Ciclos e ciclosConstantemente eu me faço de modo inconsciente uma nova pessoa
Sou feita pelas pessoas uma eu além daquela que antes já fui
Quem quer que passe por mim me atravessa, me molda
Deixa marcasNem sempre sou o que espero de mim
Me descubro conforme me vejo diante de você
Seja luzes ou sombras
Te faço de espelho e finalmente enxergoPor muito tempo já tive a necessidade de pertencer a um grupo
A verdade é que todo ser humano tem em comum o anseio por amor
Mas amor da trabalho, e cada amor tem seu cicloEntre risadas e lágrimas, uma infinidade de máscaras, eu me escondi
Percebi que fazia sentido escolher a mim mesma acima de qualquer esforço pra caber dentro de um grupo qualquerEnquanto couber é lucro
Quando eu me vislumbrar sob outra medida já não faço mais questão
Anseio escutar e ser escutada
Troca natural, aquela que simplesmente éSe preciso me esforçar pra fazer parte, não é pra mim
Talvez não seja tão amargo assim estar sozinhaMuitas vezes a sua companhia escancarou os buracos que compõe a minha solidão
Ao passo que a minha própria companhia tem indicado os caminhos de uma possível solitude
(sem romantizar e extinguir a dor do processo)Pessoas e pessoas, distintas durações
As marcas que me deixam são como tatuagens
Dói pra caralho até que a marca esteja completa
Mas forma uma composição tão bonita na pele sem a qual não seria possível ser euHoje posso não fazer parte no nosso grupo do jeito que foi
Mas faço parte de vocês
E cada uma de vocês sempre fará parte de mim
Sou grata
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TRANS FORMAR
PoesíaAlguns chacoalhões criativos. Explosões dolorosas e libertadoras ao mesmo tempo. Versos feitos por quem sente, pra quem sente... Leia de coração aberto