Foi amor?Me entreguei confiante a uma maré deliciosa de sentimentos apaixonados
Finalmente amenos, não mais violentos como um dia já foramFui vulnerável e inocente
Acreditei (mais uma vez)
Segui o som das batidas de meu coração
Curiosa a descobrir até onde elas me levariamDo escuro surge algo dentro de mim, brotando forte demais pra que eu pudesse relutar
Nasce o precioso sentir em uma história linda, enquanto ainda tenho a sua presença em minha vida
Mas você se recusa seguir cultivando isso
Te entreguei um convite ao meu oceano
Você escolheu se ausentarNão regou a sementinha que nosso afeto havia plantado dentro de mim
Sozinha enfrentei a secaVocê não fez questão de mim
Não senti sua luz ou seu calor como tanto ansiava
Foi doloroso assistir tudo isso morrendo dentro de mimMais uma vez o amor morrendo dentro de mim
Por não ter encontrado em quem se abrigar além de mim
Morreu
Você nem esteve próximo o suficiente pra testemunhar
Compartilhei com o mundo até as últimas horas que se mantiveram vivas minhas esperanças sobre vocêE duvido que você um dia saiba sobre meu vasto oceano
Que conheça o amor que nasceu da gente
Você o viu em meus olhos e fugiu no mesmo instanteMorreu solitário dentro de meu peito
Me vejo repetindo esse doloroso padrão tantas e tantas vezes que no fim de tanto
só sei que não conheço o amorMe pergunto se ainda irei conhecer um dia
Só sei que morreu
Não sobrou nada
Tudo que resta é um grande vazio
Espaço pra que ainda alguma coisa possa surgir
Rezo com todas as minhas forças que se for surgir, que ao menos na próxima vez encontre lugar
Que o meu amor possa encontrar lugar em outro peito
para que não morra solitário, dolorosamente no meu
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TRANS FORMAR
PuisiAlguns chacoalhões criativos. Explosões dolorosas e libertadoras ao mesmo tempo. Versos feitos por quem sente, pra quem sente... Leia de coração aberto