Stone Heart (AU!Ziam)

Capítulo Vinte e Três

Há cinquenta e cinco anos atrás, Nick e Josiah já compareceram em uma das festas de celeiro do velho McDonell. Mas não o McDonell filho, mas sim o McDonell pai. O velho era conhecido por suas festas com músicas e banquetes, sempre que se aproximava o inverno. Depois das colheitas de verão, ele sempre se sentia á vontade para lotar o velho celeiro construído por seu trisavô no final do século XIX. Ele convidava todos da região e servia além de uma boa cerveja, alguns quitutes feitos por suas irmãs e esposa. 

Nick e Josiah dançavam escondidos atrás do celeiro, enquanto a música tocava. Cassandra e Jamal sempre tentavam distrair as pessoas que perguntavam dos dois, enquanto se comentava da fazenda. Foi difícil comparecer a última festa de 1965, quando a barriga de Cassandra já denunciava um filho a caminho e os boatos do amor de Nick e Josiah eram certos. 

Mas de uma forma ou outra, era evidente que as tradições eram a base para a maravilhosa história de Stone Heart. E quando Zayn viu o celeiro cheio, deu um sorriso imaginando Josiah ali, aproveitando a festa.

O filho mais velho de McDonell se chamava Elliot. Ele era muito parecido com o pai, seus cabelos castanhos mesclados com um loiro e olhos azuis chamativos, como uma lagoa em pleno verão. Com 1,96 de altura, ele se destacava facilmente da multidão, principalmente por mostrar os braços musculosos de uma vida no campo e uma boa academia e um sorriso perfeitamente branco.

— Cês chegaram! — Ele sorriu — Ora, se a trupe de Stone Heart não veio agraciar a gente por aqui.

O sotaque era bem evidente. Assim que ele viu Anne, ele deu um sorriso quase sedutor, se não fosse pela sua timidez.

— Elliot — Anne sorriu para ele — Eu gostaria de falar que vim pela comida da sua mãe.

— Se não é ocê, Anne — Ele se abaixou para ficar na altura dela e a abraçou. Nate encurtou o nariz e isso fez Liam rir discretamente — E na trupe de Stone Heart, desceu diretamente um Turner. Sua irmã vai disputar com a minha no rodeio, cê sabe?

— Ela vai ganhar — Nate levantou o queixo, pomposo — A família Turner sempre é a melhor no que se propõe.

— Sei... — Elliot ajustou a fivela do cinto — Liam, como cê tá?

Eles deram um cumprimento de mãos. Liam se sentia bem baixinho perto de Elliot.

— Estou bem. Qual o motivo da comemoração do celeiro nesse semestre?

—  Minha irmã vai casar. E cê sabe, meu pai não perde tempo pra prumar de fazer uma festança sem motivo no celeiro. Podem ficar a vontade, minha mãe fez uns bolos de maracujá e umas tortinhas de limão. Tem cerveja e chopp, tem refrigerante também... — Ele olhou para Zayn — Cê deve ser o neto do Jamal.

— Em carne e osso — Ele piscou.

— Eu tava precisando mesmo falar com ocê. Eu tô de olho em um dos seus alazões, um Mustangue. Mas depois né? Simbora aproveitar a festa... Anne, cê quer dançar comigo?

A melancólica voz do cantor do celeiro começou a trabalhar em um country romântico e Anne se sentiu envergonhada, mas o sorriso de Elliot lhe atraiu rapidamente.

Ela estendeu a mão e Nate sentiu como uma alta traição. Quando Elliot a conduziu para o meio da bagunça da dança, Nate bufou como um touro.

— Mas esse caipira bombado... — Ele praguejou — Quem ele pensa que é?

Liam assobiou.

— Ah, nada demais... Só o primeiro namorado da Anne quando eles tinham 17 anos. E o primeiro dela em muitas coisas.