12. Time to risk

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P.o.v. Emma Harrington

Eram 7 da manhã quando meu despertador me acordou. O dia em que meus tios voltariam para casa. Eu aprecio muito o carinho e cuidado que eles têm comigo, eles me acolheram na hora em que eu mais precisei, mas mesmo assim eu estava triste por não ter mais a casa só pra Steve e eu. Coloquei meu conjunto de calça moletom e blusão cinza, prendi o cabelo em um coque e fui ajudar Steve na cozinha. Hoje ele estava indo mais devagar, não corria pra todo lado, apenas pegava alguns ingredientes e os deixava na bancada.

- O que a gente vai fazer pra eles comerem? - perguntei a ele.

- Coisa simples, ovos mexidos, bacon, suco de laranja, algo assim.

- Posso fazer panquecas iguais às de ontem pra eles?

- Claro, se você não colocar fogo na casa - ele respondeu enquanto abria a geladeira – Porra, o suco tá acabando.

- Me dá dinheiro que eu busco na padaria e aproveito pra pegar uns donuts pra gente – disse estendendo a mão.

- Pega lá no meu quarto, a carteira tá embaixo do travesseiro.

- Você esconde seu dinheiro embaixo do travesseiro?

- Vai que alguém assalta a casa enquanto a gente tá dormindo, pelo menos meu dinheiro fica salvo – ele respondeu dando de ombros.

Peguei o dinheiro em seu quarto e sai gritando pra ele não acabar com a casa enquanto estava fora e com ele respondendo pra eu tomar cuidado no caminho. Levava cerca de 10 minutos de ida e 10 de volta para a padaria. Chegando lá peguei duas garrafas de suco e fiquei esperando na fila para pedir meus donuts.

- O que posso fazer por você, senhorita? - o atendente mais novo de lá me perguntou sorrindo.

- Queria 4 donuts tradicionais, por favor.

- Com granulado comum ou colorido?

- Colorido – respondi e ele os colocou em uma caixinha, me entrando logo depois.

- Muito obrigada.

- De nada, gracinha – ele respondeu e eu pude jurar que ele piscou pra mim.

- Na verdade, é Emma e você é?

- Dylan, muito prazer – respondeu sorrindo e eu acenei com a cabeça, passando no caixa e saindo dali.

Simplesmente do nada um cara tenta flertar comigo. Não vou negar que ele é bem bonito, olhos azulados e cabelo castanho caindo sobre eles, além daquele sorriso que ele não parou de mostrar. O caminho de volta foi tranquilo e logo na porta de casa eu conseguia sentir o cheiro da comida pronta.

Steve deixou as panquecas para que eu fizesse e até que não foi tão difícil, só uma que saiu voando um pouco mais alto do que deveria e que meu primo salvou com um prato no ar. A gente sempre se diverte juntos e, na maioria das vezes, quando cozinhamos juntos. Separamos tudo bem a tempo de meus tios chegarem, eles nos cumprimentaram com abraços apertados e agradeceram muitas vezes a nós, por termos preparado um café da manhã diferente para a chegada deles.

- Alguma novidade nesse tempo que a gente esteve fora? - meu tio perguntou.

- A Emma saiu algumas vezes com... - começou Steve, mas eu o interrompi.

- As meninas, a gente teve uma tarde juntas, provando roupas e algumas maquiagens – eu lancei um olhar mortal para ele que ficou confuso com aquilo, mas não voltou a tocar no assunto.

[...]

Já eram quase 5 da tarde e eu resolvi ir no quarto de Steve, ver o que ele estava fazendo e aproveitar para conversar um pouco. Bati na porta e ele gritou um simples "Entra".

Enemies to Lovers - Eddie MunsonOnde histórias criam vida. Descubra agora