"Um passado trágico e doloroso marcado para sempre com palavras e cicatrizes.
"Uma criança machucada por ofensas, e palavras de ódio. Ações simples, que causaram machucados.
Sorrisos substituídos por choros.
Memórias substituída por traumas.
Amor s...
Olho para a mulher na minha frente sentindo todas aquelas sensações voltarem.
— Quanto tempo, querido — ela começa a se aproximar da cama onde estou, me encolho.
— Saí — digo tampando meus ouvidos com força para me impedir de escutar sua voz.
— Oras, meu bem. Sei que também sentiu saudades da mamãe— ela se aproxima ainda mais.
— Saí! — grito angustiado com sua aproximação — Saí! Eu quero a Amélie.
— A garota tola? Hm, ela foi embora — observo seus lábios formarem um biquinho, mas logo sorrir.
— Não... — nego, sentindo meu peito se apertar.
Não, ela não me deixaria...
Não...
Por favor, não...
— Apenas aceite que ninguém ficará com você além de mim — a mulher diminuiu a distância entre nós, me deixando apavorado olhando suas mãos e tendo lembranças.
— Para! — grito, abafando sua voz com as mãos — para!
— Não vou parar até você estar comigo! Eu sou sua mãe, tenho todo o direito de ficar com você. Você é meu! — ela aumenta seu tom de voz me fazendo encolher. As lembranças me atingem e não suporto segurar as lágrimas, meus pulmões imploram por ar mas eu não consigo respirar.
Olho para todos os lados procurando uma maneira de fugir, mas meus olhos param no banheiro que está aberto. Busco forças para conseguir me levantar e correr para o cômodo sem que fosse pego.
— Taylor! Abre essa porta! — escuto seus chamados do outro lado da porta enquanto rodo a chave na fechadura
Tento ignorar me encostando na madeira, deixo meu corpo escorregar até que eu esteja completamente no chão com a cabeça apoiada na porta e as mãos nos ouvidos para abafar os gritos do lado de fora.
Minhas lágrimas escorrem livremente por minhas bochechas, minha cabeça doe e meus pulmões buscam por ar. Descanso uma de minhas mãos sobre meu peito o sentindo doer.
Amélie...
— Amélie, por favor... — sussurro baixinho, sentindo minha garganta doer pelo soluço sofrido — Me tira daqui...
Meus olhos estão pesados, imploram por descanso. Mas me recuso a fecha-los. Sei que se o fizer, os pesadelos vão me acolher da pior maneira possível, o meu verdadeiro pesadelo está perto de mim, ao meu lado.
Ela é o motivo de eu ser assim, de eu ter traumas, de eu ter cicatrizes, de eu ter medo; medo de ser tocado com carinho, de receber amor, de amar. Eu tenho medo de mim.
Tudo por culpa dela!
Eu queria que tudo fosse diferente.
Eu queria não ser assim.
Eu queria ter morrido naqueles dia.
Se tivessem demorado um pouco mais, eu não estaria mais aqui.
Era somente alguns minutos.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Uma tal de — BrisaTranquila — me encheu dia e noite pra postar capítulo, mas apelou quando chamou pelo nome.
