Capítulo 21

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OIEEEE

Sorry pela demora :)

Vou compessa-los

Meta: 200 votos e 250 comentários.

— Amélie Faulkner —

Prendo meu cabelo, pego minha prancheta e me apresso para ir ao andar que precisam de mim, estou realizando o horário de uma pessoa que está ocupada. Quando estou perto do quarto observo o nome escrito e paro imediatamente.

Jacob Faulkner.

Fico inerte por alguns segundos, antes de respirar fundo e tocar a maçaneta. Dou duas batidas antes de entrar, encontro o homem deitado na cama hospitalar com os fios ligados ao seu corpo, a mulher ao seu lado está com o rosto vermelho e segura sua mão.

Não deixo de reparar também os dois homens que estão sentados no sofá com uma expressão de que provavelmente foram obrigados a estarem aqui.

— Com licença — digo e no mesmo instante os três pares de olhos azuis vem até mim. Há surpresa em ambos — Sou a Doutora Faulkner, o Doutor Williams teve uma consulta de emergência e não pode vir.

Mike e Liam me encaram como se eu fosse algo totalmente diferente da realidade. Ignoro colocando a prancheta de lado, posiciono o estetoscópio em meus ouvidos e me aproximo do homem.

Seus olhos verdes estão abertos minimamente, e parecem estar se esforçando para se manter assim e não fecha-los.

— Senhor Faulkner, inspire e expire — peço, aproximando o aparelho de seu pulmão. Ele vira seu rosto em minha direção, posso ver seus lábios darem um curvada enquanto olha meu rosto. Sinto algo no peito — Senhor, por favor.

Ele faz o que peço, não deixando de me olhar por nenhum momento. Confiro sua pressão e seus batimentos cardíacos, e anoto na prancheta.

— Prontinho. Irei passar os dados para o Doutor Williams, com licença — digo olhando para os três que nenhum momento me disseram nada, e agradeço.

Quando vou dar passo para sair, sinto um toque em minha mão. Não um aperto, um toque leve. Solto um suspiro me virando para o homem.

— Saiam, por favor — ele diz, com a voz fraca e baixa me olhando. Sei dirigindo aos outros.

— Pai... — Liam tenta dizer algo.

— Saiam — ele novamente do, com firmeza em sua voz.

Os três saíram da sala com receio, suspiro desviando o olhar do homem ao meu lado.

— Amélie, eu... — ele puxa o ar — Eu sei que nunca fui um bom pai para você. Sei que fui uma péssima pessoa para você — novamente ele puxa o ar com dificuldade — Infelizmente eu fui perceber isso tarde demais. Eu sei que não irei aguentar, mas para ir em paz eu só preciso do seu perdão. Somente isso para conseguir ir tranquilo.

Engulo o bolo que se formou em minha garganta, sentindo meus olhos inundarem enquanto me lembro das palavras de vovô.

Ele me dizia para sempre perdoar, afinal todas as pessoas que fizeram o que fez sempre carregarão a culpa e seu erro. Mas uma palavra sincera pode lhe tirar um peso, mas não fazer esquecer o que houve.

Sempre estará marcado.

Perdoar não significa esquecer.

— Tudo bem — sussurro limpando a lágrima solitária que escorreu pela lembrança de vovô — Eu perdôo você, Jacob.

— Obrigado, querida — ele sorri novamente com os lábios minimamente puxados.

A porta é aberta e os três entram novamente, e no mesmo instante a máquina dos batimentos apita.

Pego minha prancheta e saio imediatamente do local trombando com vários outros médicos que correm diretamente para o quarto que acabei de sair.

Posso ouvir os gritos da mulher misturados aos dos médicos. Respiro fundo entrando no elevador, aperto o botão do próximo andar.

Antes das portas se fecharem posso ver Pérola caída de joelhos e os dois de longe observando.

Nem para consolar a mãe eles prestam.

Nunca prestaram.

Mas, fiz minha parte.

Dava para ver em seu olhar que não resistiria por muito tempo. Ele realmente precisava do perdão, morrera tranquilo como disse em suas palavras.

Bom diaaaaaa

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Bom diaaaaaa.

E é aqui que chegamos na reta final :/

Relaxem que ainda vai ter alguns capítulos, aí terá epílogo, e bônus :)

UM CHEEERO 😗💘

- Anna Victórya ✨

05/09/2022


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