Enemies to Lovers - Eddie Munson

33. Taking advantage of the time

P.o.v. Emma Harrington

Meu corpo congelou. Eu não sabia como reagir a isso. Sabia que ia acontecer, mas não imaginava que esse dia chegaria tão rápido. Posso imaginar a dor de Dylan com essa notícia e o quão mal isso deve estar fazendo a ele. Estava tudo tão bem no sábado...

- Não! - gritou Chrissy – Por que agora?

- Minha mãe e Jonathan estão com pouco dinheiro, a gente tá quase sem nada...

- A gente ajuda, vocês não precisam se mudar... - comecei a dizer, mas Dylan me interrompeu.

- Eu já tentei, Emmy. Isso parece um pesadelo se tornando real... – ele disse com voz de choro.

- Não tem como, se mudar é a melhor opção. Lá vai ter mais oportunidade de emprego pros dois – Will terminou de explicar, ainda com lágrimas escorrendo pelo rosto.

Não consigo conter as lágrimas que caem de meus olhos ao ver eles assim. Os dois estão tão felizes juntos e isso está atrapalhando tudo que eles estavam vivendo. Chrissy vem me abraçar e eu retribuo. Nós nos aproximamos de Will e Dylan, dando um abraço em grupo repleto de choro e tristeza.

- Desculpa cortar o clima, mas não seria melhor aproveitar o tempo que vocês ainda têm pra ficar juntos? - perguntou Gareth, que nos olhava triste junto de Eddie.

- Pois é, por que não sair pra curtir um pouco e deixar essa tristeza de lado? - concordou Eddie.

- Não é tão simples, Munson – respondeu Dylan.

- Eu acho que o que eles querem dizer é que, se realmente não tem outra opção a não ser a da mudança, então é bom fazer coisas que vocês gostam – eu expliquei e realmente concordo com os garotos, não vale a pena ficar chorando o tempo inteiro.

- Vai amor, parece ser uma ideia boa – disse Will para Dylan.

- Tudo bem...

[...]

Sinto que hoje vai ser um dia muito bom. Decidimos sair depois da escola. E sim, decidimos. Will e Dylan querem passar um tempo com a gente, como um rolê de casais, mas com dois casais não assumidos. A gente ficou meio em dúvida, mas aceitamos mesmo assim.

- Para onde vocês querem ir? - perguntou Eddie que iria nos levar para onde quisermos com a van.

- Pensei na livraria, mas não sei se todos concordam... - começou Dylan e Will o interrompeu.

- Parece ótimo, pé na estrada, Munson – disse ele e assim Eddie o fez.

- Você também gosta de ler, Will? - perguntou Chrissy que estava com Gareth mais atrás.

- Gosto, Dylan me passou essa mania dele...

- Ei! Culpe a Emma e a Chrissy, elas qeu começaram com isso – defendeu-se Dylan.

- Eu não! Foi só a Emma! - completou Sissy.

- Sobrou pra mim, né? Mas eu admito. Poxa gente, ler é bom demais, puta merda...

- Pois é, mas toma cuidado com as recomendações dela – aconselhou Dylan.

- Ué, por que? - perguntou Gareth.

- Não queira saber – completou Chrissy.

Minha imagem está acabada com esses dois por aqui. Eu nem recomendo coisas tão pesadas... Logo chegamos na livraria e começamos a procurar alguns livros para comprar. Fico encantada com alguns e escolho dois para levar. Um para mim e um para Will, para que ele possa ler durante a viagem ou até mesmo quando já estiver na outra cidade e estiver sem nada para fazer. A galera rodou a loja toda e, quando saímos, já eram quase 7 da noite, então Will decidiu que a gente iria na hamburgueria e sorveteria para jantar.

- Por que vocês têm tanto preconceito com o sorvete de chocolate? - perguntei.

- É o sabor mais genérico que tem! - respondeu Gareth.

- Você tá tomando sorvete de baunilha, seu hipócrita! - disse Will.

- Em que momento a noite se tornou uma discussão sobre sabores de sorvete? - perguntou Eddie chegando com uma taça de milkshake.

- É o que eu queria saber – concordou Chrissy.

- Existem um milhão de sabores diferentes e vocês pegam os mais sem graça! - exclamou Dylan.

- Porra, a culpa é minha que eu gosto do simples? - perguntou Gareth

- Exatamente! Vocês que complicam demais – concordei com ele.

- Senhor, parece um bando de criança discutindo – Eddie disse baixinho, mas eu escutei.

- Criança é você, metaleiro esquisito – respondi e ele me olhou indignado.

- Pegou pesado, Emmy... - ele disse e nós começamos a rir.

Terminamos de comer e Eddie nos levou até a casa de Dylan, onde ele tinha decidido que iríamos ver algum filme. Chegando lá, os pais dele nos recepcionaram com pipoca e refrigerante, nos deixando livres para escolher o que assistir na sala. E assim mais uma discussão se iniciou...

- Eu não suporto terror – disse Chrissy.

- E eu não consigo gostar de ação - completou Eddie.

- Comédia é a melhor opção gente! - disse Dylan.

- Vai ser romance, não quero saber a opinião de vocês - concluiu Will.

- Grosso... - Dylan disse mais baixo, porém todo mundo ouviu.

- Vou te mostrar o que é grosso, eu ein, calem a boca – Will respondeu.

- Eita porra! Cabaré abriu já? - perguntou Gareth.

- Gente, são 10 da noite, favor não se comam com a gente aqui – eu pedi.

- Prefiro fingir que sou surdo e que não ouvi isso – Eddie falou e todos concordaram.

- Foi mal gente – Will disse rindo – Falei sem pensar no duplo sentido.

- Aham, acreditamos – eu respondi irônica.

No fim realmente vimos o que Will queria e aproveitamos cada momento daquele filme. Tinha um casal feliz lá, eles ficaram juntos depois de tantas coisas acontecerem. Acho que esse filme serviu de inspiração para as seis pessoas que estavam ali, que independente da distância e dos problemas que podemos passar, sempre vamos estar juntos, seja em grupo ou com a pessoa que estávamos ficando. O filme acabou quase meia noite e Eddie me levou para casa. Ele se despediu com um beijo apertando minha cintura, como ele sempre fazia... Fui dormir pensando nele...

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Amo esses casais, puta merda! e o Will falando aquilo, não esperava, achei q ele era santo ainda... Espero que tenham gostado, beijinhos e até o próximo :)