Capítulo 20

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Adrianópolis

Certa noite, quando o Imperador Ottaviano convoca a Imperatriz Brina para o seu leito, assim que adentra a alcova, rejeita o vinho que o consorte a oferece.

— Dir-te-ei que não tens mais o dever de me convocar ao seu leito, estou gestando seu herdeiro desde a primeira noite, noto que és observador e por essa razão vês meu ventre crescer, desta maneira, o fruto do nosso ódio e rancor está florescendo e nascerá daqui alguns meses. – Imperatriz Brina, ressentida, diz.

— Dir-te-ei que convoco minha consorte ao leito para que nenhuma maledicência seja dita contra sua honra, eis que tenho me esforçado para ser um bom homem e Imperador para você, assim como serei para esta criança, que não deve ver ou saber dos sentimentos de seus pais. – Imperador Ottaviano diz.

Então o Imperador se aproxima para acariciar o ventre de sua consorte, que permite o toque.

É verdade que Ottaviano tem sido mais sensível ao longo do tempo, permitindo que ambos sintam prazer ao toque, tem feito Brina conhecer as artes do amor e falado ao seu ouvido palavras de elogio...

Brina sente um conforto em seu coração, seu corpo começa a se delinear a gestação, mais do que isso, se molda ao prazer nos braços de seu consorte, aprendendo a se sentir desejada e talvez amada?

Ottaviano passa a convocar a Imperatriz à sala do trono, todos esperam dois tronos ocupados diante do povo, anseiam conhecer, amar e honrar a grande esposa real.

Imperatriz Brina, cuida de toda a administração do palácio, deixa Dara com as situações mais simples como as questões de cardápios do dia a dia e seleção de funcionários e servos, recepção de concubinas, enquanto trata das questões do harém, educação dos filhos, encomenda de suprimentos, organização de farnéis de guerra, organização de festas e eventos, contabilidade e documentos, para alguns desses ainda solicita a ajuda de Aldo.

Seis meses depois do falecimento da Imperatriz Dianora são necessários para que o Imperador Ottaviano enxergue com clareza seus erros em relação a Brina, decide tomar uma atitude como a da noite de núpcias, quando sua nova consorte esperava por ele.

­Se prepara e segue para a alcova de sua Imperatriz, que sequer o espera, mas está perfumada e bela com suas novas curvas e vestes que evidenciam seu ventre avantajado.

— Que deseja Vossa Majestade em minha alcova? – Imperatriz Brina diz, de certo lembrando de sua noite de núpcias fracassada.

— Rogar que me perdoe pelas palavras ofensivas que proferi no dia do nosso enlace. Brina, és uma mulher bela, vibrante, vigorosa e ciente de suas responsabilidades como Imperatriz, enquanto eu, me deixei levar por todo amor, devoção e dor à Dianora, sequer pude perceber e agir de acordo com a minha nova consorte, quero que aceite não apenas minha escusas sinceras, quanto meu respeito e admiração. – Imperador Ottaviano diz.

Imperatriz Brina está estarrecida com tais palavras, tanto que os argumentos fogem aos seus lábios.

— Suplico que esqueça as más palavras que proferi naquele fatídico dia, hoje vejo tudo com mais clareza e posso render graças à Dianora pela escolha de minha nova consorte. – Ottaviano insiste, vendo a desconfiança de Brina.

— Sentimentos e sensações de uma mulher não podem ser manipulados, a tristeza e rejeição já me foram entregues por Vossa Majestade desde o derradeiro momento em que pisei nesse palácio, compreendo todo o seu amor e devoção à justa, amorosa e perfeita Imperatriz Dianora, assim como aprendi a respeitar e admirar sua primeira consorte, também tenho cumprido meus deveres no império... – Brina para pôr um momento e acarinha seu ventre — Satisfaz minha honra e orgulho que o Imperador reconheça os erros do passado, mas onde brotou o ódio e rancor, poderá viver o encantamento?

Imperador Ottaviano se aproxima de Brina e entrega uma joia maravilhosa.

— Cumprirei meus deveres de consorte e Imperador até que a Imperatriz acredite que pode brotar uma flor entre espinhos, então compreenderá que já não o mesmo homem que feriu sua honra e orgulho. – ele diz, toma a mão de Brina e a beija, então sai de sua alcova.

Imperatriz Brina acaricia a joia e a guarda com carinho, usará em breve para honrar seu consorte e demonstrar que aprecia seu gesto. Ora, se ele está sendo galanteador, por que não permitir que seu coração corresponde as suas ações?

Brina e Aldo controlam o harém e as insatisfações das concubinas, que desejam ser convocadas ao leito de Ottaviano, afinal sua prole deve ser numerosa, mas como se ele dá atenção apenas à grande esposa real? Será realidade que o Imperador está apaixonado por sua consorte?

Na sala do trono, o Imperador e seus homens de confiança conversam a respeito da ausência de notícias do Sultão Hakan, o que representa perigo de uma guerra iminente, faz questão de questionar se o general e o comandante têm o exército pronto para uma batalha que deverá ser sangrenta e têm a confirmação de que tudo está pronto, mas que sem dúvida alguma Constantinopla será a vencedora, afinal nada pode derrubar sua fortificação, sua cidade murada é à prova de qualquer artilharia e inimigos, ninguém pode resistir e enfrentá-los.

Embora se preocupe com o comando de suas tropas, é aconselhado por seus pares e reflete sobre a possibilidade de convocar um mercenário renomado para se aliar e liderar seu exército antes que seja tarde demais, afinal não contam com muitos homens e seu poderio bélico é restrito.

Em Adrianópolis:

Valide Sultana Aysun controla os ânimos no harém aos poucos escolhendo as Kadins, Gozdes e Ikbals a cada dia para o leito do Sultão, mesmo que ele queira e sinta falta de Sultana Ece Hatun e por isso solicite a sua companhia todos os dias na sala do trono, sorri ao ver seu ventre crescendo, assim como seus sentimentos por ela afloram a cada dia.

Certo dia, durante uma reunião, o soldado vem comunicar que um homem chamado Simão, acompanhado de seu filho Paulo, um menino de tenra idade, solicita uma audiência, afirma que é alguém que projeta canhões, aguçando a curiosidade do Sultão, então confortavelmente assentado em seu trono, permite que explique o porquê de sua presença.

Certo dia, durante uma reunião, o soldado vem comunicar que um homem chamado Simão, acompanhado de seu filho Paulo, um menino de tenra idade, solicita uma audiência, afirma que é alguém que projeta canhões, aguçando a curiosidade do Sultão, então ...

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