas não faz menção nenhuma de aprofundar o beijo, é apenas um toque singelo, até mesmo inocente.

- Eu senti sua falta.

- Não foi só isso dos meus pais que destruiu tudo. - Digo iguinorando a fala dele.

- O que mais?

- Lembra que eu disse que não lembrava do Arturo quando eramos crianças.

- Sério que vamos falar dele?

- Se não quiser ouvir tudo bem, mas eu vou embora.

- Ok, é para isso que venho fazendo terapia para superar esse meu comportamento tóxico, pode falar o que tem.

Ele me "odeia" amaOnde histórias criam vida. Descubra agora