22. The chance

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P.o.v. Narradora

Duas pessoas muito diferentes por fora, mas muito parecidas por dentro. Decisões bobas foram tomadas, mas estava na hora de resolver o que estava pendente. Edward decidiu que iria tentar reconquistar o coração ferido da garota. Emma havia decidido dar uma última chance para que o garoto se explicasse.

Emma se aproxima e vê Eddie de pé, a esperando. Ela pensa se realmente está fazendo a escolha certa, mas não para de andar, então voltar atrás não é uma opção.

- Você veio mesmo – ele diz quando a vê e abre um sorriso.

- É, né. Você pediu uma chance e eu resolvi aceitar – ela responde ainda afastada do garoto.

- Desculpa por fazer todo esse suspense, mas eu queria falar com você de uma forma diferente

- Tudo bem...

- Só ouve o que eu escrevi, pode ser? - ele pergunta e ela assente – Poema sem título

Eu só te peço uma chance

Um minuto da sua atenção

Tenho coisas a te falar

E muitas vem do coração

A decisão de me esconder

Me preencheu de ódio,

Ódio por ter decidido te perder

Muitos conselhos recebi

E os ignorei, mas me arrependi

Dia após dia, depois daquilo

Eu revivi aquele momento

Seu toque e seu rosto

Com grande arrependimento

Um medo do seu passado voltar

Logo, isso me afastou

Pensei que iria te ajudar

Agora vejo que só dificultou.

Emma escutou tudo o que ele diz e a forma como ele lia o poema. Ela percebe que o início é o mesmo que estava escrito no bilhete que recebeu de seu primo. O garoto havia escrito um poema... Um poema para ela. Mesmo sem entender algumas partes e o que elas significavam, foi possível sentir aquilo novamente. Ela sentiu a felicidade tomar conta de si mesma e percebeu que tinha escolhido certo, não fazia nenhum mal ouvir o que o garoto tinha a lhe dizer.

- Aqui, é seu – o garoto diz e entrega o papel para Emma - Lê as iniciais dos versos – ele diz e ela o faz.

E U T E A M O M E D E S C U L P A. Eu te amo, me desculpa. Foi isso que Emma conseguiu ler e conseguiu sentir algumas lágrimas tomando conta de seus olhos. Ela olhou para o metaleiro que sorria, fazendo-a sorrir também. Ele segurava uma caixinha em suas mãos.

- Não é algo muito legal, já te aviso, mas é mais um presente de aniversário, que eu não entreguei naquele dia porque não tava pronto ainda – ele diz e ela pega a caixinha, se dirigindo a mesa.

Emma abre o presente e Eddie a observa, de longe, porque ainda tem medo de que ela não o queira por perto e não quer assustá-la. Ela se depara com uma palheta de guitarra. Parece que ela foi personalizada por alguém, pois seu nome se destaca em branco no roxo da palheta. Emmy. Ela reconhece a letra de Munson e olha para ele com um sorriso no rosto.

- Então, se você quiser tocar guitarra em alguma hora, já tem a sua própria palheta, né? Ou, a melhor opção, usar como uma corrente estilosa igual a minha – ele diz e puxa a blusa do Hellfire para baixo mostrando sua corrente.

Enemies to Lovers - Eddie MunsonOnde histórias criam vida. Descubra agora