Capítulo 8

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Em Constantinopla:

Logo após as reverências e cumprimentos, a manifestação do povo com a chegada da comitiva imperial, todos adentram o forte, mas os Imperadores optam por seguir diretamente para a alcova de Ottaviano, então ele dispensa os servos.

— Por que não está repousando, Dianora? Não devia ter ido nos receber. – o Imperador questiona, deveras preocupado.

— Eu queria recepcioná-los e é meu dever conhecer a sua futura consorte. – ela diz com uma naturalidade aterradora.

Ottaviano baixa o olhar e anda pelo aposento irrequieto.

— Não precisa se incomodar com isso, querido. Amanhã mesmo será celebrado o enlace e oficialmente a Princesa Brina será sua consorte. – Dianora diz e procura olhar em seus olhos.

— Não consigo concordar com a sua decisão, Dianora. – Imperador Ottaviano diz.

Então ao mesmo tempo pronunciam.

— Faça por minha felicidade... – ela diz.

— Faço por sua felicidade... – ele diz.

— Agora descanse, tenho alguns afazeres para que tudo esteja pronto para amanhã, mandarei servir o banquete aqui mesmo e devo escolher uma concubina para essa noite?

— Não me agrada outra mulher em meu leito, que não seja a minha amada Imperatriz ou então que o lugar esteja vazio. – Ottaviano diz.

— Estou muito cansada, permite que eu fique em minha alcova essa noite? – Dianora pede e ele consente.

Se despedem com carinho e ela parte rumo ao harém, realiza os últimos preparativos ao lado de Dario e demais concubinas e servas até que tudo esteja perfeito nos mínimos detalhes, manda as cozinheiras servirem o banquete aos convidados e os servos levarem nos aposentos do Imperador e de Brina, então retorna com as damas para sua alcova, onde finalmente repousa e tem os cuidados dos curandeiros.

Tão logo amanhece, Imperatriz Dianora vai à alcova da Princesa Brina com a intenção de ter uma breve conversa com ela.

Quem abre a porta são as damas e logo fazem a reverência diante da imponente Imperatriz, dando passagem direto para a Princesa.

— Bons dias, querida Brina, como tem passado? – a Imperatriz questiona.

— Bons dias, Majestade. Devo lhe dizer que tudo me é estranho aqui, mas igualmente confortável e bonito. – a Princesa Brina responde.

— Você vai se adaptar ao seu novo lar em breve, Brina. Farei de tudo para que se sinta em casa, quero que veja em mim uma amiga e não uma pessoa com quem terá que disputar Ottaviano. Hoje será o enlace de vocês e eu mesma preparei tudo para que seja perfeito, vou ensinar à você tudo sobre ele e suas preferências, assim poderá conquistar seu coração e espaço em sua vida. – Dianora diz.

— Mas e se eu não quiser? – Brina diz e Dianora se choca.

— Essa é a sua responsabilidade agora, querida. Ottaviano será seu consorte, portanto seu dever é conquistá-lo, amá-lo, zelar por ele, por seus filhos, pelo palácio, harém e pelo império, não pode e nem deve fugir desses compromissos. – Imperatriz Dianora diz com paciência.

— É muita responsabilidade para alguém como eu. – Princesa Brina diz.

— Você será capaz e eu ainda estarei aqui por mais algum tempo para te ajudar. Agora você deve ir se arrumar para seu enlace, quero que esteja ainda mais linda e que seja feliz. – Dianora diz e sorri com ternura, lembrando Abelie.

Novas damas chegam para ajudar Brina a se arrumar e a levam para o harém, Dario se encarrega de a levar para o banho especial e depois para os tratamentos corporais, capilares, faciais, massagens, logo depois a vestem com um vestido branco longo e acinturado, de mangas amplas, com um véu longo sobre os cabelos e curto sobre o rosto, adornam com as joias principais, pulseiras, brincos, colar, anéis, coroa, calça as sandálias, ressaltam sua beleza com o carmim nos lábios e o kajal nos olhos e então finalmente a Princesa está pronta para o grande cerimonial.

Algum tempo depois, o general se reporta ao Imperador, avisando sobre todo o forte esquema de segurança para a celebração, que será iniciada em poucas horas.

Imperatriz Dianora pede para o servo Mario cuidar das vestes e joias do Imperador, todos os itens haviam sido preparados pessoalmente previamente por ela e Dario.

Imperador Ottaviano adentra sua alcova e segue direto para o quarto de banho, entra na tina e relaxa por algum tempo, sentindo o prazer da água na temperatura ideal, sai e seu corpo é enrolado no tecido felpudo e enxugado, recebe suas vestes, mais uma vez escolhe as de veludo preta, adornada com medalhões de ouro e insígnias, veste uma capa dourada sobre ela, suas joias, anéis e coroa cravejada com joias preciosas. Está pronto para ir ao salão da celebração, mas antes irá buscar sua Imperatriz.

Imperatriz Dianora é banhada com a ajuda das damas, usa seu vestido vermelho acinturado e esvoaçante e sem mangas, com um cinto dourado e um véu que se estende por quase todo o vestido vermelho mais transparente, usa carmim nos lábios e kajal nos olhos, anéis, pulseiras, colares e sua coroa cravejada de pedras preciosas. Está pronta para ir ao salão da celebração, quando o Imperador bate à porta.

— Devemos seguir juntos ao salão, minha amada. Você está divina, como sempre. – ele diz, verdadeiramente encantado e ela sorri em agradecimento.

Os dois caminham juntos ao salão e se posicionam em seus tronos para começar a recepcionar os convidados que devem chegar a qualquer momento.

Veem os convidados se aproximando do forte e adentrando, seguem para o palácio e vão caminhando para o interior do salão nobre, onde a família imperial os aguarda para recepcioná-los, dentre os mais importantes estão Grão Duque Lorenzo Caisseli, Lorde Paolo Beamount que estão entre os homens de confiança de Ottaviano, suas esposas e filhos.

Assim que todos adentram o salão nobre, o sacerdote Giacometti está pronto para iniciar o cerimonial, então a Imperatriz manda que a Princesa Brina venha.

Mais uma vez a sensação angustiante toma o coração da Princesa e desta vez não terá sequer o apoio de sua mãe ou seus conselhos, será obrigada a seguir adiante para que sua família e legado não sejam envergonhados, já que empenharam sua palavra nessa aliança. Está decidida a enfrentar o seu destino por seus irmãos, Reis e por seu povo, há de se sacrificar para que Gênova tenha os benefícios de tal tratado.

Ergue sua cabeça e caminha com passos firmes até o Imperador, faz uma reverência e se posiciona diante dele para que se comecem os ritos do matrimônio.

Ergue sua cabeça e caminha com passos firmes até o Imperador, faz uma reverência e se posiciona diante dele para que se comecem os ritos do matrimônio

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