Enemies to Lovers - Eddie Munson

36. Cousins?

Avisinho aqui que agora vai sair só um cap na semana, seja ele no sábado ou no domingo

P.o.v. Eddie Munson

Finalmente sábado chegou e eu não vejo a hora de Emma chegar. Sei tudo que ela anda enfrentando durante essa semana e acho que um tempo a sós vai fazer bem para ela. Não dormi muito bem de noite pensando naquele desgraçado perto dela e, agora que acordei, não consigo segurar a ansiedade que está passando por mim.

Já andei pelo trailer todo, mesmo ele não sendo muito grande, diversas vezes pensando no que nós dois poderíamos fazer de bom. Nesse tempo, escolhi algumas das minhas músicas preferidas e as deixei tocando baixinho de fundo, enquanto tentava arrumar a bagunça da sala e do quarto. Selecionei alguns filmes de terror para o caso de ficarmos sem opção do que fazer, então bastaria preparar uma pipoca, abrir uma cerveja, ou um refrigerante, e apenas aproveitar a companhia um do outro.

Perdido nos pensamentos, ouço o barulho de um carro chegando e uma porta sendo fechada. Alguém se aproxima e bate na porta, bem a tempo de eu abrir a mesma com um sorriso no rosto.

- Me diz que a Emma tá aqui, por favor – vejo Steve do outro lado.

- Ela não chegou ainda, por que você tá tão desesperado? - pergunto a ele.

- Ela não tá em casa e eu tô com um pressentimento ruim.

P.o.v. Narradora

Desde sempre, Emma se sentia inútil e, no seu tempo com Logan, ela percebeu que conseguiria ter alguém que realmente se importasse com ela. A garota o amava e sabia que ele a amava de volta, mas ele passou a ter comportamentos estranhos e, após o primeiro tapa que ela levou, algo mudou dentro de si. Isso se repetiu diversas vezes, mas ela achava isso normal, afinal, ele só queria o bem dela e não faria nada para machucá-la. A pequena era muito nova para entender... 14 e 17 anos, pouca diferença de idade, mas que fez um inferno na vida da adolescente.

Emma acorda das lembranças que a rodeiam. Ela ouviu um barulho vindo do andar inferior e despertou quase que imediatamente. Da última vez, era seu primo, mas agora... ela não sabe mais o que esperar. Por sorte, ela avista um copo de vidro que havia deixado em cima de sua mesa de estudos no dia anterior e o pega, descendo as escadas lentamente. Convenhamos que as armas de defesa escolhidas por Emma nem sempre são boas, mas ela precisava de algo para atacar quem fosse necessário.

No último degrau, um barulho é proferido da escada e Emma consegue avistar Logan em frente a seu fogão, cozinhando algo com um avental no corpo.

- Bom dia, vi... - o garoto se vira dizendo, mas precisa desviar do copo que a mais nova jogou. O barulho dos cacos caindo no chão tomam conta do lugar e ele a olha, com um olhar indecifrável - Eu só queria conversar, mas você pediu por isso, Emma, me desculpa – ele diz e Jason coloca um pano no rosto da garota, que desmaia em seus braços.

- Agora você me ajuda a levar ela – Jason diz para o mais velho e os dois a levam para o carro.

Eles dirigem por cerca de uma hora, sempre checando se a garota está realmente desmaiada, dormindo, ou seja lá o que clorofórmio faz com quem o cheira.

Steve, que havia saído para substituir um funcionário doente na Video Family, chega em casa horas depois. Ele estava preocupado com tudo que andava acontecendo e, principalmente, com o fato de que o ex de sua prima havia conseguido invadir uma escola sem ser notado. Ele não fazia ideia de que os problemas só estavam no começo. Chegando lá, ele encontra o fogão desligado e com um pão mordido na frigideira, além dos destroços de vidro pelo chão. O garoto grita pela prima, sobe as escadas, vasculhando todos os cômodos e não a encontra. Liga para a polícia, avisando que deixaria uma chave escondida no vaso de fora para que eles pudessem analisar a cena de um possível crime, mas deixou claro que, antes, iria confirmar se a prima não estava na casa do ficante.

Assim, ele dirigiu voando para a casa do metaleiro, se deparando apenas com o cabeludo tão confuso quanto ele. Imediatamente, ele ligou novamente para a polícia e os autorizou a fazer uma limpa dos objetos na cozinha, para confirmar o DNA de quem poderia ter passado por lá.

Enquanto isso, Emma acorda presa em uma cadeira por algumas cordas em um galpão bem longe dali.

- Bom dia, Emma – diz Jason a ela.

- Onde caralhos eu tô? - a garota pergunta a ele.

- Muita pressa, vida. Vamos conversar um pouquinho antes – ela ouve a voz do seu ex se aproximando e o mesmo para ao lado do jogador de basquete.

- Vocês se conhecem? Puta merda, me tira daqui seus psicopatas! - ela grita e tenta se soltar, mas não consegue.

- Meu primo sempre falou de como você era, querida – Jason responde e Emma finalmente entende o motivo de Jason ter tentado algo com ela naquela época. Foi apenas influência do primo idiota - Eu precisava experimentar o que ele um dia aproveitou.

- Primos!? Vocês são doentes, asquerosos, me tira logo daqui caralho! - ela grita para eles e toma um tapa no rosto de Jason.

- A gente sempre foi ensinado a pegar o que quer e na hora que quiser – Logan explica, se aproximando dos dois – Quer mesmo nos culpar, vida? É apenas tradição familiar...

- O que vocês querem de mim? O que vocês querem que eu faça pra eu sair daqui? - ela pergunta a eles, finalmente desistindo de se soltar das amarras que começavam a machucar seus braços.

- Apenas um pouco de diversão - Logan responde.

- Pelo amor de Deus, se vocês ainda têm um pouco de humanidade aí dentro, pensem melhor nisso – Emma pediu com medo do que os dois poderiam obrigá-la a fazer – Se vocês me deixarem ir embora, eu juro que não conto nada pra ninguém!

- Vamos pensar no seu caso, vida – respondeu Logan, se dirigindo para as cordas e soltando a garota – Pode tentar fugir, mas saiba que você não vai conseguir.

- Aproveita o lugar, tem comida no armário e de qualquer forma, descansa a noite, porque o amanhã logo logo chega – avisou Jason. 

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esses parentescos viu, é cada coisa q a gnt tem q aguentar. Espero que tenham gostado, beijinhos e até o próximo :)