Dezembro, 1995
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Quando a música clássica tocou nos alto-falantes, indicando que os alunos deveriam se levantar e trocar de sala, Jonathan e Sadie agarraram os seus pertences e saíram para o corredor.
— Eu estava pensando em gravar um vídeo seu respondendo perguntas de um questionário que eu elaborei. — Ela disse, ficando próxima dele para não trombar de frente com uma menina segurando um saxofone.
A turma de história da arte tinha começado a mostrar os rascunho de seus trabalhos para a senhorita Valdez. Ela aproveitou para indicar variados jeitos que poderiam ser usados para retratar sua dupla.
— O que acha de ser lá na pedreira? Só nos dois? — Ela sorriu. — Porquê o Eric não deixaria a gente trabalhar em paz se fosse junto.
Jonathan concordou com a cabeça. Ele faria qualquer coisa para ficar ao lado dela o máximo possível. Aquela talvez fosse uma maravilhosa oportunidade para falar dos seus sentimentos e de beija-la pela primeira vez.
— Pode ser. — Respondeu. — Que tal domingo?
— Ótimo. — Sadie concordou.
A alguns metros de distância, Flash e seus amigos vinham andando jogando entre eles uma bola de futebol, e rindo como idiotas. Brian Simmons agarrou a cintura de Jill Chapman e bateu com força a mão nos livros que Troy Green carregava, derrubando-os no chão. O garoto apenas abaixou a cabeça em claro sinal de submissão.
— É isso aí seu viadinho, a gente manda nessa escola. — Brian gritou para todos entenderem que eles eram os melhores. — E ninguém pode ir contra a gente.
— Sai da frente esquisitão. — Flash deu um doloroso esbarrão no ombro de Jonathan ao passar entre ele e Sadie.
Jonathan apertou a mandíbula para conter a vontade que tinha de soca-lo. Mas se aproveitasse os poucos segundos que tinha ele estava de costas, poderia agarra-lo pelo pescoço e enforca-lo pra valer. Era mais alto alguns centímetros, então teria uma boa vantagem.
Olhou para Sadie, pronto para dizer de uma forma engraçada o que pensou, mas franziu a testa ao vê-la olhando fixamente para trás. Seguindo seu olhar, ele percebeu que ela observava Connor Phillips.
— O que foi? — Sua voz saiu mais alta do que deveria. Ele reparou no sorriso fraco que Connor deu antes de seguir o resto do time. Aquele meio sorriso não poderia ter sido para ela, né?
Uma líder de torcida passou ao lado deles, retocando seu brilho labial na frente de um espelhinho, e Jonathan decidiu acreditar que o sorriso que Connor deu foi para ela. Fazia mais sentido.
— Nada. — Sadie enrugou o meio da testa, suas bochechas tinham um tom marcante de rosa. — Eu pensei ter visto o Eric. Preciso ir para a aula de cálculo, a gente se vê mais tarde.
Ela saiu correndo, sem ao menos se despedir. Jonathan então caminhou sozinho até o terceiro andar, entrou na sala da senhora Clair e sentou-se no fundo para não ser notado por ninguém.
A professora começou a falar sobre as pinturas mais famosas, e pediu para a turma copiar uma obra de um artista que gostasse, e que essa obra deveria demonstrar seus sentimentos. Jonathan pegou uma tela em branco, frascos de tinta, pincel e começou a trabalhar.
Enquanto passava tinta pela tela, ele criava mil idéias para o domingo com Sadie, anotando mentalmente piadas e histórias para contar e ver o lindo sorriso dela. Também tomaria coragem para beija-la, mas só depois de contar que gostava dela. Não queria forçar nada.
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Beyond Broken Hearts
Novela JuvenilEm meados dos anos 90, numa pequena cidadezinha do sul da Califórnia, um grupo de adolescentes alvos de bullying por seus colegas, decidem após um incidente planejar um massacre para por fim nas humilhações constantes que sofriam. Chocando os morado...