Capítulo 8

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Votem e comentem, viu? Tô doidinha pra puxar o pé do'cês 😁

- Taylor Walker -

Grito o máximo que consigo, implorando para que ela pare. Minha garganta dói pelo esforço, e meus olhos ardem pelas lágrimas. A mordaça em minha boca abafa meus gritos, minhas mãos e pés amarrados me impedem de mexer meu corpo, causando aflição.

Seus olhos castanhos estão dilatados me encarando, seus lábios esboçando sorriso de satisfação enquanto me encara.

Eu quero que isso pare...

Por favor...

Eu não aguento mais...

Alguém faz isso parar...

— Vamos nos divertir um pouquinho, filho — o desespero aumenta ao ver seu sorriso se alargar.

Tenho um sobressalto tocando meu peito rapidamente. Respiro com dificuldade buscando por oxigênio, meus olhos analisam todo o quarto para ter certeza de que foi um pesadelo, minha cabeça dói e meu corpo também.

Passo as mãos pelo meu rosto sentindo-as molharem pela quantidade de líquido que transpiro e pelas lágrimas recentes. Meus pulmões procuram desesperadamente por ar, mas sem sucesso. Fico aflito por não conseguir respirar correntemente.

Ouço batidas na porta, com dificuldade seguro a cordinha e a balanço por várias vezes, sem intervalos. Rapidamente a porta é aberta e Amélie passa pelo espaço com expressão preocupada.

— Taylor... Oh, meu Deus — ela rapidamente vem até mim, sinto suas mãos segurando meu rosto e passando em meus fios os colocando longe de minha testa — Ei, olhe para mim — me forço a forcar meus olhos em suas orbitas azuis que exala preocupação — Inspire e expire, junto comigo — Amélie executa os processos me indicando a repeti-los — Por favor, Tay... Me siga...

Começo a imitar seus gestos com dificuldade, falhando algumas vezes até pegar o ritmo correto. Minha respiração aos poucos começa a voltar ao normal, consigo puxar o ar lentamente e soltar da mesma forma.

— Isso — Amélie sussurra, passando a mãos em meus fios — Acho melhor tomar um banho, suas roupas estão coladas e está calor. Vá, eu irei ajeitar sua cama enquanto isso.

•°•

Como o sanduíche lentamente enquanto ouço atentamente Amélie contar um história. Ela lê um dos meus livrinhos que minha tia comprara para mim.

— E viveram felizes para sempre. — ela suspira fechando o livro e me encara — Tay... Digo, Taylor, o que acha de sair do quarto um pouco?

Me desespero só de imaginar sair do meu quarto. Nego freneticamente, não quero.

— Ah, tudo bem — novamente um suspiro sai de seus lábios — Deixe-me pensar o que podemos fazer hoje...

Deixo a bandeja afastada de mim enquanto volto a minha posição inicial. Balanço minhas pernas em movimento borboleta, observando a mulher sentada na poltrona.

Amélie é uma pessoa muito legal. Ela sempre me trata com carinho, nunca me força a nada e não me julgou ou faz perguntas desconfortáveis quando me pega tendo pesadelos, ou quando vê minhas cicatrizes.

No começo eu confesso ter tido medo de confiar nela, afinal nunca tive contato com nenhuma mulher desde os meus seis anos, tirando tia Lauren.

Ninguém, na verdade. Somente tia Lauren e o doutor que "cuida" de mim.

— Taylor? — saio dos meus pensamentos quando escuto sua voz, olho para ela — bom... Eu não consegui pensar em nada, o que quer fazer?

Pego meu bloquinho de notas ao meu lado e escrevo.

"Desenhar"

— Tudo bem, onde está os materiais? — pergunta se levantando.

"Está no escritório de minha tia, é atrás das escadas"

— Eu vou lá, ok? É rapidinho — ela avisa antes de sair.

Pego o copo de água sobre a bandeja e tomo um gole para molhar a garganta.

"Tay... O Tay quer docinho" — escuto Tayler pedir baixinho.

"Agora não, Tay. Ainda está cedo, eu posso pedir para Amélie depois do almoço" — digo a ele.

"Tá bem"

— Voltei! — Amélie entra novamente, dessa vez segurando um copo com vários lápis coloridos — peguei algumas folhas a mais para que você possa desenhar a vontade.

Sorrio para ela enquanto a observo me entregar as folhas e o copo de lápis. Pego um dos lápis e começo a traçar diversas linhas aleatórias, Amélie senta no chão sobre uma almofada, do lado de minha cama. Ela faz o mesmo que eu.

Passamos nossa manhã dessa maneira, cada um em seu canto mas algumas vezes mostrando os desenhos um ao outro. Em alguns momentos ela faz algumas piadas engraçadas me fazer rir, mas não emito som. Além de que Tayler conversou hoje mais do que o normal, o que resultou em uma dor de cabeça levemente alterada.

— Taylor, tudo bem? — Amélie pergunta ao me ver colocando a mão na cabeça.

Escrevi o que estou sentindo e mostrei para ela.

"Dor de cabeça"

— Vou buscar seu almoço, já está na hora. Irei pegar seu remédio também — ela avisa.

A ajudo a recolher os lápis que estavam todos espalhados por minha cama, ela leva o copo embora mas deixa as folhas aqui comigo. Junto as folhas e analiso os desenhos que fizemos, um em questão me chama atenção.

Deixo ele sobre os outros e deixo na minha mesinha. Vou ao banheiro fazer o que necessito e volto ao quarto para esperar Amélie. Começo a estranhar pois ela demora a aparecer, confesso que uma preocupação me atinge.

Balanço as pernas inquieto. Mas logo uma batida escoa e puxo a cordinha.

Meus olhos param na pessoa para a minha frente, sua chegada me deixaria feliz, mas não foi isso que senti ao ver minha tia entrando no quarto.

Meus olhos param na pessoa para a minha frente, sua chegada me deixaria feliz, mas não foi isso que senti ao ver minha tia entrando no quarto

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Daqui pra frente é só pra trás 😀

Comentem bastante para eu voltar logo.

Bjsss, até mais <3

21/08/2022

- Victórya ✨

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