Labirinto

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O mundo parece tão grande agora

Uma vastidão de possibilidades e situações

Todas tão abstratas e distantes, mas ao mesmo tempo tão próximas e reais

A ponto de me fazer atormentada, como o som de vozes que gritam em minha mente

Cada uma delas diz uma direção a seguir

Todas ao mesmo tempo

Um caos que se mistura e não me faz ouvir nada

Além da minha solidão entre muros de um labirinto (barulhento?)

Não sou capaz de ficar parada

A imobilidade me faz sentir temor,
pois é como uma poça de areia movediça que prende meus pés

Tomando cada centímetro do meu corpo

Até que eu seja completamente coberta pela terra

Nas profundezas do solo que parecem ocultar até mesmo minha alma

E é nessa aflição de imaginar me afundar sozinha, que
Me movo, o máximo que posso e sem parar por um instante

Mas ando, ando e não chego a lugar nenhum

Só me vejo mais afastada da saída

Sem nenhuma solução ao dilema

De afundar sozinha
ou correr incansavelmente a busca de uma fuga (aparentemente inexistente)

Presa a uma teia de pensamentos ansiosos que me devoram por dentro

Incapaz de me calar por não conseguir engolir insuportável som do silêncio
Sem me dar conta de que ele pode ser a resposta

Olhando os caminhos de dentro do labirinto
Não há saída

TRANS FORMAROnde histórias criam vida. Descubra agora