Andar sem receio

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As vezes preciso tirar meu corpo da toca
Circular pelo mundo mesmo incerta de como ele irá me receber

Costumo andar agitada, o mais depressa possível
Na ânsia de retornar antes que qualquer coisa de errado

Como se eu tivesse culpa de ser vista
Se algo de errado devesse acontecer por eu me mostrar
Simplesmente no mundo transitar ainda é um desafio

Me sinto uma criatura asquerosa
Recebo sorrisos na certeza de que atrás de uma falsa simpatia
Ocultam nojo ou incômodo com o que estão a enxergar
Alguém que no quadrado aceitável das normas não pode conformar

Desejo passar pelos outros então invisível
Traçar relações menos ambíguas
Andar sem receio
Ser normal

TRANS FORMAROnde histórias criam vida. Descubra agora